
G.Dias, como � conhecido, decidiu pela exonera��o ap�s reuni�o com o presidente Luiz In�cio Lula da Silva. O petista j� havia sido aconselhado por aliados a dispensar o ministro. Na manh� de ontem, a CNN divulgou grava��es das c�meras de seguran�a do Planalto, mostrando que o militar e outros oficiais do GSI circulavam pelo edif�cio em meio � invas�o dos radicais bolsonaristas.
Fontes pr�ximas a Lula, consultadas pelo Correio Braziliense, afirmam que o presidente n�o tinha visto as imagens que mostram G. Dias no Pal�cio do Planalto. O chefe do Executivo teria solicitado acesso ao v�deo das c�meras de seguran�a logo ap�s os ataques, mas teria recebido do ent�o ministro a informa��o de que o material estava indispon�vel, por causa de problemas t�cnicos. Ainda de acordo com interlocutores, o petista n�o insistiu no assunto, mas pediu que fosse avisado quando o arquivo fosse recuperado.
Em nota, o GSI afirmou que vai apurar a conduta de todos os envolvidos. J� a Secretaria de Comunica��o Social (Secom) disse que, � �poca, o governo Lula era rec�m-empossado, "portanto, com muitas equipes ainda remanescentes da gest�o anterior, inclusive no Gabinete de Seguran�a Institucional (GSI), que foram afastados nos dias subsequentes ao epis�dio". A pasta informou que todos os agentes que aparecem nos v�deos est�o sendo identificados e que o governo tem tomado todas as medidas cab�veis na investiga��o do epis�dio.
Ao Jornal Nacional, da TV Globo, G.Dias alegou que, quando foi filmado no Planalto, estava auxiliando na pris�o de bolsonaristas. "Cheguei ao Pal�cio quando os manifestantes tinham rompido o bloqueio militar na altura do Minist�rio da Justi�a. Aquela turma desceu e praticamente invadiu o Pal�cio", disse.
"N�o sei onde vazou. Distribu�mos imagens para v�rios processos: � Pol�cia Federal, ao Minist�rio P�blico, � Pol�cia Militar, pedido pelo Cappelli (Ricardo Cappelli, interventor no Distrito Federal � �poca, nomeado por Lula), e ao Comando Militar do Planalto (...)", afirmou. "Todo o pacote enviado �s autoridades policiais tem as imagens completas daquele dia fat�dico, 8 de janeiro. Isso inclui essas imagens tamb�m. De onde vazou, realmente n�o sei. Merece at� ser apurado."
Atestado m�dico
Horas depois de o esc�ndalo estourar, G.Dias informou que n�o iria ao depoimento marcado na Comiss�o de Seguran�a P�blica da C�mara dos Deputados. Ele prestaria esclarecimentos sobre as a��es de sua pasta durante os atos antidemocr�ticos. Como justificativa, apresentou um atestado m�dico e se colocou "� disposi��o para agendamentos futuros".
O militar era o respons�vel por orientar o servi�o de intelig�ncia de seguran�a do presidente da Rep�blica. Ele foi convocado a prestar depoimento por parlamentares de oposi��o. Os pol�ticos alegam que ministros do governo Lula teriam prevaricado nas a��es de enfrentamento aos bolsonaristas que destru�ram os pr�dios dos Tr�s Poderes.
Leia tamb�m: Governo Lula passa a defender CPMI ap�s demiss�o no GSI
Em outra frente, a Pol�cia Federal deve intimar o ex-ministro do GSI a depor nos pr�ximos dias. A corpora��o investiga a omiss�o de autoridades nos atos golpistas. O inqu�rito corre no Supremo Tribunal Federal (STF), sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes.
Chefe interino
Ap�s a queda de G.Dias, Cappelli assume interinamente o GSI. Secret�rio executivo do Minist�rio da Justi�a e Seguran�a P�blica, ele deve ficar no cargo at� a escolha de um nome definitivo para o posto, decis�o que cabe a Lula.
De acordo com fontes no governo, a escolha de Cappelli se deve ao trabalho realizado por ele durante a interven��o federal na seguran�a p�blica do DF, ap�s os atentados de 8 de janeiro. Ele foi respons�vel por exonerar integrantes da seguran�a da capital suspeitas de participa��o ou omiss�o nos ataques.