
Segundo o relat�rio da investiga��o, a conta vinculada ao ex-chefe do Planalto emitiu quatro certificados no aplicativo ConecteSUS: dois do imunizante Pfizer, em Duque de Caxias (RJ), em 30 de dezembro; e o restante, da Janssen, em 19 de julho, em uma unidade de sa�de do bairro de Peruche, em S�o Paulo.
De acordo com a investiga��o, o lan�amento do certificado de vacina��o do dia 30 de dezembro veio de um celular vinculado a Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Preso ontem pela PF na opera��o, ele teria emitido o documento duas horas antes de viajar com o ex-presidente para os Estados Unidos.
Bolsonaro saiu do pa�s em um avi�o da For�a A�rea Brasileira (FAB) em 30 de dezembro de 2022, ap�s se recusar a passar a faixa presidencial ao presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT). � �poca, ele disse que passaria um “per�odo sab�tico” na Fl�rida com a fam�lia. Em mar�o, o ex-chefe do Executivo voltou ao Brasil com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
De acordo com o relat�rio da PF, registros de vacina��o do ex-presidente e de sua filha ca�ula foram apagados seis dias depois com a alega��o de “erro”. Os investigadores detectaram que, no per�odo entre a inser��o e a exclus�o dos dados, foi emitido o certificado de vacina��o de Laura em l�ngua inglesa.
A fraude teria ocorrido por meio de um esquema montado na Prefeitura de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, onde os dados foram inseridos e exclu�dos. O respons�vel seria o secret�rio de Governo do munic�pio, Jo�o Carlos de Souza Brecha — um dos seis presos na opera��o de ontem.
Apresentar documento falso no ingresso aos EUA � crime federal, pass�vel de multa e de pris�o. O certificado de imuniza��o de Bolsonaro foi emitido, por meio do aplicativo ConecteSUS, com o CPF do ex-presidente e utilizando um endere�o de IP do Pal�cio do Planalto. No Brasil, ele pode responder por falsidade ideol�gica e outros crimes.