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Estado de Minas ATOS ANTIDEMOCR�TICOS

CPMI do 8/1 ir� projetar poder de Lira sobre o Planalto, dizem deputados

Como a defini��o da agenda est� na m�o do presidente do colegiado, a aposta � que sirva como mais uma forma de proje��o do poder de Lira sobre o Planalto


28/05/2023 09:46 - atualizado 28/05/2023 10:27
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Arthur Lira
Sem fatos novos para investigar, a relev�ncia da CPMI pode ficar restrita a poucos nomes da lista de convocados (foto: Jo�dson Alves/Ag�ncia Brasil )
A Comiss�o Parlamentar Mista de Inqu�rito (CPMI) dos atos golpistas de 8 de janeiro, instalada na �ltima quinta-feira, caminha para ser a principal arena do embate entre bolsonaristas e governistas. Apesar da expectativa em rela��o � convoca��o dos primeiros depoentes, como o ex-ajudante de ordens do ent�o presidente Jair Bolsonaro, coronel Mauro Cid, a comiss�o perde tra��o por "chegar atrasada na investiga��o", segundo alguns parlamentares.

 

 

Sem fatos novos para investigar, a relev�ncia da CPMI pode ficar restrita a poucos nomes da lista de convocados. Como a defini��o da agenda est� na m�o do presidente do colegiado, deputado Arthur Maia (Uni�o Brasil-BA) — aliado do presidente da C�mara, Arthur Lira (PP-AL) —, a aposta � que sirva como mais uma forma de proje��o do poder de Lira sobre o Planalto, indicam parlamentares que falaram reservadamente ao Correio.

 

A avalia��o � que o debate envolvendo os convocados, com protagonismo do presidente, relegue � relatora, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), a "ingrata fun��o de correr atr�s" do que o Supremo Tribunal Federal (STF) e a Pol�cia Federal (PF) j� v�m investigando nos �ltimos anos nos inqu�ritos das Fake News e das Mil�cias Digitais.

 

O governo n�o contar� com seus principais "batedores de falta" no time da CPMI. Sem acreditar no potencial da investiga��o ou mesmo na repercuss�o p�blica, diferentemente do que aconteceu com a CPI da Covid-19, alguns parlamentares requisitados pelo governo para integrar a comiss�o preferiram se afastar. � o caso dos senadores Renan Calheiros (MDB-AL), Omar Aziz (PSD-AM) e, at� mesmo, o l�der do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA). Outro senador sondado pelo Planalto, Eduardo Braga (MDB-AM), era a aposta do MDB — e de Calheiros — para assumir a relatoria da Comiss�o. Mas, sem contar com o apoio da bancada do PT na C�mara, que preferiu compor com o Centr�o de Lira, tamb�m tirou o time de campo. Nem mesmo o senador Cid Gomes (PDT-CE), eleito vice-presidente da CPMI, n�o demonstra entusiasmo com a nova fun��o.

 

"S�o dez anos de Parlamento, nunca participei de nenhuma CPI; de fato, n�o � esta a minha voca��o. Recebo isso como uma miss�o, eu integro um bloco que, junto com outro bloco, formam a base de sustenta��o do governo aqui no Senado Federal", disse o senador cearense.

 

Mas h� defensores convictos da import�ncia da CPMI, como a relatora Eliziane Gama. "A gente est� fazendo uma investiga��o de coisas muito s�rias e graves, n�o vejo o risco de esvaziamento. A contribui��o da sociedade nas CPIs � muito forte, traz informa��es, por isso tenho confian�a de que teremos coisas novas. Quanto mais voc� envolve o povo, mais dados novos eles trazem, as redes sociais v�o ter um papel fundamental", avaliou.

 

Para o senador do DF, Izalci Lucas, suplente do colegiado, a comiss�o � importante para demonstrar que os ataques do dia 8 de janeiro n�o podem ser creditados apenas na conta do GDF, e que � necess�rio apurar se houve omiss�o dos demais Poderes.

 

"Quando a relatora se senta e diz, olha vamos apurar os atos golpistas, a gente j� sabe que o foco dela vai ser o golpe. Enquanto o meu � provar que o DF n�o pode pagar esse pre�o sozinho, porque teve a omiss�o do governo federal", declarou o senador. 


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