
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) escreveu o pref�cio do livro escrito pelo seu ex-ministro da Sa�de, Marcelo Queiroga. A publica��o, intitulada "Queiroga - o homem, o m�dico e a pandemia", aborda a pandemia do coronav�rus e a condu��o do ex-ministro da sa�de diante da crise sanit�ria.
No texto, o ex-presidente Jair Bolsonaro revelou que o ex-ministro jamais pediu que ele se vacinasse contra a COVID-19. Durante a pandemia, Bolsonaro se posicionou diversas vezes contra a vacina��o e at� mesmo questionou a efic�cia da vacina. Al�m disso, o ex-presidente decretou 100 anos de sigilo no seu cart�o de vacina.
"Ele cumpriu t�o fielmente com o acertado que, mesmo no plano pessoal, jamais interveio no meu direito de escolha, deixando a decis�o a meu crit�rio", escreveu (leia a �ntegra do pref�cio abaixo).
Bolsonaro tamb�m relembrou que Queiroga foi o ministro da Sa�de que "permaneceu por mais tempo" no cargo" no seu governo. A gest�o foi marcada por demiss�es sucessivas durante o in�cio da pandemia. Entre abril de 2020 e mar�o de 2021, tr�s ministros atuaram antes de Queiroga.
O primeiro ministro da Sa�de da gest�o Luiz Henrique Mandetta foi demitido em abril de 2020; Nelson Teich, que ficou menos de um m�s no cargo, saiu em maio de 2020. Ambos discordavam da maneira com que o presidente Jair Bolsonaro queria atuar na pandemia.
J� Eduardo Pazuello, permaneceu no cargo de 15 de maio de 2020 a 15 de mar�o de 2021. Ele foi um dos incentivadores do "Kit Covid", recomendando a utiliza��o da cloroquina, assim como Jair Bolsonaro defendia.
O livro escrito por Queiroga est� em pr�-venda na Amazon por R$ 120 e conta com 400 p�ginas.
Leia a �ntegra do pref�cio escrito por Bolsonaro:
"Meu governo foi marcado pela maior emerg�ncia em Sa�de P�blica que o mundo j� encarou: a pandemia de covid-19, uma doen�a desconhecida.
Quando assumi o governo com uma agenda liberal, em 2019, determinado a fazer reformas estruturantes no Brasil, ningu�m poderia prever que enfrentar�amos essa dif�cil situa��o.
Desde o princ�pio percebi que n�o est�vamos diante s� de um problema que afetaria a sa�de da popula��o, mas de uma situa��o bem mais complexa. Precis�vamos preservar vidas, mas, tamb�m, garantir o funcionamento regular de nossa economia e de outros servi�os p�blicos. Essa era minha principal preocupa��o: garantir o trabalho e o alimento para os mais pobres.
Foi uma �poca de muitas diverg�ncias. O mundo inteiro discutia quais as melhores medidas a serem adotadas. Na �rea da Sa�de, tivemos diversos desafios, mas cont�vamos com nosso Sistema �nico de Sa�de (SUS), bastante abrangente, mas com um desempenho emperrado por antigas dificuldades em sua gest�o. Fiz os ajustes necess�rios para garantir que os brasileiros tivessem atendimento digno.
Ap�s esse per�odo, no dia 15 de mar�o de 2021 convoquei o dr. Marcelo Queiroga, que conheci em 2018, ainda durante a campanha presidencial, e que tamb�m integrou a equipe de transi��o do governo, para assumir o Minist�rio da Sa�de. Paraibano, 'cabra macho', Queiroga foi o ministro da Sa�de que permaneceu por mais tempo no cargo em meu governo.
Lembro-me de que, � �poca em que ele assumiu, viv�amos a pior fase da pandemia em fun��o de uma nova variante, a denominada variante de Manaus. Na conversa inicial com Queiroga, orientei-o sobre as diretrizes principais que julgava mais importantes: salvar vidas, preservar empregos e garantir a liberdade dos brasileiros.
Por ser m�dico, ele saberia arbitrar melhor os muitos conflitos existentes em sua categoria. Pedi que fosse garantida a autonomia dos m�dicos para atender seus pacientes, e, tamb�m, dei liberdade a ele para constituir sua equipe de trabalho.
O governo j� havia providenciado a compra de mais de quinhentos milh�es de doses de vacina contra a covid-19, inclusive, com a efetiva��o de encomenda tecnol�gica para produzir as vacinas da Universidade de Oxford no Brasil. Fizemos uma das maiores campanhas de vacina��o do mundo, e s� n�o tomou vacina quem n�o quis. Queiroga atribuiu �s vacinas o controle da situa��o sanit�ria no Brasil, mas seguiu minha diretriz em assegurar que as pessoas n�o fossem for�adas a se vacinar.
Ele cumpriu t�o fielmente com o acertado que, mesmo no plano pessoal, jamais interveio no meu direito de escolha, deixando a decis�o a meu crit�rio.
Ao longo do tempo surgiram problemas de natureza pol�tica e de outras ordens. Queiroga me apoiou com lealdade e soube traduzir meu pensamento em pol�ticas eficientes. Assim, juntos, superamos a pandemia da covid-19, fortalecemos o SUS e ampliamos a capacidade produtiva do nosso complexo industrial da Sa�de.
Queiroga cumpriu sua miss�o!
Deus, p�tria, fam�lia e liberdade.
Jair Messias Bolsonaro
38º Presidente da Rep�blica Federativa do Brasil"