
De acordo com a legenda, o valor do sal�rio s� ser� discutido ap�s o ex-parlamentar decidir se aceita a proposta de trabalho.
Ex-coordenador da for�a-tarefa da Opera��o Lava Jato em Curitiba, Deltan teve a cassa��o de seu mandato confirmada pela Mesa Diretora da C�mara dos Deputados na ter�a-feira (6), ap�s o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) ter determinado, por unanimidade, a perda do seu mandato parlamentar.
A a��o de cassa��o decorre de representa��o da Federa��o Brasil da Esperan�a (PT, PC do B e PV) e do PMN.
Eles alegaram que Deltan n�o poderia ter deixado a carreira de procurador da Rep�blica para entrar na pol�tica porque respondia a reclama��es disciplinares, sindic�ncia e pedido de providencias junto ao CNMP (Conselho Nacional do Minist�rio P�blico) --que fiscaliza os deveres funcionais dos integrantes do Minist�rio P�blico.
De acordo com integrantes da legenda, Deltan e a presidente do partido, Renata Abreu, conversaram sobre a proposta de trabalho ainda na noite de ter�a-feira.
Renata chegou ao gabinete de Deltan na C�mara poucos minutos depois da decis�o da Mesa Diretora.
Na sa�da, afirmou � imprensa que tinha recebido a not�cia com "muita tristeza". Segundo ela, havia um entendimento entre aliados de Deltan que caberia � Mesa "tamb�m o julgamento da defesa". "Mas a decis�o foi tomada e agora � seguir em frente", disse.
Como deputado, Deltan recebia sal�rio mensal de R$ 44 mil, fora diversas outras verbas relacionadas ao mandato.
O Podemos tamb�m j� chegou a ter entre seus quadros outro expoente da Lava Jato, o ex-juiz federal Sergio Moro, atualmente senador pela Uni�o Brasil do Paran�. Na �poca, Moro recebeu sal�rio como dirigente partid�rio. O valor de seu contracheque era de R$ 21,7 mil (R$ 15 mil l�quido).
Nesta quarta-feira (7), o ministro Dias Toffoli, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou a diploma��o de Luiz Carlos Hauly (Podemos-PR) na C�mara, na vaga que era de Deltan.
Toffoli atendeu a um pedido do Podemos e com isso reverteu decis�o do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Paran�, que havia destinado a vaga de Deltan para Itamar Paim, pastor de Paranagu� filiado ao PL, sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Hauly � veterano na C�mara, j� tendo sido deputado por sete mandatos.
Toffoli tamb�m indeferiu pedido de liminar feito por Deltan para que sua cassa��o fosse suspensa. O PL argumentou que a vaga de Deltan deveria ir para Paim porque Hauly n�o atingiu o quociente eleitoral m�nimo. O pleito foi confirmado pela Justi�a eleitoral do Paran�.
Toffoli entendeu diferente. O ministro do STF destacou que o TSE, ao cassar Deltan, autorizou a "preserva��o de seus votos � legenda" --no caso, o Podemos. Para ele, a cassa��o de Deltan ap�s a elei��o n�o pode ser motivo para desconsiderar os votos do partido.