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Estado de Minas JUNHO 2013 / CAUSAS E CONSEQU�NCIAS

H� 10 anos, protestos de junho de 2013 mudavam para sempre o Brasil

Manifesta��es gigantescas de dez anos atr�s deixaram marcas profundas e ainda ecoam no cen�rio pol�tico e social


11/06/2023 04:00 - atualizado 11/06/2023 09:20
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Quando, ainda no in�cio de 2013, movimentos isolados pelo Brasil fizeram barulho contra o aumento das passagens de �nibus, ningu�m imaginava que, na metade daquele ano, a hist�ria do pa�s passaria por um m�s que alteraria sua rota de forma definitiva. Uma d�cada depois, o som das ruas nas jornadas de junho ainda ecoa no cen�rio pol�tico e social brasileiro das mais variadas formas. Como os pr�prios protestos da �poca, essa resson�ncia � difusa, heterog�nea e de dif�cil leitura, mesmo com o benef�cio da retrospectiva. Para recordar os 10 anos de um dos meses mais conturbados da hist�ria recente, o Estado de Minas publica a partir de hoje uma s�rie de reportagens que discutem as raz�es da explos�o de manifesta��es em territ�rio nacional e como elas ainda impactam a vida p�blica.

Protestos de junho 2013
Protestos de junho de 2013: mudan�a no pa�s
As manifesta��es em junho de 2013 come�am em S�o Paulo, quando milhares foram �s ruas protestar contra o anunciado aumento das passagens de �nibus na maior cidade do Brasil. Com o pre�o subindo em 20 centavos, ali acendia a fagulha que incendiaria o pa�s e tamb�m um dos principais motes dos protestos que se arrastaram ao longo do m�s sempre lembrando do pre�o acrescido � tarifa paulistana.


A revolta com o reajuste na capital paulista encontrava cen�rio parecido em outras cidades brasileiras. No in�cio de 2013, o governo federal solicitou �s prefeituras que postergassem os aumentos tarif�rios, geralmente feitos nos primeiros meses do ano, como estrat�gia para segurar o crescimento da infla��o, que preocupava a equipe econ�mica da presidente Dilma Rousseff (PT).

Na conson�ncia da pauta do transporte e, posteriormente, em solidariedade a manifestantes paulistanos e cariocas diante de cenas de viol�ncia policial na repress�o aos protestos, os movimentos come�aram a ganhar outras cidades brasileiras e, na segunda quinzena de junho, j� ocupavam todas as regi�es do pa�s.

As pautas se tornaram difusas e as ruas abrigaram pessoas de diferentes origens, sem filia��es com movimentos organizados e com reivindica��es diversas. Nos cartazes ganhavam espa�o a revolta contra a corrup��o, cr�ticas a pol�ticos de diferentes partidos e espectros pol�ticos, rejei��o � realiza��o da Copa das Confedera��es e da Copa do Mundo no Brasil, pedidos de melhoria em servi�os p�blicos de sa�de e educa��o e arquivamento da PEC 37, entre outros.

Ao mesmo tempo, nos notici�rios o retrato das grandes mobiliza��es populares com manifestantes com cartazes coloridos e indument�rias em verde e amarelo dividia espa�o com cenas violentas de repress�o policial e de vandalismo. Belo Horizonte foi cen�rio de alguns dos momentos mais brutais das jornadas. Na capital mineira, dois jovens morreram ap�s cair, em dias diferentes, do mesmo viaduto na Pampulha durante tumulto nos atos.

A Opera��o Lava-Jato, a destitui��o de uma presidente e a pris�o de um ex-presidente; a ascens�o de um l�der de extrema-direita e o retorno da esquerda ao Planalto: � dif�cil entender os acontecimentos da �ltima d�cada sem recobrar em algum momento as manifesta��es de junho de 2013.


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