
Ao UOL, Dellamora disse que o grupo se chamava 'Not�cias Brasil' e reunia militares de alta patente desde 2016, ap�s o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Um dos participantes citados por ele � o general da reserva S�rgio Etchegoyen, ex-GSI do governo Temer.
De acordo com Dellamora, o grupo existiu at� o dia 8 de janeiro deste ano, dia dos atos golpistas, quando o grupo foi exclu�do pelo administrador, a qual a identidade n�o foi revelada. O coronel afirma que Heleno lia as mensagens, mas n�o se manifestava sobre as iniciativas de golpe.
Ao UOL, Dellamora negou que as mensagens fossem de teor 'golpista', no entanto, conforme o que foi relatado pelo coronel, as mensagens pediam uma interven��o para impedir a posse do presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT). "Ningu�m estava tramando golpe. A gente estava s� conversando. N�s o tempo todo buscamos formas dentro da Constitui��o para evitar a continuidade de um golpe", disse o coronel sem dar mais detalhes.
"Esse [Rodrigo] Pacheco � o maior canalha do Brasil hoje porque ele n�o fez o que tem que fazer. Esse cara vai passar para hist�ria e para as leis da hist�ria do Brasil porque ele n�o deixa o Congresso fazer o que tem que ser feito. Porque tem que cassar. Ningu�m tem que respeitar ningu�m do STF n�o. Tem que cassar. S�o bandidos. N�o existe Justi�a no Brasil. Existe uma quadrilha instalada no STF", disse.
"As pessoas que estavam na ativa, como ele [Heleno], n�o se pronunciavam [no grupo]. Inclusive, quase todo dia eu escrevia alguma coisa e �s vezes eu olhava para ver quem tinha lido. Teve um dia que ele leu tr�s vezes, mas ele [Heleno] n�o se pronunciava", afirmou.
J� o general Heleno disse que n�o se recorda do grupo e que nunca ouviu nenhuma hist�ria "de que se vai decretar interven��o". "N�o sei quem participou. Internet � um neg�cio em que voc� come�a a responder uma por��o de coisas, mas nunca participei disso. Eu n�o me lembro de ter lido essas mensagens porque n�o me lembro desse grupo. O coronel Dellamora est� muito velho. N�o sei a import�ncia que ele tem no quadro pol�tico nacional hoje", disse.
Etchegoyen confirmou a exist�ncia do grupo, mas disse que se manifestou poucas vezes. Ele tamb�m negou envolvimento em discuss�es sobre a possibilidade de uma interven��o.
"Eu me manifestei l� uma ou duas vezes. Mas sobre interven��o, elei��o, pelo amor de Deus, eu virei melancia porque achei que a elei��o estava encerrada e que o presidente [Lula] tinha que assumir".
No ano passado, ap�s as elei��es, alguns militares estavam sendo referidos como "melancias", designa��o dada a oficiais supostamente favor�veis � esquerda, porque seriam 'verdes e amarelos por fora e vermelhos por dentro'.
Al�m de Etchegoyen e Heleno, estavam no grupo, segundo o coronel, cerca de 40 militares entre oficiais da ativa e da reserva - integrantes do Estado-Maior, do Minist�rio da Defesa e militares da �rea de Informa��es da Aeron�utica.