
Os executivos, no entanto, negaram que a plataforma tenha agido para interferir nos resultados de buscas na internet sobre a proposta.
Os depoimentos ocorreram no �mbito de inqu�rito do STF (Supremo Tribunal Federal) que apura a atua��o das big techs. A investiga��o � da relatoria do ministro Alexandre de Moraes.
"O declarante esclareceu, inicialmente, que os an�ncios n�o eram contr�rios ao PL 2630/2020, sendo
adstritos aos questionamentos quanto � necessidade de melhorias em seu texto", diz trecho do depoimento de Marcelo Oliveira Lacerda, respons�vel pela �rea de rela��es governamentais e pol�ticas p�blicas do Google, cuja c�pia foi enviada ao Supremo.
"Em seguida, confirmou que houve a contrata��o de tais servi�os e que os gastos com a campanha totalizaram cerca de 2 milh�es de reais."
Lacerda e o presidente do Google no Brasil, F�bio Jos� Silva Coelho, foram ouvidos no �ltimo dia 15 pela equipe da PF encarregada dos inqu�ritos que tramitam em tribunais superiores.
Coelho, por sua vez, afirmou aos investigadores que deu aval ao texto sobre o PL das Fake News e disse acreditar que o objetivo era "alertar o corpo legislativo" sobre o risco da aprova��o do projeto e a necessidade de aprimoramento do texto.
Advogados do escrit�rio de advocacia Barroso Fontelles, Barcellos, Mendon�a, que representam a empresa no Brasil, j� haviam enviado ao STF uma planilha de gastos com an�ncios em ve�culos da imprensa para defender seus pontos de vista sobre o projeto.
Na Folha, a empresa gastou cerca de R$ 634 mil por publicidade veiculada no �ltimo dia 30 de abril, segundo o documento. A planilha foi enviada ao ministro Alexandre de Moraes no �ltimo dia 4 de maio.
O ministro havia pedido os dados na decis�o do �ltimo dia 2 de maio em que ordenou que a plataforma removesse, em no m�ximo uma hora, todos os an�ncios e textos veiculados, propagados e impulsionados a partir do blog oficial do Google com ataques ao projeto.
Entre eles, estavam textos que se referiam ao texto como "PL da censura", "Como o PL 2630 pode piorar a sua internet" e o "O PL 2630 pode impactar a internet que voc� conhece".
O escrit�rio tamb�m afirmou que o link com a posi��o institucional da empresa acerca da vers�o atual do PL foi exibido por cerca de 24h, apenas na p�gina inicial da busca da Google (e n�o como alerta ou sugest�o nas p�ginas com resultados de pesquisas feitas por usu�rios).
Tamb�m disse que esse � um espa�o institucional associado diretamente � marca e � imagem da Google, n�o sendo objeto de comercializa��o para an�ncios e apenas utilizado, por per�odos limitados, para veicular links relacionados a temas de interesse da empresa ou de interesse geral.
"Enquanto o link com a posi��o institucional da empresa estava sendo exibido, o buscador da Google funcionou de maneira habitual e corriqueira, ou seja, a funcionalidade da p�gina de pesquisa podia ser acessada normalmente sem interfer�ncia", disse.
