O coronel do ex�rcito brasileiro Jean Lawand J�nior est� sendo ouvido hoje na Comiss�o Parlamentar Mista de Inqu�rito (CPMI) que investiga os atos golpistas de 8 de janeiro. Entre outros pontos, Lawand esclareceu a troca de mensagens com Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, nas quais � acusado de pedir por um golpe de Estado. “Em nenhum momento eu falei sobre golpe”
No in�cio de junho, A Pol�cia Federal encontrou uma troca de mensagens entre Cid e Lawand na qual o coronel aparece suplicando que Bolsonaro desse um golpe de Estado. Ao ser questionado hoje pela senadora Eliziane Gama, relatora da CPMI, Lawand afirmou que se tratava de mensagens particulares e que estava tentando entender o que estava acontecendo com o Brasil.
“A verdade � a seguinte: a minha inten��o n�o era fazer nenhum golpe, n�o era quebrar institui��es, n�o participei de nenhum movimento, n�o fiz associa��o criminosa, n�o fiz nada. A minha inten��o foi apenas entender e buscar o melhor para o Brasil”, declarou o coronel.

Momento de desabafo
Sobre o apelo que fez ao ex-ajudante de ordens da presid�ncia e a afirma��o de que Bolsonaro seria preso no Complexo Penitenci�rio da Papuda, em Bras�lia, Lawand declarou que, como tudo o que acontecia estava sendo atribu�do ao ex-presidente, ele temia que, caso houvesse uma como��o popular, esta tamb�m seria atribu�da a Bolsonaro.
“O meu medo era a coisa aumentar, haver uma convuls�o social acontecer algum problema e aquilo tamb�m ser atribu�do ao presidente da rep�blica. Por quais motivos, quanto tempo, qual seria o crime imputado, infelizmente eu n�o tenho conhecimento jur�dico. Isso foi uma mensagem de desabafo com Cid”, afirmou.
“Fun��o meramente burocr�tica”
Al�m disso, o coronel argumentou que ele n�o tinha o poder de decidir ou instaurar um golpe de Estado, afirmando ser “insignificante” para fazer qualquer coisa contra o estado de democr�tico de direito.
“Volto a dizer � senhora que a minha fun��o no Estado Maior, apesar de ela ser importante para o ex�rcito brasileiro, mas a minha fun��o era meramente burocr�tica, senadora. Ent�o n�o tinha motiva��o pessoal, nem material, e n�o foi essa a minha inten��o em nenhum momento”
Nesse ponto, a senadora Eliziane rebateu dizendo que o coronel estava a um ano e seis meses de assumir a patente de general e que o cargo que ocupava no Estado Maior tinha posi��o estrat�gica para planejar e coordenar a��es institucionais. A relatora tamb�m ressalta que Lawand tinha contato direto com o ajudante de ordens do presidente da rep�blica.
“O senhor n�o pode minimizar uma posi��o sua diante de fatos concretos que est�o de posse dessa comiss�o coronel. Quer dizer, as suas falas e os seus posicionamentos se desfazem com as informa��es que est�o diante de n�s”, afirmou Eliziane.
