
“Embora a aus�ncia de pedidos de votos e de capacidade eleitoral ativa dos embaixadores seja incontroversa, isso n�o afeta a imputa��o inicial e n�o leva a concluir pela regularidade do evento de 18 de julho de 2022. Inequ�voco, portanto, que � pertinente aprofundar o exame das camadas discursivas da fala de Jair Messias Bolsonaro”, continuou.
Nunes Marques, apesar de desconsiderar o argumento da defesa de que os embaixadores n�o podem votar, desconsiderou que Bolsonaro n�o tentou obter vantagens pol�ticas com o descr�dito do sistema eleitoral.
“Considero que a atua��o de Jair Messias Bolsonaro no evento investigado n�o se voltou a obter vantagens sobre os demais contendores no pleito presidencial de 2022, t�o pouco faz parte de tentativa concreta de desacreditar o resultado da elei��o”, disse, desconsiderando a gravidade da reuni�o com embaixadores.
O Julgamento
Mais cedo, a ministra C�rmen L�cia votou pela inelegibilidade de Bolsonaro. Ela acompanhou o voto do relator, Benedito Gon�alves, e dos ministros Floriano Marques e Andr� Ramos Tavares.
A vice-presidente do TSE fez um voto curto e ainda destacou as quest�es t�cnicas ensejadas na a��o movida pelo PDT. “Estamos aqui para tratar de uma ocorr�ncia comprovada, constatada, que teria de alguma forma tisnado a normalidade e legitimidade do pleito eleitoral e eventualmente poderia ser considerado contr�rio aos princ�pios constitucionais”, destacou a ministra.
Ela tamb�m defendeu a seriedade do processo, questionado pelo ex-presidente nos �ltimos dias.“H� muito questionamento at� porque julgamos com muita frequ�ncia esse tipo de a��o, basicamente em rela��o a casos municipais e at� mesmo estaduais. � claro que � s�rio, � grave, como em qualquer julgamento. O eleitor tem o direito de saber o porque ele teria votado ou porque ele votou e, nesse caso, n�o foram poucos votos”, continuou