CPI aprova acesso a plano de voo de Lula e c�meras da Justi�a

Em um deslize da base do governo no Congresso, a CPI do 8 de janeiro aprovou nesta ter�a-feira (11/7) o acesso da comiss�o aos planos de voo do presidente Lula (PT) no fim de semana do ataque golpista, al�m de imagens das c�meras de seguran�a do Minist�rio da Justi�a.

Os quase cem requerimentos foram aprovados em bloco --sem a contagem de votos e a leitura do que cada um deles pedia--, antes do depoimento do principal ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid.

O acesso aos planos de voo de Lula � parte da estrat�gia conspiracionista da oposi��o de que o presidente deixou as sedes dos tr�s Poderes serem invadidas para desgastar Bolsonaro. Em 8 de janeiro, Lula tinha ido a Araraquara, no interior de S�o Paulo, acompanhar trabalhos de socorro ap�s fortes chuvas no munic�pio.

Bolsonaristas tamb�m batem na tecla de que o ministro da Justi�a, Fl�vio Dino (PSB), assistiu inerte ao ataque golpista da janela do minist�rio. Os requerimentos aprovados solicitam a �ntegra das imagens das c�meras de seguran�a do pr�dio.

 

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A oposi��o chegou a reclamar da vota��o, afirmando que os parlamentares n�o sabiam o que estava sendo votado porque a pauta n�o tinha sido publicada com 48 horas de anteced�ncia, como pede o regimento.

Mesmo assim, o presidente da CPI, deputado Arthur Maia (Uni�o Brasil-BA), intermediou um acordo entre base e oposi��o para excluir da lista todos os requerimentos de convoca��o ou convite e aprovar o restante da pauta.

Ao perceber que a base do governo Lula tinha ajudado a aprovar os requerimentos da oposi��o por engano, a relatora, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), fez um apelo para que o presidente da comiss�o voltasse atr�s, mas o pedido foi negado.

"A gente teve uma vota��o por acordo. Eu repito aqui o que eu disse: essa presid�ncia n�o vai fazer assessoria de deputado", respondeu Maia.

Maia disse que anular o que havia sido aprovado seria "imposs�vel", e anunciou que a pauta com os pr�ximos requerimentos de convoca��o e convite ser� definida por uma comiss�o formada por seis parlamentares da base e da oposi��o.