
Lira criticou a forma como o assunto tem sido abordado nos bastidores e disse que isso n�o contribui para a governabilidade do governo federal.
"Eu penso que esse assunto est� sendo, de uma certa forma, atropelado. Isso n�o ajuda na governabilidade. E eu acho que o governo tem que ajudar a se facilitar", afirmou ao final de um almo�o-debate do Lide - Grupo de L�deres Empresariais.
Questionado se chegou a se reunir na semana passada com Lula para tratar do assunto, Lira negou. "N�o � um assunto para tratar agora. Ent�o, n�o foi marcado [encontro para abordar o tema]."
"Esse n�o � um assunto priorit�rio para a presid�ncia da C�mara. O presidente Lula est� imbu�do de resolver esse assunto. Tem que ser no tempo do governo, da maneira que o governo achar, e a� sim ele me chama oficialmente", acrescentou.O parlamentar afirmou que s� teve reuni�o com o petista logo ap�s a aprova��o da Reforma Tribut�ria na C�mara. Segundo Lira, ambos trataram brevemente sobre governabilidade.
"A �nica coisa que eu disse � que quanto mais o governo tiver facilidade no plen�rio, tanto melhor para eles e para mim", afirmou. O deputado reiterou, contudo, que quem tem que construir a base governista e o pr�prio governo.
A negocia��o sobre os minist�rios que o PP e o Republicanos v�o ocupar na Esplanada foi aberta no in�cio do m�s. Cerca de tr�s semanas depois, as tratativas pouco avan�aram ap�s o retorno de Lula, que estava em viagem na Europa.
Os dois lados t�m esticado a corda. Nos movimentos mais recentes, o governo tem sinalizado com minist�rios menos expressivos em rela��o a capilaridade e or�amento que o Desenvolvimento Social. Mas o PP, de Lira, tem dito que, se n�o conseguir a pasta de Dias, quer uma do mesmo patamar ou ainda maior, como Sa�de, Integra��o Nacional e Minas e Energia.
Pacote da democracia
O presidente da C�mara disse n�o ter lido ainda os dois projetos de lei assinados por Lula que endurecem o combate a crimes contra a democracia.Um dos projetos, que foram chamados de pacote da democracia, prop�e pena maior a quem atentar contra a integridade f�sica dos presidentes da Rep�blica, da C�mara e do Senado, al�m dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal).
Lira concordou que deve haver algum tipo de regramento para punir agress�es a pol�ticos. "A gente tem o direito de divergir, de pensar diferente, de ter ideologias diversas. A gente s� n�o tem o direito de agredir ningu�m por ocupa��o de cargos p�blicos", disse.
O parlamentar afirmou que o assunto j� tem tramitado no Congresso por meio de outros projetos de lei. "A gente vai ter que ver como regra isso, sem nenhum tipo de privil�gio, mas tamb�m a gente n�o pode permitir que essas coisas [agress�es a pol�ticos] continuem acontecendo, principalmente a familiares."