
As afirma��es no ministro se baseiam em relat�rio da Pol�cia Federal e serviram de base para a decis�o que autorizou opera��o deflagrada nesta sexta-feira (11/8), que cumpriu mandados de busca e apreens�o relacionados ao ex-presidente no caso das joias enviadas por autoridades sauditas.
Entre os alvos est�o o general da reserva do Ex�rcito Mauro Lourena Cid, pai do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, Frederick Wassef, advogado de Bolsonaro, e Osmar Crivelatti, tenente do Ex�rcito e que tamb�m atuou na ajud�ncia de ordens da Presid�ncia.
Moraes afirma que os dados analisados pela PF indicam a possibilidade de o �rg�o respons�vel pela an�lise e defini��o do destino de presentes oferecidos por autoridade estrangeira ao presidente da Rep�blica, o Gabinete Adjunto de Documenta��o Hist�rica da Presid�ncia, "ter sido utilizado para desviar, para o acervo privado do ex-presidente da Rep�blica, presentes de alto valor, mediante determina��o de Jair Bolsonaro".
A PF ainda aponta, diz Moraes, "ind�cios de que alguns presentes recebidos por Jair Messias Bolsonaro em raz�o do cargo teriam sido desviados sem sequer terem sido submetidos � avalia��o do GADH/GPPR [o gabinete de documenta��o]".
O ministro diz na decis�o que as dilig�ncias realizadas indicam que Bolsonaro e sua equipe usaram o avi�o presidencial em 30 de dezembro de 2022 para evadir do pa�s bens de alto valor, que foram desviados para os Estados Unidos e, na sequ�ncia, encaminhados para lojas especializadas em venda e leil�o de objetos nas cidades americanas de Miami, Nova York e Willow Grove.
"Os recursos, ent�o, seriam encaminhados em esp�cie para Jair Messias Bolsonaro, evitando, de forma deliberada, n�o passar pelos mecanismos de controle e pelo sistema financeiro formal, possivelmente.
para evitar o rastreamento pelas autoridades competentes, conforme informado pela Pol�cia Federal", diz o ministro.
"A investiga��o identificou, portanto, at� o momento, que esse modus operandi foi utilizado para retirar do pa�s pelo menos quatro conjuntos de bens recebidos pelo ex-presidente da Rep�blica em viagens
internacionais."
O nome da opera��o da PF desta sexta � uma alus�o ao vers�culo 12:2, que diz: "N�o h� nada escondido que n�o venha a ser descoberto, ou oculto que n�o venha a ser conhecido ". Em nota, a PF afirmou que a a��o tem o "objetivo de esclarecer a atua��o de associa��o criminosa constitu�da para a pr�tica dos crimes de peculato e lavagem de dinheiro".
As a��es ocorrem dentro do inqu�rito policial das mil�cias digitais, em tramita��o no STF (Supremo Tribunal Federal) sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes. Os investigados s�o suspeitos de utilizar a estrutura do governo brasileiro para "desviar bens de alto valor patrimonial, entregues por autoridades estrangeiras em miss�es oficiais a representantes do Estado brasileiro, por meio da venda desses itens no exterior", afirmou a pol�cia.
De acordo com a apura��o, os valores obtidos dessas vendas foram convertidos em dinheiro e ingressaram no patrim�nio pessoal dos investigados, sem utiliza��o do sistema banc�rio formal, com o objetivo de ocultar a origem, localiza��o e propriedade dos valores.
Procurado, o advogado de Mauro Cid, Bernardo Fenelon, disse em nota que ainda n�o teve acesso aos autos da investiga��o que ocasionou as buscas e apreens�es. "Por esse motivo n�o temos como fazer qualquer coment�rio, afirmou.