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Estado de Minas POL�CIA FEDERAL

Joias de Bolsonaro foram a leil�o, mas n�o houve interessado

Joias da grife Chopard enviadas de presente ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foram leiloadas em loja de Nova York


11/08/2023 18:47 - atualizado 11/08/2023 18:52
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Jair Bolsonaro e Mauro Cid
Itens foram devolvidos ap�s leil�o sem compradores (foto: Alan Santos/PR)

A caixa de joias da grife Chopard dadas a Jair Bolsonaro (PL) pela Ar�bia Saudita n�o foi comprada durante leil�o realizado em fevereiro de 2023 e for�ou assessores do ex-presidente a mudar planos para venda dos itens de luxo.

A Fortuna Auction, localizada em Nova York, disse � Folha de S.Paulo que n�o houve interessados no conjunto que inclui rel�gio, caneta, abotoaduras, anel e um tipo de ros�rio.

A loja afirmou que n�o foi procurada por autoridades brasileiras. Os itens foram devolvidos ap�s o leil�o, realizado em 8 de fevereiro. A caixa havia sido destaque no cat�logo de dias dos namorados da loja, publicado em 30 de janeiro, com pre�o estimado entre US$ 120 mil e US$ 140 mil.


Para a loja, os produtos valeriam de R$ 611 mil a R$ 713 mil, conforme cota��o da �poca.


Pol�cia Federal fez uma opera��o de busca e apreens�o nesta sexta-feira (11) dentro de investiga��o que apura se foram desviados "bens de alto valor" entregues por autoridades estrangeiras em miss�es oficiais a representantes de estado, "por meio da venda desses itens no exterior", segundo nota do �rg�o.


A apura��o da PF mostra que o tenente-coronel Mauro Cid, ex-chefe dos ajudantes de ordem de Bolsonaro, enviou mensagem a um funcion�rio da Fortuna ap�s o leil�o. "Ol�. E agora? Ningu�m comprou o kit (conjunto)", afirmou Cid em 8 de fevereiro, no texto traduzido pela pol�cia.

O Chopard L.U.C Tourbillon Qualit� Fleurier, rel�gio que assessores de Bolsonaro tentaram vender, tem apenas 25 unidades produzidas. A loja informou que o n�mero de s�rie do produto � unico.

Esse n�mero est� registrado em certificado da Chopard sobre o produto, documento que est� entre os e-mails de Cid entregues � CPI do 8 de janeiro.

Nos dias seguintes ao leil�o, Cid e Marcelo C�mara, outro assessor de Bolsonaro, passam a avaliar se era necess�rio ou n�o avisar o setor de documenta��o da Presid�ncia sobre a tentativa de venda dos presentes entregues ao ex-mandat�rio.

O ex-chefe dos ajudantes de ordem de Bolsonaro considerou avisar o governo e tentar novamente vender o item.

"Eu prefiro n�o informar pra n�o gerar estresse entendeu? J� que n�o conseguiu vender, a gente guarda. E a� depois tenta vender em uma pr�xima oportunidade", afirma C�mara, segundo as mensagens obtidas pela PF. "S� d� pena pq estamos falando de 120 mil d�lares / Hahaaahaahah", responde Cid.

Segundo a investiga��o, C�mara concorda, mas diz a Cid: "O problema � depois justificar e para onde foi. De eu informar para a comiss�o da verdade. Rapidamente vai vazar".


Para a PF, as mensagens mostram que havia um esquema para viabilizar o enriquecimento il�cito de Bolsonaro. O plano era incorporar ao acervo privado de Bolsonaro itens de grande valor recebidos de autoridades estrangeiras, e depois vend�-los.


O ex-presidente devolveu as joias ap�s determina��o do TCU (Tribunal de Contas da Uni�o). Para o tribunal, Bolsonaro s� poderia ficar com presentes classificados como item personal�ssimo e de baixo valor.


O pacote da Chopard estava na bagagem de um integrante da comitiva do ex-ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque que esteve na Ar�bia Saudita em outubro de 2021, como mostrou a Folha de S.Paulo.


J� outros itens de luxo que estavam mochila de um auxiliar de Albuquerque foram apreendidos pela Receita Federal. As mensagens da PF mostram que auxiliares de Bolsonaro enviaram as joias ao Brasil ap�s a divulga��o da imprensa sobre a exist�ncia dos conjuntos.


Em 4 de mar�o, Cid pergunta a Osmar Crivelatti, outro ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, se o conjunto da Chopard j� havia sido enviado ao Brasil. Ele recebeu uma imagem das joias e a mensagem "chegou". O ex-chefe dos assessores de Bolsonaro respondeu: "Ufa".


Procurada, a defesa de Bolsonaro ainda n�o se manifestou sobre a opera��o da PF desta sexta e sobre a tentativa de venda das joias.


Em nota, o advogado de Cid, Bernardo Fenelon, disse que ainda n�o teve acesso aos autos da investiga��o que motivou a opera��o da PF. "Por esse motivo n�o temos como fazer qualquer coment�rio", afirmou. 


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