
Na sua passagem pelo Piau� na �ltima sexta-feira, o presidente Luiz In�cio Lula da Silva garantiu a seu ministro Wellington Dias, do Desenvolvimento e Assist�ncia Social, Fam�lia e Combate � Fome, que o minist�rio n�o ser� fatiado e que parte das atribui��es da pasta n�o ser� mais destinada ao Centr�o. Em conversa reservada com o ministro, Lula lhe deu essa garantia. Dias tem resistido a essa ideia.
Na nova formata��o do governo, com a entrega de cargos de primeiro escal�o para partidos desse grupo de centro-direita, o MDS est� listado como alvo da cobi�a de integrantes do PP e dos Republicanos.
Nessa divis�o, Dias tocaria o Bolsa Fam�lia e o programa de combate � fome e a outra parte ficaria respons�vel pelas a��es de assist�ncia social. Essa possibilidade saiu dos bastidores e se tornou p�blica. Na semana passada, o ministro se manifestou contra o risco de entregar um naco da pasta ao Centr�o.
"O alicerce de tudo s�o os sistemas, est� na Constitui��o, est� na Lei Org�nica da Assist�ncia Social. O alicerce � um sistema e uma rede, s�o dois sistemas: o Sistema �nico da Assist�ncia Social (Suas) e o Sistema da Seguran�a Alimentar e Nutricional (Sisan). De um lado, redu��o da fome e, de outro, redu��o da pobreza, s� funcionam juntos. N�o existe Bolsa Fam�lia sem Cadastro �nico (Cad�nico) n�o existe Cadastro �nico sem o CRAS (Centro de Refer�ncia de Assist�ncia Social), sem as redes", declarou Dias.
Com a divis�o, estes setores do minist�rio funcionariam separados e sob comandos distintos. O fatiamento do MDS desagrada tamb�m outros agentes envolvidos na rede de prote��o �s pessoas mais vulner�veis do pa�s, como os segmentos da �rea social nos estados e nas Prefeituras e entidades n�o governamentais.
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Mapa da Fome
Outro argumento dos defensores da manuten��o do minist�rio na estrutura que est� � que para se excluir o Brasil do Mapa da Fome � preciso manter a unifica��o e um s� comando para essas diversas �reas. � uma promessa de Lula na campanha eleitoral.
Relat�rio das ONU (Organiza��es das Na��es Unidas), de 2021, inseriu o pa�s novamente nesse mapa e mostrou que um ter�o dos brasileiros vive em situa��o de inseguran�a alimentar grave ou moderada.
O nome do pol�tico do Centr�o que est� cotado para um cargo de alta relev�ncia na Esplanada dos Minist�rios � o do deputado Andr� Fufuca (PP-MA), muito ligado ao presidente da C�mara, Arthur Lira (PP-AL), mas sem afinidade com o tema social.
Reforma ministerial
A reforma ministerial anda em compasso de espera. Hoje (dia 4) completa exatamente um m�s que o ministro das Rela��es Institucionais, Alexandre Padilha, confirmou os nomes de Fufuca e o de Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) para integrarem o minist�rio. Desde ent�o, os dois circulam pelo Congresso sendo abordados como "ministros" pelos colegas. Mas, at� agora, nada de nomea��o.
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"J� tem uma decis�o do presidente Lula de trazer esses dois parlamentares que representam bancadas importantes no Congresso. S�o parlamentares que s� podem vir para ocupar minist�rios", disse Padilha, h� um m�s.
Na conversa entre Lula e Dias, ficou definido tamb�m que o Fundo Garantidor para promover a inclus�o socioecon�mica de pessoas de baixa renda ser� institu�do por medida provis�ria, a ser encaminhada ao Congresso Nacional nas pr�ximas semanas.