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Estado de Minas VIOL�NCIA DE G�NERO

Vereadora � a 7� parlamentar em MG a ser amea�ada de 'estupro corretivo'

Cl�udia (PDT) preside a comiss�o de mulheres da C�mara de Uberl�ndia. Ela recebeu mensagens a amea�ando de "estupro corretivo terap�utico"


14/09/2023 14:09 - atualizado 14/09/2023 16:03
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Vestida de roxo e usando óculos de aro branco, vereadora de Uberlândia, ameaçada de violência sexual, discursa na tribuna da Câmara
Vereadora de Uberl�ndia, Cl�udia Guerra, � amea�ada de estupro corretivo (foto: Aline Rezende/Divulga��o)
Mais uma parlamentar amea�ada de morte e estupro em Minas Gerais. A v�tima de viol�ncia pol�tica desta vez foi vereadora Cl�udia Guerra (PDT), de Uberl�ndia, no Tri�ngulo Mineiro, amea�ada de viol�ncia sexual.

Na semana passada, outra vereadora da casa, Amanda Gondim (PDT), assumidamente l�sbica, tamb�m foi alvo de amea�a de “estupro corretivo”. A viol�ncia pol�tica contra parlamentares come�ou no dia 14 de agosto e, at� agora, j� s�o sete casos em Minas Gerais – al�m das duas vereadoras de Uberl�ndia, sofreram intimida��es similares as vereadoras de Belo Horizonte Cida Falabella (PSOL) e Iza Louren�a (PSOL); as deputadas estaduais Bella Gon�alves (PSOL), Lohanna (PV) e Beatriz Cerqueira (PT)


Cl�udia recebeu em sua caixa-postal privada e tamb�m em e-mails institucionais da C�mara ame�as de “estupro corretivo terap�utico”, similar �s que v�m sendo dirigidas a parlamentares que defendem pautas progressistas. No texto, assinado por um nome falso, o criminoso d� detalhes da roupa que a vereadora estava usando em uma sess�o plen�ria e pede, ironicamente, que ela a vista no dia em que ele “a visitar”.

 

Cl�udia, que exerce seu primeiro mandato, � professora universit�ria, ativista dos direitos da mulher, preside a Comiss�o de Direitos da Mulher da C�mara de Uberl�ndia e uma das fundadoras do n�cleo de estudos de g�nero da Universidade Federal de Uberl�ndia. Ela registrou um boletim de ocorr�ncia e far� uma representa��o ao Minist�rio P�blico de Minas Gerais, que j� investiga as outras intimida��es, pedindo apura��o.

 

Para a vereadora, os ataques s�o uma tentativa de "silenciar as mulheres na pol�tica". "J� temos uma subrepresenta��o das mulheres na pol�tica. Somos 15% nesse espa�o, apesar de sermos maioria na popula��o e no mercado de trabalho e mesmo com baixa representa��o nossa presen�a incomoda", avaliou a vereadora, que cobrou apura��o rigorosa dos casos, sob pena desses ataques, classificados por ela como machistas, sexistas e mis�ginos, colaborarem mais ainda para que as mulheres desistam de ocupar esses espa�os.

De acordo com a vereadora, o slogan do seu mandato � "em briga de marido e mulher eu meto a colher", usado ironicamente pelo criminoso para amea�ar a parlamentar. Segundo ela, al�m dos e-mails intimidadores enviados ao seu gabinete, tamb�m foram encaminhados para a caixa postal da C�mara amea�as, n�o s� contra ela, mas tamb�m a sua fam�lia, citando inclusive dados pessoais. "O que n�o nos nos mata nos fortalece", afirma a professora. "N�o seremos intimidadas", assegura. 

 

A viol�ncia pol�tica de g�nero � crime no Brasil desde a entrada em vigor da Lei 14.192/21, que estabelece regras para criminalizar pr�ticas de ass�dio e viol�ncia contra mulheres que exercem cargos eletivos e t�m atua��o pol�tica. Semana passada tamb�m foi aprovada na Assembleia Legislativa de Minas Gerais um projeto que tipifica a viol�ncia pol�tica contra mulher e estabele ce regras para o combate e a preven��o.

 

Direitos Humanos

O Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos (Conedh) soltou uma nota de solidariedade �s parlamentares e classificou como "inadmiss�vel" essa escalada de viol�ncia, "um verdadeiro atentado ao Estado Democr�tico de Direito".

O conselho solicitou as entidades que tomem as medidas cabiv�is para identificar os agressores "visto que se trata de a��es individuais ou de grupos antidemocr�ticos articulados com fins esp�rios e que colocam em risco n�o somente a vida das parlamentares, como o exerc�cios de seus mandatos, sufragados pelo povo mineiro".

"As parlamentares v�timas da viol�ncia est�o sendo duplamente punidas: al�m dos direitos � vida e � liberdade serem sistematicamente violados, tamb�m sofrem com a limita��o do exerc�cio da atividade parlamentar", diz a nota.


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