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Estado de Minas LULA E PRESIDENTE DO BC

Lula e Campos Neto tem encontro de 'pactua��o'

Presidente se reuniu ontem com o chefe da autoridade monet�ria por cerca de uma hora no Pal�cio do Planalto. Haddad diz que "conversa foi de alto n�vel"


28/09/2023 04:00 - atualizado 28/09/2023 07:26
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Antes da agenda no Executivo, Roberto Campos Neto esteve na Câmara, onde defendeu ações do governo federal
Antes da agenda no Executivo, Roberto Campos Neto esteve na C�mara, onde defendeu a��es do governo federal (foto: Marcelo Camargo/Ag�ncia Brasil - 26/2/19)

Nathalia Garcia*, Renato Machado* e Fernanda Strickland

Ap�s meses de clima de beliger�ncia, o presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) se reuniu pela primeira vez, ontem, desde que assumiu o Executivo, com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, no Pal�cio do Planalto. O encontro, segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, serviu de in�cio de constru��o de uma rela��o e tamb�m houve uma “pactua��o” para que essas reuni�es sejam mais frequentes. O princ�pio de aproxima��o ocorre ap�s duas redu��es sucessivas da taxa b�sica de juros, a Selic, pelo Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom), do BC, o que era uma demanda e alvo de cr�ticas de Lula.

“Penso que foi um encontro institucional, de constru��o de rela��o, de pactua��o em torno de conversas peri�dicas, foi excelente”, afirmou Haddad, ao voltar ao Minist�rio da Fazenda. “N�o conversamos sobre t�picos espec�ficos, o presidente deixou claro o respeito que tem pela institui��o. A reciprocidade foi muito boa da parte do Roberto (Campos Neto), foi uma conversa de alto n�vel", disse.

O encontro come�ou com uma hora de atraso, por causa de reuni�es que foram prolongadas na agenda de Lula. Na parte da tarde, ele se reuniu com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), para tratar das inunda��es no estado. Na sequ�ncia, ainda teve uma cerim�nia p�blica para assinatura dos primeiros contratos de concess�o de linhas de transmiss�o do atual governo.

Os dois e mais Haddad permaneceram reunidos tamb�m por cerca de uma hora. Lula vem criticando a alta taxa de juros no Brasil desde os primeiros meses do governo. Essas cr�ticas, n�o raro, tamb�m eram acompanhadas de ataques ao pr�prio Campos Neto, a quem Lula pegou o costume de chamar apenas de “cidad�o”. Tamb�m j� falou que ele era “louco” e que n�o tinha compromisso com o Brasil, insinuando que ele buscava beneficiar terceiros.

Na quarta-feira passada, o Copom reduziu a Selic em 0,5 ponto percentual, de 13,25% para 12,75% ao ano. A decis�o foi tomada de forma un�nime pelos nove membros do colegiado. Esse foi o segundo corte consecutivo na mesma intensidade promovido pelo comit�, que levou os juros ao menor n�vel desde maio de 2022.

Elogio e apoio

Numa mostra de boa vontade, o presidente do Banco Central afirmou pela manh� que o governo do presidente Lula tem tomado v�rias decis�es “no caminho certo”. A afirma��o foi feita durante a audi�ncia p�blica na Comiss�o de Finan�as e Tributa��o (CFT) da C�mara dos Deputados.
 
“O governo tomou v�rias decis�es corretas, como manter a meta de infla��o em 3% e a ado��o do novo arcabou�o fiscal. Perseguir a meta do arcabou�o � uma decis�o correta. Estamos de fato em um caminho. Comparada com outros pa�ses, nossa proje��o de crescimento est� sendo revisada para cima, o desemprego caiu para menos de 8%”, firmou o presidente do BC.

Entrando na arrastada discuss�o sobre taxa��o dos super-ricos e offshores, Campos Neto, afirmou ser favor�vel ao tema, defendendo uma al�quota de 10% . “Sobre arrecada��o de super-ricos, sou a favor de arrecada��o de fundos exclusivos, sou a favor de arrecada��o de offshores”, afirmou. “Tinha uma preocupa��o com eros�o de base, taxar uma coisa e depois a base ser evaporada, preocupa��o que mencionei. Tanto na parte de fundos exclusivos quanto na parte de offshore, tenho essa preocupa��o, mas fui a favor nos dois casos de ter al�quota mais alta”, acrescentou.


Campos Neto pontuou ainda estar tentando fazer um trabalho pelo pa�s, junto com o Banco Central. “Sou um voto de nove da diretoria, acredito nesse projeto da autonomia, acredito em um Brasil melhor, acredito que a gente tem que sair dessa briga da polariza��o e falar do que realmente importa para as pessoas, como vamos crescer e gerar emprego."
(*Folhapress)



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