
A oitiva de Moro e de seus suplentes Luis Felipe Cunha e Ricardo Augusto Guerra ser� �s 13h, por videoconfer�ncia. Al�m deles, a defesa do senador arrolou o ex-deputado federal Deltan Dallagnol, que teve o mandato cassado, como testemunha na a��o; ele ser� ouvido em 27 de outubro, no mesmo hor�rio.
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A A��o de Investiga��o Judicial Eleitoral (Aije) foi proposta pelo Partido Liberal (PL) e pela Federa��o Brasil da Esperan�a (PT, PCdoB e PV). Os partidos pedem, al�m da perda do mandato de senador, que Moro fique ineleg�vel por oito anos.
Os partidos argumentam que Moro abusou do poder pol�tico ao fazer,
inicialmente, campanha para presidente e, depois, aproveitando da visibilidade, migrar a candidatura para o Senado, o qual seria um cargo de “menor circunscri��o e teto de gastos vinte vezes menor”. Com isso, o senador teria “carregado consigo todas as vantagens e benef�cios acumulados indevidamente, ferindo a igualdade de condi��es entre os concorrentes ao cargo de Senador no Estado do Paran�”.
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Caixa 2
De acordo com a a��o, Moro teria furado o teto de gastos de pr�-campanha, o que configuraria abuso de poder econ�mico. Entre as provas documentais, as legendas citaram de contrata��o de ag�ncia de marketing a aluguel de carro. “Uma das formas de se evidenciar a gravidade dos fatos � o volume excessivo dos recursos patrimoniais utilizados em favor dos requeridos, como por exemplo os servi�os para alavancar a campanha do primeiro requerido � Presid�ncia da Rep�blica que foram contratados da empresa D7 Comunica��o Ltda., no valor de R$ 2.000.000,00 (dois milh�es de reais), que, por si s�, representam mais de 40% do teto de gastos da elei��o � qual concorreu”, afirmam os partidos.
As legendas apontaram na peti��o “fundada suspeita” de caixa dois nas contrata��es feitas pela equipe de Moro na campanha eleitoral e na mudan�a de candidatura. “Se tal gravidade for desconsiderada, abrir-se-� precedentes hediondos para pleitos futuros, ao se relevar a estrat�gia de downgrade de cargo ao qual se pretende concorrer, como no caso em an�lise em que o desarrazoado volume dos gastos e a dimens�o nacional e intensa da exposi��o verdadeiramente presidencial realizada, se traduziram em verdadeira “p�-de-cal” para as chances de concorr�ncia minimamente igualit�ria entre os competidores ao Senado pelo mesmo Estado, sepultando as chances at� mesmo de outros candidatos inicialmente mais bem posicionados na corrida eleitoral daquele cargo e circunscri��o”, ressaltaram o PL e a Federa��o Brasil da Esperan�a.
Nas redes sociais, Moro afirmou que as acusa��es de furar o teto de gastos s�o infundadas. “Esses valores estavam inicialmente previstos para a poss�vel campanha presidencial que n�o houve, ent�o, por �bvio, inexistem”, garantiu o senador. Em nota, a assessoria do ex-ministro afirmou ao Correio que trata-se do "andamento normal do processo". "O senador Sergio Moro recebe a not�cia com respeito e serenidade", resumiu.