Erika Christina Horta Piazarollo, de 49 anos, seus filhos, Matheus Horta Piazarollo, de 15, e Thiago Horta Piazarollo, de 13, e Luke, o c�o adotado pela fam�lia
Ao mesmo tempo em que aumenta a procura de animais como companheiros durante o isolamento social, o n�mero de casos de abandono de c�es e gatos, em Belo Horizonte, tem crescido.
Arantes ressalta que, devido � falta de conhecimento sobre abrigos e demais institui��es que trabalham em prol do resgate e prote��o animal, o destino escolhido para esses animais geralmente s�o as ruas. E, conforme relatado pelo diretor da ONG, o receio e a vergonha, tamb�m, interferem nessa decis�o, fazendo com que os pets sejam abandonados em locais quase que desconhecidos.
“Outro fator capaz de influenciar na decis�o de tutores em deixar seus bichinhos de estima��o nas ruas � a falta de informa��o. Muitas pessoas acreditam que o animal ser� um vetor de propaga��o do v�rus”, destaca. No entanto, a m�dica veterin�ria S�lvia Helena Marotta Alves explica que n�o h� informa��es que indiquem que os animais desenvolvam a doen�a. E nem que o contato entre pele humana e o pelo do animal possa ser uma via de transmiss�o.
CRIME “As pessoas precisam entender que o abandono � uma covardia. E � um crime. Al�m disso, ao deixar um animal solto nas ruas, sem qualquer amparo, o tutor transfere sua responsabilidade para toda a sociedade, causando assim uma esp�cie de caos, possibilitando a ocorr�ncia de acidentes e/ou maus-tratos ao animal”, afirma L�via Almeida, de 37 anos, volunt�ria da ONG Bicho Loko.
Frente ao crescente abandono de animais de estima��o, o diretor da ONG Adote meu dog conta que cerca de 12 c�es e/ou gatos s�o recolhidos das ruas diariamente pela entidade, em Belo Horizonte. Mesmo com os altos �ndices de abandono, o n�mero de animais adotados cresceu.
“A Laicca e o Nick preenchem meu dia. Acordo, abro a porta do meu quarto, e l� est�o eles me esperando para brincar com as bolinhas. Assim, j� come�o meu dia sorrindo”, diz a economi�ria Elayne do Socorro Madureira Nunes, de 54. Ela conta, ainda, que Laicca e Nick se tornaram parte integrante da fam�lia.
Elayne do Socorro Madureira Nunes, de 54 anos, e seus dois c�es, Laicca e Nick, ambos adotados
Outra vida salva foi a de Luke, filhote de uma cadela que havia sido recolhida de um canil clandestino. A funcion�ria p�blica Erika Christina Horta Piazarollo, de 49, e seus filhos, Matheus Horta Piazarollo, de 15, e Thiago Horta Piazarollo, de 13, foram os respons�veis pela ado��o. “Est�vamos em plena pandemia quando o adotamos, e n�o tinha no��o que nos apaixonar�amos t�o rapidamente pelo nosso filhote. Luke est� sempre do nosso lado, seja no home office ou nas atividades do dia a dia”, conta Erika.
Mestrando em ci�ncia e tecnologia dos materiais no Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN), Bruno Lourencio, de 24, adotou Gaia, uma cadelinha de dois meses que, segundo ele, levou muita agita��o para o novo lar. “Durante a quarentena, acabei ficando um pouco sedent�rio, e como ela � cheia de energia, acaba fazendo com que eu me movimente bastante enquanto brinco com ela”, diz.
PRECONCEITO Miriene Fernanda Lorenzi, de 32, � respons�vel pela Gato Uai, um projeto em parceria com amigas que resgata gatos das ruas de Belo Horizonte e assume a miss�o de encontrar um novo lar para eles. “Ainda existe muito preconceito, mas aos poucos, devido ao trabalho de conscientiza��o de abrigos e protetores, isso est� diminuindo. Gatoss�o animais extremamente companheiros e conviver com eles � algo muito especial.”
Sara Luana Ribas Duarte, de 30 anos, seu marido, Frederico Fonseca, de 37, e Luna, de apenas tr�s meses, adotada pelo casal
* Estagi�ria sob a supervis�o da editora Teresa Caram
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