(none) || (none)
Publicidade

Estado de Minas COVID-19

Bem-estar emocional

A companhia de c�es e gatos em casa pode ser ben�fica durante a pandemia. Neste momento de isolamento, eles estimulam o afeto e aliviam a tristeza. Fique atento aos cuidados com os pets


20/07/2020 19:02 - atualizado 23/07/2020 17:56

Luís Fernando Ramos Santos, de 38 anos, e Olaf(foto: Arquivo pessoal)
Lu�s Fernando Ramos Santos, de 38 anos, e Olaf (foto: Arquivo pessoal)

A pandemia desencadeou um cen�rio de instabilidade, e o isolamento social provocou quadros de estresse, depress�o, medo, raiva e tristeza nas pessoas. “Isso culminou na tend�ncia por procurar um animal de estima��o. 

 

Neste momento, eles servem como companhia, estimulam o afeto e curam a tristeza”, diz a psic�loga M�nica Nascimento Mafra, ao comentar a eleva��o das taxas de c�es e gatos que ganharam um novo lar durante o confinamento.

 

Para ela, em um momento no qual as pessoas precisam evitar o contato humano e restringir as formas de confraterniza��o, a companhia de um pet pode ser ben�fica e crucial para o bem-estar emocional. 

“Os pets exercem um papel positivo at� mesmo na cura de doen�as emocionais e f�sicas. A diminui��o da depress�o � uma delas, pois � medida que se passa mais tempo na presen�a de um animal dom�stico, a pessoa produz horm�nios como ocitocina e serotonina, que melhoram o humor e ajudam a reduzir a press�o sangu�nea, auxiliando a fun��o card�aca.”

 

M�nica destaca que os animais de estima��o s�o bons companheiros e cuidadores, e ao decorrer da rela��o eles se tornam mais que apenas pets. Uma rela��o que, segundo a psic�loga, transcende padr�es sociais e n�o requer nenhum interesse. “Ele estar� ali sempre e a qualquer momento. Portanto, essa oferta de seguran�a psicol�gica diminui a solid�o”, diz.

 

E � justamente esse sentimento que n�o faz mais parte da vida de Marlene Mecia Pontes de Castro, de 52 anos, desde que ela adotou a primeira cadela: M�gali, de quase 6 anos. Hoje, j� s�o quatro: Pantera, de 4, Hanna, de 2, e Princesa, m�e de Hanna, de 3. Quatro cadelas que alegram a vida de Marlene e a filha, Ana Clara Pontes de Castro, de 18, e tornam os dias de isolamento social mais f�ceis.

 

“Com todas elas presentes em casa, nesta pandemia, � imposs�vel nos sentirmos sozinhas. Elas alegram a casa em dias bons e ruins, nos fazendo rir de suas brincadeiras ou nos dando lambidas quando estamos em um dia ruim. Essas criaturinhas s�o muito leais, carinhosas e �timas companhias, e com certeza nos ajudam muito durante essa fase dif�cil que estamos enfrentando”, conta.

 

M�nica observa que ter um animal de estima��o n�o se trata de uma obriga��o, o que tende a se tornar at� uma decis�o dif�cil em determinadas situa��es, como falta de espa�o e/ou tempo. No entanto, ressalta que, ao considerar os benef�cios, esse empecilho muitas vezes � desconsiderado. E, por isso, afirma: “A aquisi��o ou ado��o de animais n�o � a solu��o de todos os problemas. Mas, � garantia de companhia e alegria”.

 

Foi assim com Lu�s Fernando Ramos Santos, de 38. Casado, o jornalista e sua esposa, Zaira Lage Dias Santos, tamb�m de 38, tinham espa�o em casa e muita vontade de terem um c�o, mas n�o tinham tempo para que pudessem ajud�-lo na adapta��o. Ent�o, Lu�s conta que resolveram esperar o momento certo. E ele apareceu agora.

 

“Devido � pandemia, estamos trabalhando em home office e percebemos ser este o momento ideal para ter esse cachorro que tanto quer�amos. Foi ent�o que um amigo nos disse que Olaf, um c�ozinho, de um ano e oito meses, estava sendo doado. N�o pensamos duas vezes, e o adotamos. Ele � um cachorrinho muito esperto e inteligente, e encanta a nossa vida. A casa virou outra com a presen�a dele.”

 

Esse conv�vio agrad�vel diz respeito, principalmente, � espera da chegada do c�o, conforme ocorreu com o casal Lu�s Fernando e Zaira, e elucidado por M�nica. “Quando esse animal chega, ele j� est� sendo esperado. Logo, o ambiente se torna reconfortante. Os animais transmitem a sensa��o de bem-estar por serem carinhosos e cuidarem de quem est� ao seu redor. O benef�cio � m�tuo, tanto para o dono quanto para o animal.”

 

DEDICA��O A veterin�ria Pillar Gomide do Valle pontua que, apesar dos benef�cios, � preciso se atentar aos cuidados b�sicos e dedicar horas de carinho e aten��o ao pet. Isso porque eles tamb�m tendem a sentir a emo��o do momento, visto que h� a necessidade de ficar em casa e de que determinadas atividades, como o passeio e as brincadeiras ao ar livre, sejam evitadas.

 

“N�s, humanos, podemos nos distrair vendo TV, lendo um livro, navegando na internet e fazendo uma por��o de coisas que eles n�o podem. Por isso, temos que nos atentar para a qualidade de vida desse c�o. Muitas doen�as como a dermatite psicog�nica podem ocorrer por t�dio. Uma brincadeira com bolinhas, garrafas PETs ou laser point s�o essenciais para uma vida, inclusive psicol�gica, saud�vel. Al�m disso, movimento � sa�de, e isso vale tamb�m para o animal.”

 

Pillar destaca, ainda, que todos os cuidados inerentes � vida do c�o ou gato geram gastos. Em alguns casos, a economia pode ser feita com a confec��o de brinquedos em casa. No entanto, do ponto de vista alimentar e da sa�de dos pets, os custos podem ser altos. Por isso, a veterin�ria frisa que ter um animal dom�stico requer disponibilidade de tempo e dinheiro.

 

Em rela��o aos valores a serem desembolsados para manter a sa�de do c�o em dia, h� gastos com alimenta��o, banho e tosa, consultas veterin�rias e vacinas. Quanto a ra��o, depende da ra�a do pet e do tipo a ser escolhido. “Uma ra��o superpremium, por exemplo, para ra�a pequena gira em torno de R$ 80 por m�s. Mas h� ra��es mais baratas. E esse valor pode diminuir para cerca de R$ 40 a R$ 50 mensais. Ainda, vale ressaltar que a ra��o deve ser servida ao c�o tr�s vezes ao dia. A �gua � � vontade”, afirma.

 

No caso do banho, de acordo com Pillar, petshops de Belo Horizonte cobram a partir de R$ 40, para ra�as pequenas. Por�m, a veterin�ria destaca que essa limpeza pode ser feita pelo pr�prio tutor, gastando assim cerca de R$ 60 com a compra dos produtos espec�ficos para o banho de animais dom�sticos.

 

J� as tosas, segundo a veterin�ria, variam de acordo com o tamanho do animal. Para c�es de porte pequeno, por exemplo, s�o cobrados cerca de R$ 80, enquanto que para os de grande porte s�o denotados valores em torno de R$ 130. A periodicidade dos banhos � quinzenal e das tosas, mensal.

 

Outro gasto importante diz respeito �s consultas, vacinas e antiparasit�rios. Pillar explica que, para animais com menos de 7 anos e sem doen�as cr�nicas, uma visita ao veterin�rio por ano � o ideal. E destaca que o valor a ser cobrado pelos profissionais varia entre R$ 50 e R$ 150.

 

“As vacinas essenciais para c�es s�o a m�ltipla e antirr�bica, e normalmente t�m protocolos anuais e saem em torno de R$ 60 e R$ 80, cada. Mas, se o tutor tiver condi��es, vale tamb�m imunizar o c�o contra leishmaniose. Essa vacina � fortemente recomendada e tamb�m tem protocolo anual, mas com o custo mais elevado, em torno de R$ 200.”

 

De forma geral, c�es e gatos precisam, ainda, tomar verm�fugos, ao menos anualmente, com refor�os de acordo com o protocolo do veterin�rio. Os valores dependem da marca do produto e do peso do animal.

“Em m�dia, s�o gastos R$ 30 em duas doses recomendadas na rotina. Se faz necess�rio tamb�m prevenir contra pulgas e carrapatos, e os custos tamb�m s�o influenciados pelo peso do animal, gerando gasto entre R$ 30 e R$ 50”, explica a veterin�ria.

 

*Estagi�ria sob a supervis�o da editora Teresa Caram

 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)