O FDA (Food and Drug Administration), �rg�o americano respons�vel pela libera��o de medicamentos e procedimentos para a �rea da sa�de, autorizou, em 2020, o uso do game EndeavorRX para tratar crian�as com transtorno do d�ficit de aten��o com hiperatividade (TDAH).
Em meio � pandemia de COVID-19, o m�todo est� sendo testado como terap�utico na recupera��o de pessoas que j� tiveram a infec��o pelo novo coronav�rus e apresentaram sequelas cognitivas e na mem�ria.
Em meio � pandemia de COVID-19, o m�todo est� sendo testado como terap�utico na recupera��o de pessoas que j� tiveram a infec��o pelo novo coronav�rus e apresentaram sequelas cognitivas e na mem�ria.
Segundo Vivaldo Jos� Breternitz, professor da Faculdade de Computa��o e Inform�tica da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em raz�o da semelhan�a de alguns sintomas relacionados as sequelas de ordem cognitiva geradas pela COVID-19 e os portadores de TDAH, pesquisadores resolveram testar a efic�cia do game, j� comprovada no tratamento de crian�as com transtorno de d�ficit de aten��o com hiperatividade, em casos de infec��o pelo v�rus Sars-Cov-2.
“A expectativa positiva decorre dos primeiros resultados observados pelos pesquisadores, que acreditam, mas ainda n�o t�m certeza, de que a concentra��o e a capacidade de desenvolver mais de uma atividade ao mesmo tempo podem ser estimuladas pela pr�tica do jogo. E isso j� � feito com crian�as com TDAH, uma vez que o game estimula a concentra��o dos pequenos, cuja falta � um dos principais problemas, e reduz o n�vel de hiperatividade, outro problema trazido pelo transtorno”, avalia o especialista brasileiro.
A disponibilidade de um tratamento eficaz na palma da m�o pode ser muito ben�fica para o momento atual. Isso porque, haja vista o n�mero elevado de pessoas contaminadas com COVID-19, as sequelas cognitivas tamb�m podem atingir �ndices consider�veis, o que acabaria por sobrecarregar ainda mais o sistema de sa�de.
“Levando em conta as dimens�es da pandemia, acredita-se que n�o haver� for�a de trabalho – fisioterapeutas, psicoterapeutas, psic�logos e outros – suficiente para atendimento individual a todas as pessoas que ficaram com sequelas.”
“Levando em conta as dimens�es da pandemia, acredita-se que n�o haver� for�a de trabalho – fisioterapeutas, psicoterapeutas, psic�logos e outros – suficiente para atendimento individual a todas as pessoas que ficaram com sequelas.”
“Assim, utilizar uma ferramenta que o paciente pode usar praticamente sozinho, ap�s ser instru�do sobre seu funcionamento, libera essa for�a de trabalho para atendimento de casos mais graves”, pontua Vivaldo Jos� Breternitz.
Ainda, de acordo com o professor, outros games poderiam ajudar nesse processo, por�m, ainda � preciso haver confirma��o e comprova��o cient�fica de efic�cia do m�todo no tratamento de pessoas com sequelas cognitivas e de mem�ria em raz�o da infec��o por COVID-19, tanto do EndeavorRX quanto de outro poss�vel game.
Ainda, de acordo com o professor, outros games poderiam ajudar nesse processo, por�m, ainda � preciso haver confirma��o e comprova��o cient�fica de efic�cia do m�todo no tratamento de pessoas com sequelas cognitivas e de mem�ria em raz�o da infec��o por COVID-19, tanto do EndeavorRX quanto de outro poss�vel game.
Os testes com o game aprovado pela FDA em casos de p�s-COVID seguem em andamento, por�m, sem prazo para conclus�o.
EM CASOS DE TDAH
O EndeavorRx � um game e aplicativo autorizado a ser utilizado como tratamento digital para melhorar a aten��o de crian�as entre 8 e 12 anos com TDAH. Segundo informa��es oficiais, o game � um dispositivo m�dico que deve ser prescrito por profissionais de sa�de. “N�o se destina a ser uma terap�utica aut�noma, nem � um substituto para a medica��o”, informa o site.
Avaliado em mais de 600 crian�as com TDAH em cinco estudos cl�nicos, o tratamento EndeavorRx usa est�mulos sensoriais e desafios motores simult�neos projetados para �reas-alvo do c�rebro que desempenham um papel fundamental na fun��o da aten��o.
“Ao usar o EndeavorRx, o objetivo � que o paciente navegue com sucesso em seu personagem por um curso enquanto coleta alvos e evita esbarrar em obst�culos. Essas a��es requerem foco e flexibilidade para gerenciar v�rias tarefas ao mesmo tempo.”
“Ao usar o EndeavorRx, o objetivo � que o paciente navegue com sucesso em seu personagem por um curso enquanto coleta alvos e evita esbarrar em obst�culos. Essas a��es requerem foco e flexibilidade para gerenciar v�rias tarefas ao mesmo tempo.”
Segundo o site do game, � importante saber que ele pode parecer repetitivo e desafiador para algumas crian�as e, portanto, exige empenho para alcan�ar e perceber resultados.
Os dados do estudo randomizado e controlado apontam que o EndeavorRx melhorou a aten��o objetiva em crian�as com TDAH entre 8 e 12 anos. 48% dos pais afirmaram que o game melhorou o comprometimento di�rio relacionado ao TDAH e 56% dos pais indicaram que o tratamento melhorou a aten��o de seus filhos.
Em estudo aberto, 68% dos pais relataram melhora nas defici�ncias relacionadas ao TDAH ap�s o segundo m�s de EndeavorRx. Al�m disso, at� um ter�o das crian�as teve mudan�a clinicamente significativa nos sintomas de TDAH ap�s um m�s de tratamento com EndeavorRx, o que aumentou para 45% ap�s o segundo m�s de tratamento. Os efeitos foram semelhantes, independentemente de as crian�as tomarem ou n�o medicamentos.
Ainda, segundo informa��es oficiais, n�o houve eventos adversos graves observados em nenhum dos ensaios cl�nicos de EndeavorRx. Por�m, a empresa respons�vel pelo game recomenda que em caso de sintomas adversos, como frustra��o, rea��o emocional, tontura, n�usea, dor de cabe�a, cansa�o visual ou dor nas articula��es, o tratamento seja pausado. “Se o problema persistir, entre em contato com o m�dico.”
Al�m disso, segundo o site do game, o EndeavorRx pode n�o ser apropriado para pacientes com epilepsia fotossens�vel, daltonismo ou limita��es f�sicas que restringem o uso de um dispositivo m�vel. Por isso, a import�ncia de um atendimento m�dico especializado antes de iniciar o uso do aplicativo.
Para saber mais, acesse o site oficial do EndeavorRx.
*Estagi�ria sob a supervis�o da editora Teresa Caram