(none) || (none)
Publicidade

Estado de Minas TESTES de COVID

COVID-19: UFMG cria teste que usa amostras de urina para detectar a doen�a

In�dita, tecnologia � mais simples, barata e menos invasiva do que os exames realizados por meio da coleta de sangue


19/05/2021 20:52 - atualizado 19/05/2021 21:20
683

Tecnologia desenvolvida pela UFMG detecta COVID-19 por meio de amostras de urina
Tecnologia desenvolvida pela UFMG detecta COVID-19 por meio de amostras de urina (foto: Pixabay/Reprodu��o)
A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) acaba de patentear uma tecnologia in�dita para o diagn�stico da COVID-19. Um teste de detec��o de anticorpos espec�ficos em amostras de urina de pacientes que podem ser coletadas em qualquer per�odo do dia foi desenvolvido pela universidade. 

 

Baseado no m�todo Elisa – sigla, em ingl�s, para ensaio de imunoabsor��o por liga��o enzim�tica –, o processo � mais simples, barato e menos invasivo do que o exame que usa sangue.

A Coordenadoria de Transfer�ncia e Inova��o Tecnol�gica (CTIT) da UFMG est� em negocia��es com laborat�rios das �reas de sa�de e biotecnologia para transferir a inova��o ao p�blico o mais rapidamente poss�vel.


Existem v�rias op��es de testes sorol�gicos no mercado para identifica��o de anticorpos de Sars-CoV-2 com o uso do sangue. A tecnologia criada na UFMG, no entanto, � pioneira.

“N�o h� teste dispon�vel que usa urina dos pacientes. Tamb�m n�o encontramos relato na literatura que pudesse indicar o uso da urina para a pesquisa por anticorpos espec�ficos ao v�rus causador da COVID-19”, ressalta a pesquisadora Fernanda Ludolf Ribeiro de Melo, integrante do grupo. 

Ela explica que a presen�a de anticorpos na urina de pacientes ainda � pouco estudada, e isso provavelmente � o motivo pelo qual as pesquisas para diagn�stico da COVID-19 n�o tenham optado pelo uso dessa amostra biol�gica.

“Poucas pessoas acreditam que existam (anticorpos na urina), mas h� relatos para outras doen�as, o que inspirou a ideia”, conta. 

Fernanda � residente de p�s-doutorado do Programa de P�s-gradua��o em Ci�ncias da Sa�de: Infectologia e Medicina Tropical (PPG-IMT) da UFMG e decidiu levar sua hip�tese ao supervisor, o professor Eduardo Ant�nio Ferraz Coelho.

Ele acreditou no potencial da proposta e sugeriu a forma��o de uma equipe para dar prosseguimento aos estudos.

“Contatamos os professores Fl�vio Fonseca, que desenvolve pesquisas sobre a COVID-19, e Vandack Nobre, que trabalha com projetos relacionados � doen�a no Hospital das Cl�nicas, e eles prontamente acreditaram na ideia. Avaliaram como interessante e inovadora”, relata Fernanda.

Urina x sangue


“Por ser um teste quantitativo-qualitativo do tipo Elisa, conseguimos excelentes valores de especificidade e sensibilidade. Obtivemos com a nossa t�cnica de urine based-Elisa resultados melhores que os alcan�ados com Elisa empregando amostras de soro dos pacientes, anteriormente aprovada pelo FDA (Food and Drug Administration, dos EUA) e pela Anvisa (Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria, do Brasil)”, afirma.

Par�metros de sensibilidade e especificidade s�o utilizados na interpreta��o de um teste diagn�stico e definem suas caracter�sticas e limita��es.

O primeiro indica a menor quantidade de anticorpos que o exame consegue detectar, e o segundo corresponde � capacidade de identificar apenas anticorpos contra ant�genos do Sars-CoV-2

De acordo com material produzido pelo Minist�rio da Sa�de para definir a acur�cia dos testes diagn�sticos registrados na Anvisa para a COVID-19, uma baixa sensibilidade pode, por exemplo, resultar em piora dos �ndices de identifica��o do coronav�rus nos pacientes.

Isso provoca aumento do n�mero de resultados falsos-negativos e a n�o detec��o dos casos assintom�ticos.

Com a efic�cia comprovada, era preciso verificar as vantagens do diagn�stico usando urina. O grupo conseguiu analisar diversas amostras de pacientes em poucas horas, o que indica que o teste � r�pido. 

Os pesquisadores destacam os benef�cios de um exame pouco invasivo. “Muitas pessoas n�o aceitam puncionar sangue por motivos f�sicos, psicol�gicos ou religiosos. Como � menos invasivo, o novo teste poderia ser feito em toda a popula��o, o que seria importante para os estudos epidemiol�gicos e as a��es das autoridades governamentais”, sugere a pesquisadora.

A urina ainda elimina a necessidade de agulhas e seringas, o que barateia o processo. “A urina com conservante � bastante est�vel e pode ficar por dias fora de uma geladeira comum ou anos dentro dela. E como pode ser coletada em qualquer per�odo do dia, oferece maior praticidade para sua obten��o.” 

Por causa dessa caracter�stica, o m�todo tamb�m possibilita que tanto a coleta quanto o transporte para a an�lise sejam feitos em hor�rios convenientes para o paciente.

A patente da inova��o foi depositada pela Coordenadoria de Transfer�ncia e Inova��o Tecnol�gica (CTIT) no fim de abril. Agora, o grupo est� em contatos com interessados, especialmente laborat�rios de diagn�stico, para que a tecnologia chegue � sociedade. 

“Esperamos que chegue ao mercado o quanto antes para que a popula��o possa se beneficiar desse m�todo em um momento em que testes diagn�sticos t�m sido muito importantes para nortear as a��es pessoais e governamentais de enfrentamento da pandemia”, conclui Fernanda.
 
*Estagi�ria sob supervis�o da subeditora Kelen Cristina



receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)