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Estado de Minas SA�DE

BioNTech inicia testes de vacina contra c�ncer de pele

A empresa, mesma produtora da Pfizer, desenvolveu a BNT111 para uso terap�utico de pacientes considerados terminais. Estudo cl�nico est� na fase 2


06/07/2021 15:08 - atualizado 06/07/2021 16:42

(foto: Pixabay)

Vacina contra c�ncer? Isso mesmo, o que parecia ut�pico est� ganhando os seus primeiros passos na realidade. � que a empresa de biotecnologia alem� BioNTech, que desenvolveu, no ano passado, uma das vacinas contra COVID-19, em parceria com a Pfizer, come�ou a testar um imunizante experimental, chamado BNT111, contra o tumor de pele do tipo melanoma, em estudos cl�nicos de fase 2. O primeiro paciente a receber a dose vive na Uni�o Europeia.  

Seguindo um mesmo padr�o, a vacina BNT111, contra o c�ncer, assim como a usada contra COVID-19, adota a tecnologia de mRNA – RNA mensageiro – para ensinar o sistema imunol�gico a combater a enfermidade.

Dados pr�-cl�nicos e cl�nicos mostraram que o imunizante � seguro o suficiente para que a pesquisa avance. Agora, a BioNTech vai avaliar o qu�o bem a f�rmula funciona contra o c�ncer, aliado a um medicamento, o Libtayo (cemiplimabe), das farmac�uticas Regeneron (EUA) e Sanofi (Fran�a). 

No entanto, diferentemente dos testes de uma vacina contra um v�rus, como o caso do Sars-Cov-2, que recrutou volunt�rios saud�veis, a nova f�rmula da empresa alem� contra o c�ncer n�o age de forma preventiva, mas deve demonstrar benef�cios do uso em pessoas com a doen�a j� existente. A ideia � que a terapia possa tratar pacientes que seriam, at� ent�o, considerados terminais, cujo melanoma se encontra nos est�gios III ou IV.  

O ensaio da vacina BNT111 j� foi revisado e aprovado pelas autoridades regulat�rias dos pa�ses da Uni�o Europeia (UE), como Espanha, Alemanha, It�lia e Pol�nia. Reino Unido, Estados Unidos e Austr�lia tamb�m autorizaram os testes.

Para a oncologista cl�nica mineira Nara Andrade, do Cetus Oncologia, essa � uma conquista “extremamente importante”, j� que pela primeira vez se ter� uma vacina atuando diretamente no tumor. 

“Hoje, os imunizantes dispon�veis, como o que evita o papilomav�rus (HPV), por exemplo, agem de forma profil�tica, ou seja, previnem e n�o combatem a doen�a j� instalada. Tamb�m � importante dizer que a �nica vacina j� aprovada para tratar o c�ncer, a Sipuleucel-T, usada contra o tumor de pr�stata avan�ado que n�o responde � hormonioterapia, tem limita��es. A forma como � produzida permite que seja aplicada apenas nos pacientes nos Estados Unidos, que moram pr�ximos ao local onde ela � confeccionada”, afirma a m�dica. 
 
(foto: Cetus Oncologia/Divulga��o)

A BioNTech j� atua no ramo da oncologia h� anos. � uma empresa com familiaridade com a patologia e � capaz de desenvolver tratamentos eficazes. Por�m, � importante que ainda sim os cuidados sejam tomados para prevenir a doen�a.

Elisa Ramos, oncologista cl�nica do Cetus Oncologia

 

Por�m, segundo ela, por outro lado, caso a vacina da BioNTech seja aprovada, essa ser� a primeira vez que se ter� um imunizante cuja fabrica��o pode ser feita em qualquer lugar do mundo.

“Isso significa dizer que os pacientes do mundo inteiro v�o se beneficiar com o novo tratamento. A oncologia tamb�m ganha mais uma arma contra um c�ncer que � o mais frequente no Brasil e no mundo, correspondendo a 27% de todos os tumores malignos do pa�s. Isso sem falar que a vacina n�o � invasiva e causa poucos efeitos colaterais.” 

Ainda, segundo ela, diferentemente da imunoterapia, que estimula c�lulas B do sistema de defesa para que este reconhe�a o tumor e o combata, a vacina BNT111 utiliza c�lulas T. “Isso abre um caminho para tratar v�rios tipos de c�nceres, como os de rins, do sistema nervoso central e at� os mais raros, cuja remiss�o n�o apresenta sucesso nos tratamentos convencionais”, completa. 

CAUTELA 


Apesar da alegria e esperan�a de se ter a possibilidade de uma futura porta se abrir para a melhor qualidade de vida de pacientes com c�ncer, bem como melhores tratamentos, Elisa Ramos, tamb�m oncologista cl�nica do Cetus Oncologia, destaca a alegria e empolga��o com os estudos de fase 2, mas n�o deixa de ressaltar o qu�o importantes e necess�rio s�o os estudos conclusivos, os chamados de fase 3, com um n�mero maior de indiv�duos, para que seja confirmada a efic�cia do tratamento. 

“A BioNTech j� atua no ramo da oncologia h� anos. � uma empresa com familiaridade com a patologia e � capaz de desenvolver tratamentos eficazes. Por�m, � importante que ainda sim os cuidados sejam tomados para prevenir a doen�a, j� que essa vacina agir� no tratamento de pacientes em est�gios bem avan�ados. Essa preven��o deve ser iniciada desde a inf�ncia, mais precisamente com os beb�s”, afirma a m�dica. 
 
(foto: Cetus Oncologia/Divulga��o)

Vamos aguardar os resultados. Se eles forem positivos, certamente dever�o ser aprovados no Brasil tamb�m. Quanto mais benef�cios um tratamento confere, maior a probabilidade de rapidez de aprova��o no Brasil. Essa � a nossa esperan�a.

Nara Andrade, oncologista cl�nica do Cetus Oncologia

 

Segundo ela, entre os m�todos preventivos, � importante evitar a exposi��o ao sol nos hor�rios de risco, entre 10h e 16h; usar prote��o adequada, como roupas, bon�s ou chap�us de abas largas, al�m de �culos escuros com prote��o UV, e aplicar na pele, antes de se expor ao sol, filtro solar com fator de prote��o 30, no m�nimo.

“� necess�rio reaplicar o filtro solar a cada duas horas, durante a exposi��o ao sol, bem como ap�s mergulho ou transpira��o. Mesmo filtros solares ‘� prova d’�gua’ devem ser reaplicados. � importante ainda usar filtro solar pr�prio para os l�bios. Em dias nublados, o uso de prote��o n�o deve ser dispensado.” 

NO SUS? 


Sobre a poss�vel entrada da nova vacina no sistema de sa�de do Brasil, Elisa Ramos ressalta que, para isso, a vacina precisaria, primeiramente, ser aprovada pela Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa), assim como ocorreu com a anti-COVID. Um dos entraves ap�s a aprova��o, seria o custo para incorpora��o no SUS e nas operadoras, segundo a m�dica. 

“N�o vivemos em um pa�s rico e, por isso, algumas tecnologias dispon�veis em na��es desenvolvidas da Europa e dos Estados Unidos, por exemplo, n�o s�o usadas com tanta frequ�ncia e facilidade no Brasil. Certamente, quando essa vacina chegar, n�o teremos, tamb�m, uma grande parcela da popula��o inicialmente imunizada. Mas, como acontece com qualquer tipo de tratamento, a princ�pio ele come�a a ser aplicado em um grupo mais restrito e, aos poucos, vai sendo difundido e democratizado.” 

Nara Andrade completa: “Vamos aguardar os resultados. Se eles forem positivos, certamente dever�o ser aprovados no Brasil tamb�m. Quanto mais benef�cios um tratamento confere, maior a probabilidade de rapidez de aprova��o no Brasil. Essa � a nossa esperan�a”. 


FIQUE ATENTO AOS SINAIS! 


Haja vista a longa caminhada at� a aprova��o e o constante risco da doen�a, tendo em vista tamb�m o car�ter terap�utico da vacina, al�m da preven��o, � muito importante que os pacientes estejam atentos aos sinais da doen�a para que, em caso de sintomas, os especialistas sejam procurados para melhor tratar e diagnosticar a neoplasia. 

“O sinal de alerta para a doen�a deve acender quando surgirem manchas na pele que co�am, ardem, descamam ou sangram, e tamb�m em caso de feridas que n�o cicatrizam. Esses sintomas podem ser indicativos do c�ncer de pele n�o melanoma, que ocorre principalmente nas �reas do corpo mais expostas ao sol, como rosto, pesco�o e orelhas.

O tipo n�o melanoma ocorre com maior frequ�ncia, tem baixa mortalidade, mas pode causar deforma��es. J� o melanoma, forma mais grave do tumor de pele, pode aparecer em qualquer parte do corpo, na pele ou mucosas, na forma de manchas, pintas ou sinais.” 

� o que explica Elisa Ramos. Segundo a m�dica mineira, essas les�es costumam ter formato assim�trico, bordas irregulares, mais de uma cor e mudar de tamanho.

“O paciente que encontrou sinal suspeito de c�ncer de pele deve ir ao posto de sa�de mais pr�ximo de sua casa. Ap�s o atendimento e avalia��o preliminar por cl�nico-geral, ele ser� encaminhado a um Ambulat�rio de Especialidades. O diagn�stico � feito pelo dermatologista ou cirurgi�o, por meio de exame cl�nico. Em algumas situa��es, � necess�rio o exame que permite visualizar camadas da pele n�o vistas a olho nu ou exame invasivo, que � a bi�psia”, afirma. 

*Estagi�ria sob a supervis�o da editora Teresa Caram 


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