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Estado de Minas SA�DE P�BLICA

Nova vacina pode proteger m�es e beb�s dos efeitos da coca�na; saiba mais

Desenvolvida na UFMG, pesquisa est� em fase pr�-cl�nica; objetivo � inibir os efeitos da coca�na na mulher e, pela amamenta��o, transferir a prote��o ao beb�


16/08/2021 15:13 - atualizado 16/08/2021 15:52

Vacina anticocaína, pioneira no mundo científico, está em desenvolvimento na UFMG
Vacina anticoca�na, pioneira no mundo cient�fico, est� em desenvolvimento na UFMG (foto: Pixabay/Reprodu��o )
O uso da coca�na na gravidez est� associado a quadros graves de gesta��o no pa�s. Os efeitos da droga na sa�de, tanto da gestante, quanto do feto, podem se estender ao longo de toda a vida. No caso da crian�a, as repercuss�es na sa�de podem ser ainda mais severas. No Brasil, a utiliza��o de drogas na gesta��o � uma quest�o de sa�de p�blica. 

Pensando nisso, desde 2013 pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) trabalham em uma pesquisa in�dita com o objetivo de proteger gr�vidas e beb�s durante a gesta��o e a amamenta��o. A prote��o criada pela vacina anticoca�na pode ser passada da m�e para o filho atrav�s do leite. 

A vacina em potencial pode ser pioneira no mundo cient�fico. “Os resultados s�o de grande relev�ncia cient�fica, j� que n�o existe nenhum tratamento aprovado por ag�ncias reguladoras mundiais para esse fim”, afirma Frederico Garcia, professor do Departamento de Sa�de Mental (SAM) da Faculdade de Medicina da UFMG

O medicamento, que est� em fase pr�-cl�nica, poder� evitar problemas como pr� -ecl�mpsia grave, aborto espont�neo e parto prematuro com complica��es, nas gestantes usu�riarias de drogas. 

Quanto aos filhos, o experimento aponta chances significativas de preven��o no baixo peso ao nascer, malforma��es e s�ndrome de abstin�ncia no rec�m-nascido. Sintomas comuns observados em beb�s nesta situa��o. 


Entenda a vacina 


Ao longo da pesquisa, foram feitos dois experimentos que compararam a cria��o de anticorpos pelo uso da coca�na e pela aplica��o da vacina. O medicamento estimulou a produ��o de anticorpos em quantidades de quatro a seis vezes superiores ao do uso da droga.

Injetada em ratas gr�vidas, os anticorpos gerados impediram ou reduziram a passagem de coca�na para o c�rebro da m�e e para os fetos, pela placenta. Os pesquisadores identificaram, ainda, a transmiss�o dos anticorpos atrav�s do leite, protegendo tamb�m os lactantes. 

Ao todo, 26 animais foram testados, sendo metade de cada experimento em grupo controle utilizando placebo. Comparadas �s m�es tratadas com placebo, as m�es vacinadas durante a gesta��o apresentaram maior ganho de peso gestacional e maior tamanho da ninhada. Entre os benef�cios, as m�es vacinadas tiveram ninhadas 27% maiores no parto, e 37% no desmame.

A pesquisa está sendo desenvolvida pela Faculdade de Medicina, Instituto de Ciências Exatas e a Faculdade de Farmácia da UFMG
A pesquisa est� sendo desenvolvida pela Faculdade de Medicina, Instituto de Ci�ncias Exatas e a Faculdade de Farm�cia da UFMG (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Os resultados tamb�m indicam que o leite da m�e cont�m IgG anticoca�na.  Os filhos das m�es vacinadas apresentaram IgG at� o s�timo dia ap�s o desmame e tiveram os efeitos locomotores e desinibit�rios da coca�na mais baixos. 

A mol�cula GNE-KLH, utilizada no estudo e na produ��o do medicamento, foi criada a partir da modifica��o da coca�na e � uma prote�na capaz de induzir a produ��o de anticorpos

O estudo teve financiamento da Funda��o de Amparo � Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), Conselho Nacional de Desenvolvimento Cient�fico e Tecnol�gico (CNPq), Secretaria Nacional de Pol�tica sobre Drogas e da C�mara dos Deputados. 

Os pesquisadores respons�veis s�o da Faculdade de Medicina, do Instituto de Ci�ncias Exatas e da Faculdade de Farm�cia e, Atualmente, est�o em busca de recursos para a realiza��o das pr�ximas etapas da pesquisa.

Danos � sa�de mental 

Segundos dados levantados pelos pesquisadores, a partir de artigos cient�ficos, apenas 25% das m�es dependentes de coca�na conseguem interromper o uso da droga na gravidez. 

A coca�na produz vasoconstri��o placent�ria, com diminui��o do fluxo sangu�neo da placenta. Al�m de reduzir a disponibilidade de nutrientes, as trocas de sinaliza��o embrion�ria, as elimina��o de metab�litos e o ganho de peso materno. Foi constatado, tamb�m, o aumento do risco de aborto.

“Geralmente a preven��o em sa�de mental est� ligada a comportamentos, tamb�m por isso essa solu��o � t�o inovadora. Nosso objetivo � ajudar essas m�es, que sofrem tanto pelo v�cio, e garantir a sa�de desses beb�s, para que possam superar esse momento com mais tranquilidade”, conclui Frederico Garcia.  
 
* Estagi�ria sob supervis�o da editora-assistente Vera Schmitz. 


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