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Estado de Minas ESPECIAL

Desaprendi a flertar. E agora? Existe solu��o e voc� n�o est� sozinho!

Chamado de fear of dating again, medo de voltar a namorar � um sentimento espec�fico trazido pela pandemia que tem assustado muitos solteiros ao redor mundo


22/08/2021 19:56

(foto: CB/D.A Press)
S�o quase dois anos de pandemia, sem festas, baladas e aglomera��es para os que ainda se mant�m em isolamento e seguem as regras de distanciamento e seguran�a. Al�m de tantos sofrimentos e dificuldades, os solteiros passaram a enfrentar a impossibilidade de conhecer pessoas novas de maneira org�nica. A solid�o tamb�m se tornou end�mica e os aplicativos de relacionamento assistiram a um aumento vertiginoso no n�mero de usu�rios. A impossibilidade de contato f�sico e de encontros pessoais fez, inclusive, com que muitas pessoas, antes avessas aos m�todos on-line, se rendessem ao contato virtual.

O aplicativo Happn, por exemplo, registrou um aumento de 19% em novos registros, cerca de 3,6 milh�es de novos usu�rios - no Brasil, atualmente, s�o mais de 16 milh�es. Segundo pesquisa divulgada pela plataforma, 2020 foi o ano mais "agitado da hist�ria do Tinder". O aplicativo de namoro teve um aumento de 42% de matches - quando dois usu�rios demonstram interesse m�tuo e iniciam um bate-papo. Em mar�o de 2020, os swipes, ato de arrastar para o lado para manifestar interesse em outro usu�rio, bateram o recorde de 3 bilh�es em um �nico dia.

Michael Illas, country manager do Happn para o Brasil, acredita que os aplicativos tiveram um papel essencial na manuten��o da sa�de mental das pessoas durante a pandemia, principalmente dos solteiros. "Temos as rela��es interpessoais em nossa ess�ncia. Precisamos nos relacionar com outras pessoas para viver e sobreviver. Por meio dos aplicativos, podemos nos conectar com outras pessoas, conhecer outras hist�rias, criar la�os, nos divertir, relaxar.

O Happn, assim como o Tinder e outros apps tamb�m se adaptaram e passaram a oferecer outros recursos para o usu�rio, como chamadas de v�deos. O Tinder criou at� mesmo uma aba com locais de vacina��o para incentivar e ajudar os usu�rios.

Por�m, apesar da alta atividade na paquera on-line, muitos jovens est�o sendo assolados pelo medo de namorar de novo. O termo em ingl�s, fear of dating again (ou medo de se relacionar de novo, em livre tradu��o), foi usado pelo diretor de relacionamentos do app europeu Hinge e define o mix de sentimentos envolvidos na volta ao mundo dos namoros.

Pesquisa feita pelo Happn sobre os h�bitos p�s-pandemia mostra que retornar � normalidade pode ser um problema. Um total de 75% dos entrevistados pensam ter perdido o h�bito de namorar, enquanto 32% dos solteiros disseram ter medo de voltar a ter intimidade com algu�m e 76% se sentem estressados antes de um encontro.

S�o muitos os medos que podem surgir, desde o receio pela contamina��o enquanto a pandemia n�o est� controlada, at� a antecipa��o de problemas futuros. "Quando pudermos sair, uso ou n�o m�scaras? Devemos dar as m�os? E nos beijar?".

Com o avan�o da vacina��o no Brasil, inclusive entre os jovens, o momento t�o esperado de uma volta � vida minimamente "normal" fica cada vez mais pr�ximo e a expectativa se une � ansiedade sobre como agir e se comportar.

S� vacinado!

O universit�rio e servidor p�blico Honorato Neto, 25 anos, conta que o in�cio da pandemia foi um baque na sua vida amorosa. Um pouco antes do isolamento, ele estava em processo de aprender a flertar e se abrir mais para conhecer pessoas. "Nunca fui muito de flertar, estava come�ando a desenvolver esse lado meu, e tudo parou. Acho que o pouco que eu tinha aprendido, j� desaprendi", brinca.

Tímido, Honorato Neto diz que nunca foi muito bom de flerte e, depois da pandemia, acredita que desaprendeu de vez a paquerar
T�mido, Honorato Neto diz que nunca foi muito bom de flerte e, depois da pandemia, acredita que desaprendeu de vez a paquerar (foto: Arquivo pessoal)

Antes da pandemia, Honorato estava em uma rotina de encontros e de conhecer pessoas novas, mas se fechou completamente para possibilidades rom�nticas durante o isolamento social. O servidor se absteve at� mesmo de qualquer paquera on-line e resolveu n�o aproveitar os aplicativos.

Os poucos avan�os virtuais a que o jovem se permitiu n�o deram resultados e, depois de algumas frustra��es, ele resolveu ficar em paz, pausando esse aspecto da vida, ao menos at� a segunda dose da vacina. "As poucas pessoas com quem puxei assunto on-line queriam se encontrar pessoalmente e, al�m do medo de me contaminar, eu n�o achava correto furar o isolamento para encontrar algu�m que eu tamb�m n�o tinha certeza sobre como estava se cuidando", explica.

Honorato chegou a se envolver com um rapaz que j� conhecia. Depois de algumas conversas virtuais, criou coragem para um encontro seguro. Mas a hist�ria n�o se desenvolveu. "Ele queria ir para barzinhos, lugares com outras pessoas, e eu n�o ia fazer isso. Estava supercauteloso e n�o me sentiria � vontade. Ficou uma rotina meio chata e n�o deu certo", conta.

Depois disso, o universit�rio decidiu que o melhor era esperar. Tomou a primeira dose da vacina em maio e est� ansioso pela segunda. "Ainda estou inseguro, sei que n�o estou totalmente protegido. Talvez quando eu tomar a segunda dose, crie coragem para conhecer algu�m on-line e ir para um date em um espa�o mais vazio e aberto".

Sem press�o

Apesar do medo de n�o saber mais flertar, ele acredita que, quando as pessoas, finalmente, puderem voltar a ter encontros de maneira segura, a press�o ser� um pouco menor. Com a �nsia de se reconectar, o jovem acredita que tudo ser� um pouco mais leve com as pessoas mais abertas e sinceras.

O servidor mora com uma amiga e, depois de alguns meses de solid�o compartilhada, os dois elegeram um pequeno grupo de amigos pr�ximos, tamb�m isolados, que se encontraram algumas vezes. "Foi a nossa rede de apoio. Muitos de n�s tiveram perdas significativas nesta pandemia, e ter amigos que se cuidavam e tinham os mesmos valores foi fundamental para a sa�de mental."

Os crit�rios para eleger um candidato a namorado tamb�m sofreram mudan�as com a pandemia. Com negacionistas, ele nem come�a a conversa, e tem que ser algu�m que reconhe�a o valor das vacinas e tenha consci�ncia de que a vacina��o � um pacto coletivo e n�o algo individual. Honorato n�o pretende se relacionar com algu�m que n�o tenha empatia e cuidado com o pr�ximo. "Al�m disso, vou com a cabe�a aberta e sem medo. J� ficamos muito tempo presos e paralisados, quando pudermos sair, precisamos valorizar", completa.

Ciclo completo

A professora de ingl�s Aline Lima Nogarolli, 27 anos, pode dizer que passou por quase todas as fases de uma vida amorosa durante o isolamento. No in�cio da pandemia, em 2020, ela terminou um relacionamento de seis anos, viveu a vida de solteira apostando em aplicativos e come�ou um novo namoro, no in�cio de 2021.

Aline conheceu Matt por meio de um aplicativo de relacionamentos e iniciaram o namoro: em fase de adaptação
Aline conheceu Matt por meio de um aplicativo de relacionamentos e iniciaram o namoro: em fase de adapta��o (foto: Arquivo pessoal)

Para ela, o processo de voltar a ser solteira, que j� seria dif�cil, se tornou quase imposs�vel com o isolamento social. "Eu j� estava meio defasada com rela��o a isso tudo de flertar e conhecer pessoas novas e ainda fiquei totalmente impedida de viver isso de maneira natural."

Depois de alguns meses, a solid�o ficou um pouco mais complicada. Muito assustada com a pandemia, em casa, sozinha e "olhando para as paredes", a professora sentia falta de ter algu�m com quem conversar e compartilhar pequenas coisas do dia a dia. Resolveu, ent�o, fazer um perfil em aplicativos de encontro.

Insegura, ela n�o tinha muita experi�ncia em conhecer pessoas novas, ainda mais on-line. Apesar de uma timidez inicial, Aline conta que a cada conversa ela ia experimentando e melhorando as habilidades de flerte.

Mais confiante e aberta, chegou a ter algumas conversas interessantes, mas nenhuma que se mantivesse firme apenas no virtual e sem a perspectiva de um encontro presencial. Com o desejo de se sentir conectada a algu�m, continuou se aventurando e "passando para o lado" no Tinder at� encontrar algu�m com quem a conversa se desenvolveu bem.

Do virtual ao real

Depois de um tempo on-line e se certificando de que o pretendente tamb�m estava sendo cuidadoso e respeitando o isolamento, Aline criou coragem e encontrou Matt Harris, 49 anos, em janeiro deste ano, depois de tr�s semanas de flerte virtual, e, desde ent�o, est�o juntos. No in�cio, os encontros do casal se resumiam a filmes em casa e pedidos pelo delivery, mas, depois de vacinados, criaram coragem para ir a alguns restaurantes sem aglomera��o.

Encontros ao ar livre, em parques, tamb�m s�o uma das op��es de Aline e Matt, que, quando est�o em casa, tamb�m curtem montar quebra-cabe�as juntos. "N�s nos revezamos entre as nossas casas e estamos nos adaptando."

Na rua, no mercado, na farm�cia

A empreendedora B�rbara Lucatelli, 30, assim como Aline Lima Nogarolli, viu-se entrando na vida de solteira em meio � pandemia. Ela e o namorado moravam juntos havia cinco anos e, em mar�o deste ano, o relacionamento chegou ao fim. B�rbara acredita que passar 24 horas juntos foi um dos pontos que dificultou a rela��o e contribuiu para o t�rmino. "N�o t�nhamos nenhum momento de respiro, um tempo sozinhos, e os problemas estavam sempre ali", lembra.

O processo foi complicado, pois, al�m de terminar o relacionamento, ela perdeu a �nica companhia e contato f�sico que tinha no isolamento. "Eu gosto muito de contato humano e n�o abra�o nem a minha m�e desde que tudo isso come�ou. Al�m do lado amoroso, perdi tamb�m esse suporte".

Pouco tecnol�gica, B�rbara nunca teve aplicativo de encontro. Para ela, passar a ver os amigos por meio de reuni�es do Zoom j� foi novidade suficiente, e ela n�o cogitou criar perfis de namoro. Recorrendo aos amigos solteiros para desabafar e pedir dicas de como voltar a se relacionar e saber como eles estavam agindo, descobriu que o pr�prio Instagram era uma das alternativas para a paquera.

"Cheguei a pensar nisso, em como funcionaria. Porque eu n�o tinha um Instagram muito cheio de conte�dos e fotos. Mas, no fim, acabei n�o fazendo nada, n�o gosto muito de me expor na internet e, para ter algum resultado, precisaria me expor um pouco mais".

A empreendedora, portanto, acabou ficando mais "na dela". De vez em quando, rolavam algumas conversas com conhecidos ou pessoas com quem ela j� tinha tido algum tipo de rela��o, mas B�rbara n�o queria correr riscos por n�o saber o n�vel de isolamento que essas pessoas estavam mantendo.

Depois de algumas semanas de solid�o, vivendo somente com sua gata, B�rbara foi convidada por uma vizinha e amiga para passar uns dias na Chapada. "Eu j� estava muito solit�ria e, como l� tudo � mais aberto e essa amiga tamb�m estava se cuidando bastante, resolvi ir."

De m�scara e andando na rua da cidade enquanto fazia compras de mantimentos, B�rbara reencontrou um amigo com quem tinha se relacionado aos 20 anos. Morador da Chapada e de m�scara, o pretendente de B�rbara a convidou para ir at� a casa dele.

Para ela, o fato de ter encontrado o antigo paquera de m�scara, sem estar em nenhum tipo de aglomera��o ou festa e ter sido convidada para um ambiente seguro e n�o para um bar, foram pontos fundamentais para que ela aceitasse. No meio da conversa, ela descobriu que ele tinha posicionamentos semelhantes ao dela quanto � pandemia, e o romance reacendeu.

B�rbara acabou dando uma virada na pr�pria vida, comprou um terreno e se mudou para a Chapada, lugar onde sempre teve vontade de morar. No meio da natureza, o casal consegue visitar cachoeiras vazias e fazer trilhas. Os outros encontros s�o dentro de casa, nada de restaurantes ou aglomera��es.

Refletindo sobre namorar, ser solteira e voltar a se relacionar durante a pandemia, a empreendedora comenta que sempre foi de conhecer as pessoas de forma org�nica, amigos de amigos, em festas, bares e passeios. Ela acredita que a juventude j� vivia um processo rom�ntico cada vez menos de contato, sempre por aplicativos e pr�-aprovando os candidatos, e que a pandemia intensificou o processo.

A jovem espera que, com o fim da pandemia, as pessoas voltem a valorizar os encontros reais e inesperados. "Percebo que as pessoas est�o buscando coisas mais verdadeiras, sendo mais sinceras e se jogando mesmo. Espero que, quando pudermos sair, as pessoas olhem mais para os lados e menos para as telas."

Ela brinca que, se n�o tivesse reencontrado um romance do passado, acabaria se apaixonando no supermercado. "As pessoas est�o se relacionando da maneira que conseguem. Como n�o sou f� do on-line, era prov�vel que me apaixonasse no mercado ou na fila da farm�cia".

Assim como Honorato Neto, ela garante que n�o se enxerga mais se relacionando, nem como amiga, com pessoas que n�o compartilharam seus valores durante a pandemia. Para ela, al�m de ser uma quest�o de empatia, pensamento coletivo e cuidado com o pr�ximo, a vacina e as medidas de seguran�a se tornaram atos pol�ticos. "� um crit�rio para mim. N�o vou me relacionar com quem n�o tem cuidado com o pr�ximo ou que tem um discurso lindo, mas vai para a balada escondido. Jamais me sentiria bem colocando os outros em risco, e n�o quero pessoas que n�o ligam ao meu redor."

De volta ao namoro

A psic�loga Marina Antonucci conta que o tema sobre como voltar a se relacionar tem sido cada vez mais recorrente em seus atendimentos cl�nicos e separou algumas dicas que podem ajudar quem est� sofrendo com o "fear of dating again". Confira:

Invista no autoconhecimento

Desde o in�cio da pandemia, frustra��o e inseguran�a foram duas palavras que nos acompanharam. Naturalmente, s�o dois sentimentos que t�m muito a ver com o ato de se arriscar em um encontro e que ficaram exacerbados. Pergunte-se: Quais as minhas maiores inseguran�as? Qual seria o pior cen�rio para mim? Quais as frustra��es que mais me amedrontam? Nas din�micas relacionais, o autoconhecimento � sempre bem-vindo e, agora, n�o seria diferente. Perceba seu medo. Se necess�rio, procure ajuda profissional! O que voc� sente n�o � besteira.

Compreenda a rela��o que voc� tem com a pandemia (ela ainda existe)
N�o tem problema mudar o lugar do encontro para um em que voc� se sinta mais � vontade e mais seguro. Muito pelo contr�rio, � necess�rio! Priorize os lugares que te fa�am se sentir bem em rela��o �s condi��es sanit�rias.

Abaixe o volume das expectativas

As expectativas podem ser uma grande armadilha. Essa tentativa de voltar �s condi��es "normais" de vida pode nos deixar ansiosos para ter resultados r�pidos. Por mais que n�o tenhamos rela��es h� um bom tempo, elas continuam as mesmas: demandando constru��o, disponibilidade afetiva, confian�a! E isso n�o aparece do dia para a noite. Respeite-se e saiba que desacelerar pode ser um cuidado com a sua sa�de emocional.

Autocuidado

Invista em pr�ticas que n�o aumentem a ansiedade antes de ir ao encontro. Pode ser qualquer coisa que te ajude, uma conversa com um amigo, uma caminhada ou corrida, cantar e dan�ar ao som de uma m�sica alta. S� n�o alimente a ansiedade, ela n�o vai ajudar! E lembre-se: � imposs�vel elimin�-la. Nosso objetivo � o manejo.

Deixe ser menos sobre voc�

Se h� uma enorme preocupa��o em impressionar, em perceber sinais da outra pessoa, em tentar entender se est� indo tudo bem, n�s deixamos de prestar aten��o no outro. � claro que n�s queremos ser interessantes, mas uma maneira efetiva de fazer isso � sermos interessados. Pergunte da vida da outra pessoa, seja curioso! Assim, seus pensamentos ser�o menos sobre as suposi��es em rela��o ao que o outro est� sentindo ou pensando e mais sobre o que est� acontecendo. E voc� vai ter sempre sobre o que conversar.

Voc� n�o est� sozinho

Se lhe acalmar, converse com seus amigos sobre estas apreens�es, provavelmente voc� vai encontrar algu�m que est� passando pela mesma coisa que voc�!

Divirta-se!
Lembre que o objetivo, no final, deve ser sempre este!

Oito tend�ncias para o mundo dos dates p�s-pandemia

1 - As pessoas ser�o mais honestas e aut�nticas - A pandemia ajudou muitos a colocarem as coisas em perspectiva. Isso levou os membros do Tinder a serem mais verdadeiros e vulner�veis sobre quem s�o, sua apar�ncia e o que est�o passando. As men��es a ansiedade na biografia aumentaram durante a pandemia, crescendo 31%.

2 - Os limites ser�o mais claros - A pandemia trouxe mais discuss�es sobre limites pessoais. Os membros do Tinder usaram suas biografias para deixar suas expectativas claras. A frase "usar m�scara" aumentou 100 vezes durante o curso da pandemia, "limites" teve um aumento de 19% e o termo "consentimento" aumentou 11%. O estudo "YPulse's Dating in a Post-COVID World" tamb�m encontrou sinais dessas discuss�es, ao mostrar que 17% dos entrevistados "conversaram sobre precau��es de seguran�a antes de se encontrarem" e 16% "pediram consentimento para tocar fisicamente o outro". Essa pr�tica tornar� as conversas sobre limites mais comuns e confort�veis no futuro.

3 - Acontecer naturalmente - Em um mundo incerto, quem estava procurando por alguma conex�o, deixava claro que estava com as expectativas baixas. Em uma pesquisa recente com membros do Tinder, o n�mero de encontros entre pessoas que procuram "nenhum tipo espec�fico de relacionamento" aumentou quase 50%. Portanto, em vez de a pandemia levar ao desejo de casamento, a pr�xima gera��o buscar� relacionamentos abertos a diversas possibilidades.

4 - Encontros digitais continuar�o sendo uma realidade - Entre os membros da Gera��o Z - 50% dos usu�rios dos Tinder -, 40% garantem que continuar�o tendo encontros on-line, mesmo ap�s a reabertura de tudo. Como o contato pessoal tornou-se arriscado, as pessoas se voltaram para experi�ncias virtuais para se conectar com os outros. Durante a pandemia, metade dos membros da Gera��o Z do Tinder conversou por v�deo com um match e um ter�o estava fazendo mais atividades virtuais compartilhadas. Em vez de sair, era mais prov�vel que as pessoas se encontrassem por meio do Tinder, depois fossem a um encontro no Animal Crossing, game que permite jogar de forma compartilhada, ou jantasse junto via Zoom, pedindo comida pelos apps de delivery.

5 - Os primeiros dates ser�o mais voltados a experi�ncias do que a "quebrar o gelo" - No ano passado, com as conversas no Tinder subindo 19% e os n�meros de dates por v�deo aumentando, as pessoas procuraram conhecer o outro digitalmente antes de se encontrarem pessoalmente. Segundo o Ypulse, 20% tinham um pr�-encontro virtual antes. Na hora de se ver, as pessoas escolheram atividades criativas, pessoais e casuais. Por exemplo, o Tinder viu um aumento de tr�s vezes nas men��es de "fazer trilha". A tend�ncia de primeiro encontro baseado em atividades que evitam conversa fiada moldar� a pr�xima d�cada.

6 - Pequenos contatos f�sicos t�m grande impacto - A falta que o toque f�sico fez em 2020 tamb�m come�ou a aparecer no Tinder. Os membros do app est�o usando suas biografias para buscar afeto, como segurar as m�os, abra�ar ou encontrar algu�m para fazer um cafun� - o uso da palavra abra�o cresceu 23%, e "segurar as m�os", 22%. Todos passaram a valorizar muito mais os pequenos toques de afeto.

7 - Pessoas buscam quem est� mais perto fisicamente - Para muitos membros do Tinder, 2020 veio com uma mudan�a causada pelo coronav�rus. Enquanto alguns foram para novas cidades, outros foram morar com a fam�lia. De acordo com o PEW Research Center, 52% dos jovens adultos viviam com um dos pais em julho, a maior taxa em d�cadas. Logo depois que se mudaram, eles vieram para o Tinder para conhecer pessoas em sua nova cidade. A geolocaliza��o ou a capacidade de encontrar algu�m por perto foi altamente relevante para o boom da movimenta��o na pandemia.

8 - Uma avalanche de amor reprimido pode vir a� - Em outubro de 2020, mais de 40% dos membros do Tinder com menos de 30 anos n�o tinham encontrado algu�m pessoalmente. Mas, de acordo com as bios do Tinder, ao menos nos EUA, isso pode estar mudando. Go on a date (v� a um encontro, em livre tradu��o) atingiu um recorde hist�rico nas descri��es do pa�s, em fevereiro de 2021. Enquanto as pessoas diminu�ram o namoro pessoalmente em 2020 (54% dos solteiros compartilharam com YPulse que a "covid-19 atrasou significativamente minha vida amorosa"), eles est�o prontos para come�ar a sair mais, assim que tomarem as vacinas. Quase um ter�o disse � YPulse que deve tomar a vacina antes de se sentir confort�vel para namorar pessoalmente. O Tinder viu um grande aumento nas men��es de "vacina" (at� oito vezes) e "anticorpos".

Fonte: pesquisa feita com usu�rios do Tinder


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