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Estado de Minas Sa�de masculina

SBU realiza mutir�o de cirurgias para combater o c�ncer de p�nis

Em 2021, foram registrados mais de 1.700 casos desse tipo de tumor no pa�s. Em 14 anos, houve um aumento de 1.604% de amputa��es do �rg�o


01/02/2022 14:53 - atualizado 01/02/2022 16:38

Câncer de pênis
A maioria das capitais nordestinas apresentou �ndices alarmantes para doen�a (foto: Pexels/Reprodu��o )

 

Com o objetivo de combater o c�ncer de p�nis, a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) realiza um mutir�o de cirurgia de postectomia (circuncis�o), no dia 4 de fevereiro, em estados do Norte e Nordeste, contemplando cerca de 150 homens atendidos pela rede p�blica de sa�de. Esse tipo de tumor atinge milhares de homens anualmente no Brasil e como 4 de fevereiro � o Dia Mundial do C�ncer, a SBU aproveita a aproxima��o da data para alertar os homens com rela��o aos cuidados que podem evitar a doen�a.

 

“O tratamento desse c�ncer, dependendo da evolu��o da doen�a, pode tornar necess�ria a amputa��o parcial ou at� mesmo total do �rg�o. A limpeza inadequada do p�nis, provocada algumas vezes pela presen�a de fimose, e as infec��es sexualmente transmiss�veis est�o entre as principais causas desse tipo de c�ncer”, enfatiza Alfredo Canalini, presidente da SBU.

 

Segundo dados obtidos com exclusividade pela SBU no Sistema de Informa��es Hospitalares (SIH/Datasus) do Minist�rio da Sa�de, houve uma queda no n�mero de registros entre 2020 e 2021. Pelas dificuldades de acesso, com o advento da pandemia, observou-se diminui��o em torno de 20% dos casos notificados pelo Minist�rio da Sa�de. 

 

A maioria das capitais nordestinas apresentou �ndices alarmantes, como Fortaleza (41%), S�o Lu�s (48%) e Macei� (78%)

 

Canalini reitera que o objetivo da SBU, nessa campanha, � justamente divulgar essas informa��es, fazendo com que os homens se conscientizem da import�ncia dos cuidados para evitar a doen�a, al�m de alertar sobre a necessidade de consultar um especialista assim que seja notada alguma altera��o nesse �rg�o.

 

A regi�o com maior n�mero de casos nesses quatro anos foi o Sudeste (3.162 casos), seguido por Nordeste (2.574), Sul (1.186), Centro-Oeste (658) e Norte (645). Nesse mesmo per�odo, a preval�ncia (n�mero de casos por cada 100 mil habitantes) foi a seguinte: Nordeste (9,93); Centro-Oeste (9,42); Sul (8,82); Sudeste (8,09); Norte (8,05). Os estados com maior registro de tumor de p�nis s�o: S�o Paulo (1.484), Minas Gerais (1.059), Bahia (609) e Paran� (565).

 

“O c�ncer de p�nis � raro na popula��o ocidental, por�m representa uma doen�a destrutiva que tende a ser mais prevalente nos pa�ses em desenvolvimento. No Brasil, pode representar 17% de todas as neoplasias malignas em certas regi�es. A incid�ncia aumenta com a idade, atingindo o pico entre 50 e 70 anos de idade”, ressalta Ubirajara Ferreira, coordenador do Departamento de Uro-Oncologia da SBU.

 

Uma das consequ�ncias desse c�ncer � a amputa��o do �rg�o. De acordo com dados tamb�m obtidos pela SBU juntamente com o Minist�rio da Sa�de, nos �ltimos 14 anos foram registradas 7.213 amputa��es, o que corresponde a um aumento de 1.604% no referido per�odo e uma m�dia de 515 procedimentos por ano.

 

Em n�meros absolutos, a regi�o com maior incid�ncia de amputa��o � o Sudeste, com 2.872 casos no per�odo, seguido por Nordeste (2.104), Sul (1.134), Norte (631) e Centro-Oeste (472). Os estados com maior n�mero de caso s�o: S�o Paulo (1.227), Minas Gerais (1.067) e Paran� (582).

 

A diretora de Comunica��o da SBU e uma das idealizadoras da campanha, Karin Anzolch, explica que muita gente sequer sabe que o p�nis tamb�m pode ter c�ncer, e mais, que pode ser preven�vel com medidas relativamente simples. Em 2021 a SBU assinou um termo de coopera��o t�cnica com o Minist�rio da Sa�de e um dos focos � justamente o c�ncer de p�nis. 

 

“Essa doen�a j� est� h� muito tempo na nossa mira e ent�o resolvemos implantar esse dia de conscientiza��o, que ser� no Dia Mundial de Combate ao C�ncer, 04 de fevereiro. Assim, nessa data e ao longo de todo o m�s, faremos v�rias a��es para a conscientiza��o e combate dessa devastadora doen�a”, esclarece a doutora.

 

Sinais de alerta

 

Quando se trata de c�ncer de p�nis, qualquer mudan�a na genit�lia deve ser avaliada pelo urologista.

 

“O homem deve suspeitar de qualquer altera��o no seu p�nis, como ferida que n�o cicatriza, n�dulos, secre��es saindo do prep�cio, �rea vermelha endurecida, sangramentos vindos da glande (aquela que n�o � exposta), pruridos (coceiras). Dessa forma, � recomend�vel procurar um urologista se perceber qualquer les�o no p�nis, pois ela pode ser ‘pr�-maligna’, evitando, assim, a evolu��o para o c�ncer propriamente dito”, orienta Jos� de Ribamar Rodrigues Calixto, supervisor da Disciplina de C�ncer de P�nis da SBU.

 

Fatores de risco e preven��o

 

Esse tipo de tumor est� relacionado em sua grande maioria � higiene inadequada do p�nis. � preciso afastar o prep�cio (pele que recobre a cabe�a do p�nis) para lavar. Podem contribuir ainda: excesso de prep�cio, fimose (quando a pele que recobre o p�nis n�o deixa a glande ser exposta), contamina��o pelo HPV e tabagismo.

 

“O Brasil � um dos campe�es mundiais na incid�ncia de c�ncer de p�nis, o qual � facilmente evit�vel com a higiene �ntima e tratamento da fimose. Infelizmente, a desinforma��o e a dificuldade de acesso � sa�de fazem com que muitos homens tenham o �rg�o genital amputado e morram por c�ncer de p�nis. A SBU tem um papel fundamental alertando governo e popula��o para a exist�ncia desse mal, ajudando na elabora��o de pol�ticas de sa�de e treinando urologistas para o tratamento do c�ncer de p�nis”, finaliza Ubirajara Barroso Jr., diretor da Escola Superior de Urologia.

 

* Estagi�ria sob supervis�o da subeditora Ellen Cristie.  


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