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Estado de Minas COMPORTAMENTO

Primeiros socorros: saiba que voc� pode salvar vidas

Se algu�m precisar, voc� sabe como agir? Com orienta��es b�sicas, todos podem ajudar a quem precisa diante de uma situa��o de urg�ncia e emerg�ncia


10/04/2022 04:00 - atualizado 07/04/2022 13:37

 Anna Carolina, estudante
A estudante de enfermagem Anna Carolina, de 21 anos, fez curso de primeiros socorros para agregar mais conhecimento e poder fazer a diferen�a na Faculdade Santa Casa (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
De repente, algu�m que voc� ama, da fam�lia, um conhecido ou mesmo desconhecido se sente mal na sua frente e precisa de ajuda. E s� voc� pode intervir naquele momento.

O que fazer? Como � sua rea��o? Consegue ter uma atitude pr�tica e ativa? Se apavora? N�o sabe como agir? Para manter o m�nimo de controle poss�vel diante de uma vida em risco, saiba que dominar as t�cnicas de primeiros socorros o far� pe�a fundamental no salvamento de vidas.
 
N�o � o m�ximo? Percebe o tamanho da atitude, a dimens�o de, muitas vezes, um simples ato de saber que, diante de uma convuls�o, por exemplo, � necess�rio deitar a pessoa de lado para evitar o sufocamento com a saliva ou com o v�mito, afastar qualquer objeto que possa machucar a v�tima, proteger a cabe�a da pessoa convulsionada e n�o for�ar a abertura da boca da v�tima at� o socorro chegar? A��es simples que ajudam em muitos casos, evitando um quadro pior, sejam eles de urg�ncia ou emerg�ncia.

Uma popula��o treinada para dar assist�ncia inicial �s emerg�ncias � muito importante para melhorar a sobrevida de quem sofre eventos em ambientes extra-hospitalares. Inicialmente, aprender a reconhecer uma situa��o de emerg�ncia e pedir ajuda. Depois, prestar o primeiro atendimento, enquanto uma unidade avan�ada de socorro n�o chega

Augusto Scalabrini, m�dico cardiologista e chefe do Departamento de Treinamento e Simula��o da Faculdade Ci�ncias M�dicas de Minas Gerais (FCM-MG)

 

Anna Carolina Sobrinho Porto, de 21 anos, estudante de enfermagem no UniBH, conta que decidiu pela �rea no terceiro ano do ensino m�dio, quando participou de uma inicia��o cient�fica na universidade Fumec e teve contato com familiares de pacientes com c�ncer

“Com aquela experi�ncia me veio uma vontade de cuidar das pessoas. Espero contribuir como uma �tima profissional e ajudar na recupera��o de cada uma. Sempre fui bem t�mida, mas sempre tive cuidado e carinho com as pessoas. � reconfortante fazer a diferen�a na vida de algu�m.”
 
Para agregar mais conhecimento, Anna Carolina fez o curso de primeiros socorros no final de 2021, na Faculdade Santa Casa. Ela conta que n�o teve muitas pr�ticas na faculdade porque, quando iria come�ar, veio a pandemia.

“Estava quase me formando em enfermagem e n�o me sentia segura de fazer qualquer tipo de primeiros socorros em algu�m. Sabia a teoria, mas nunca tinha atuado na pr�tica. N�o me sentia preparada para qualquer emerg�ncia. J� vi acidentes na rua, mas nada t�o direto comigo ou minha fam�lia”, diz Anna Carolina.
 
Ent�o, veio a decis�o de se aperfei�oar nos primeiros socorros, que, ali�s, recomenda a todos: “� um curso extremamente importante para a sociedade, pois a todo momento estamos sujeitos a algum risco e � t�o simples e t�o necess�rio esse tipo de conhecimento tanto para profissionais da sa�de, quanto para uma pessoa socorrer sua m�e ou filho dentro de casa. Um simples conhecimento pode salvar uma vida ou pelo menos ajudar at� o socorrista chegar”.

Médico Augusto Scalabrini
Augusto Scalabrini, m�dico cardiologista e chefe do Departamento de Treinamento e Simula��o da Faculdade Ci�ncias M�dicas, diz que (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)

 
O professor Augusto Scalabrini, m�dico cardiologista e chefe do Departamento de Treinamento e Simula��o da Faculdade Ci�ncias M�dicas de Minas Gerais (FCM-MG), do qual faz parte o Laborat�rio de Habilidades e Simula��o Real�stica (LabSim), acredita que os primeiros socorros deveriam ser disciplina na grade curricular das escolas desde crian�a.

Segundo ele, v�rios pa�ses j� adotam essa norma, com grande sucesso. A ideia � que as crian�as aprendam a socorrer, especialmente a fazer ressuscita��o cardiorrespirat�ria, e sirvam tamb�m como multiplicadores, ensinando aos seus pais.
 
Diante de uma situa��o cr�tica de sa�de, � natural se assustar, ainda mais se for com algu�m que conhece e ama. E, claro, lidar sem treinamento ou aptid�o para manter o equil�brio e fazer o certo pode ser complicado.

Augusto Scalabrini destaca que h� quem n�o consiga manter o controle diante de uma situa��o de emerg�ncia e, �s vezes, mais atrapalha do que ajuda. E pode at� agravar um quadro. Por isso, � importante treinar continuamente toda a popula��o, para que a pessoa aprenda as t�cnicas e se sinta segura frente a um quadro real.

“O metr� de S�o Paulo tem um dos melhores n�veis de sucesso do Brasil na recupera��o de pessoas que sofrem parada card�aca dentro de suas depend�ncias, como resultado de um programa de treinamento repetido a todos os funcion�rios.”

O cardiologista destaca a��es b�sicas que todos deveriam dominar para salvar vidas ou mesmo aumentar as chances: “Inicialmente, aprender a reconhecer uma situa��o de emerg�ncia e pedir ajuda. Tamb�m prestar o primeiro atendimento a essas eventualidades, enquanto uma unidade avan�ada de socorro n�o chega. Mas, talvez, o mais importante seja saber o que n�o fazer. Por exemplo, numa situa��o de trauma grave, mover o paciente pode agravar as les�es e at� causar paralisias permanentes, se houver les�o de coluna.”

CREDENCIAIS PARA ENSINAR


Para ter esta seguran�a e iniciativa, Augusto Scalabrini avisa que h� cursos com forma��es de refer�ncia em Belo Horizonte: “Com certeza, existem cursos muito bons que oferecem treinamento de qualidade.

O importante � saber se esses cursos s�o credenciados por sociedades s�rias, como a American Heart Association (AHA), que credencia centros formadores para ressuscita��o cardiopulmonar para adultos e crian�as. A FCM-MG, por exemplo, � centro credenciado da AHA e tamb�m do American College of Surgeons para ministrar cursos de atendimento inicial ao trauma”.
 
Para Augusto Scalabrini, em uma situa��o de emerg�ncia, o mais importante � ter algu�m capacitado a atender uma emerg�ncia, um desfibrilador autom�tico (DEA), obrigat�rio em lugares p�blicos como shopping centers, por exemplo, e o n�mero do Samu (192). Mais at� do que ter em casa o famoso kit de primeiros socorros.
 
Integrante da equipe do Laborat�rio de Habilidades e Simula��o Real�stica da FCM-MG, Augusto Scalabrini explica que o LabSim � um dos melhores centros de treinamento em sa�de do Brasil, e � refer�ncia nacional nesse tema.

“Treina profissionais de sa�de de alto gabarito, em n�vel de gradua��o e educa��o continuada, e assim prov� a sociedade com um atendimento de sa�de de primeira linha. Al�m disso, anualmente oferece treinamento para o atendimento de cat�strofes, e capacita m�dicos, enfermeiros e socorristas a atenderem a esses eventos com profici�ncia e profissionalismo. Acreditamos, assim, que tenha um papel extremamente relevante para a sociedade”.

Assim, mesmo n�o sendo um profissional da sa�de, saiba que m�dico, enfermeiros e socorristas agradecem quem se disp�e a capacitar para ajudar ao presenciar um quadro de emerg�ncia e, assim, formar uma rede, uma cadeia que beneficiar� todos na promo��o da melhor vida poss�vel. Uma popula��o treinada para dar assist�ncia inicial �s emerg�ncias � muito importante para melhorar a sobrevida de quem sofre esses eventos em ambientes extra-hospitalares.
 

A LEI LUCAS  

 
O tema � t�o fundamental que, desde mar�o de 2019, por exemplo, todas as escolas do Brasil devem ter professores e colaboradores capacitados em primeiros socorros. A obrigatoriedade foi estabelecida em outubro de 2018, ap�s a aprova��o da Lei 13.722, chamada Lei Lucas, que tornou obrigat�rio o treinamento em primeiros socorros nos estabelecimentos de ensino b�sico e recrea��o infantil.
 
O nome foi dado em homenagem ao menino Lucas Begalli, que morreu engasgado em uma excurs�o escolar. As professoras que acompanhavam os alunos n�o sabiam como agir e n�o conseguiram salvar a vida do garoto. O engasgo � uma das situa��es com as quais o curso ensina a lidar. A dor da trag�dia levou a fam�lia de Lucas a lutar para proteger outras crian�as desse risco. O esfor�o valeu a pena com a aprova��o da lei no Congresso Nacional, ap�s anos de luta.
 

TENHA UM KIT B�SICO


Mala vermelha
Kit de emerg�ncia (foto: pixabay)


Um exemplo de kit b�sico para quem quer montar o seu inclui gaze esterilizada, esparadrapo e micropore, ataduras de crepe, algod�o, spray antiss�ptico, solu��o de iodo, �gua oxigenada 10 volumes, �lcool, soro fisiol�gico, analg�sicos, antit�rmicos, anti�cidos, col�rio antibi�tico, luvas descart�veis, bolsa t�rmica, fita adesiva, tesoura, pin�a e term�metro. 
 
Fonte: Presidente da Sociedade Brasileira de Medicina de Emerg�ncia – Regional Minas Gerais, Maria Aparecida Braga
 
 
 


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