(none) || (none)
Publicidade

Estado de Minas VAPES

Comunidade m�dica cobra rigor da Anvisa contra cigarros eletr�nicos

Nota assinada por 46 entidades ressaltou import�ncia da manuten��o da resolu��o da ag�ncia, de 2009, proibindo com�rcio, importa��o e propaganda dos produtos


09/05/2022 16:07 - atualizado 09/05/2022 16:52

Cigarro eletrônico
Mesmo o Brasil n�o tendo publicado estudos de base populacional com dados concretos do consumo de cigarro eletr�nico, estima-se que o pa�s tenha cerca de 650 mil usu�rios (foto: Reprodu��o/Pexels)
A Associa��o M�dica Brasileira (AMB) e outras 45 entidades cient�ficas e de sa�de p�blica no pa�s publicaram nota definindo como 'veemente' posi��o contr�ria � libera��o de comercializa��o, importa��o e de publicidade aos dispositivos eletr�nicos para fumar. Os signat�rios da carta ainda pedem mais rigor na fiscaliza��o e na puni��o de quem viola a resolu��o vigente da Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa), a RDC 46/2009, que pro�be esses dispositivos e semelhantes. Atualmente, a ag�ncia conduz um estudo p�blico em que colhe dados t�cnicos e cient�ficos relacionados ao tema para avaliar se muda ou n�o a regra atual.

Na nota, as entidades apontam preocupa��o com o aumento do uso desenfreado desses dispositivos, em especial entre os jovens. A AMB cita dados da Pesquisa Nacional de Sa�de Escolar de 2019, mostrando que a maior parte dos que experimentam os dispositivos eletr�nicos para fumar (DEFs) - mais conhecidos como vapes) est�o entre adolescentes de 13 a 17, moradores de grandes regi�es do pa�s. No Centro-Oeste, um a cada quatro jovens j� expirementou o cigarro eletr�nico.


As entidades relatam que, mesmo com a resolu��o da Anvisa vigente a mais de 10 anos, � 'comum' a comercializa��o online desses dispositivos e que 'at� mesmo grandes lojas de departamento vendem DEFs, livremente, para crian�as e adolescentes, ressaltando que a��es e multas aplicadas pela ag�ncia 'parecem n�o inibir esse com�rcio'.

Em resposta, a Anvisa alegou que faz fiscaliza��o, no formato online, em conjunto com as vigil�ncias sanit�rias, mas que no caso de vendas em lojas f�sicas, as den�ncias devem ser feitas pela popula��o no �rg�o de sua cidade.

Mesmo proibidos de comercializa��o desde 2009, os vapes j� est�o na quarta gera��o e chama aten��o o aumento do n�mero de usu�rios exclusivos, ou seja, pessoas que n�o fumavam o cigarro convencional. J� h� estudos que indicam que os vapes podem levar subst�ncias cancer�genas para a bexiga, gerar disfun��o endotelial, aumento do risco cardiovascular, al�m de piorar e desencadear asma br�nquica.

“Ainda vai levar um tempo para avaliar se podem, de fato, causar c�ncer, j� que envolve altera��es gen�ticas, mas s� o fato de saber que t�m subst�ncia cancer�gena j� � um alerta”, exp�e Jaqueline Scholz, especialista da Sociedade Brasileira de Cardiologia em a��es contra o tabagismo.

A AMB aponta que, mesmo o Brasil n�o tendo publicado estudos de base populacional com dados concretos do consumo de cigarro eletr�nico, estima-se que o pa�s tenha cerca de 650 mil usu�rios. A associa��o diz que a redu��o do n�mero de fumantes no pa�s estagnou e que entre os jovens de 18 a 24 anos moradores de capitais o n�mero aumentou de 7,4% para 8,5%, segundo pesquisa de 2017.

A entidade cita dados dos Estados Unidos para expor o perigo desses produtos e alertar que 'a ampla utiliza��o dos DEFs pode reverter, em pouco tempo, o sucesso das pol�ticas de controle de tabaco obtidas em d�cadas de esfor�os do Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT).

Nos Estados Unidos, j� se criou uma denomina��o m�dica para casos relacionados aos DEFs. Trata-se de EVALI (les�o pulmonar induzida pelo cigarro eletr�nico, em tradu��o para o portugu�s). Essa les�o foi atribu�da, inicialmente, a alguns solventes e aditivos utilizados nesses dispositivos. Eles provocam uma rea��o inflamat�ria que pode levar a fibrose pulmonar, pneumonia e at� insufici�ncia respirat�ria.

A entidade brasileira destaca dados do Centro de Controle de Doen�as (CDC, sigla em ingl�s) americano, que registrou 2.711 casos de EVALI at� fevereiro de 2020, com 68 mortes. Os n�meros expostos pelo �rg�o americano apontam que a faixa et�ria m�dia dos pacientes era de 24 anos e que dois a cada tr�s pessoas acometidas eram homens com um ano de tempo m�dio de utiliza��o dos dispositivos.

De acordo com a AMB, estudos mostram que esses produtos tamb�m pode ocasionar no surgimento de outras doen�as respirat�rias, gastrointestinais, orais, entre outras.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)