
A Neuroci�ncia � o campo cient�fico que se dedica ao estudo do sistema nervoso - que � o aparelho formado pelo c�rebro, medula espinhal e nervos perif�ricos.
Segundo a especialista Sandra Raphael, devido ao avan�o da ci�ncia com grandes descobertas relacionadas ao sistema nervoso humano e sua atua��o na vida, sa�de e comportamento dos indiv�duos, o tema instiga cada vez mais a busca por entendimento de seus adeptos, hoje de v�rias �reas. Para al�m disso, ainda conforme ela, vem se tornando cada vez mais frequente a busca por seu conhecimento e aplicabilidade.
"O curso de Neuroci�ncias na Europa, por exemplo, � parte integrante de uma titula��o relacionada �s ci�ncias m�dicas como: biologia; biomedicina; medicina; f�sica e psicologia", disse.
"J� no Brasil, levando-se em conta que ainda n�o existe uma legisla��o clara e espec�fica que regule a pr�tica da neuroci�ncia, tem-se institu�do que isso se trata de um tema internacional e, portanto, existe o curso ligado aos cursos da �rea das ci�ncias m�dicas mas tamb�m uma vertente mais 'comercial' do assunto", emendou.
Sandra lembrou ainda que nos Estados Unidos os neurocientistas s�o doutores, que l�, geralmente, � considerado apta a desempenhar a fun��o a pessoa que possua as forma��es bases j� citadas, mas que deem continuidade a prepara��o e obtenha doutorado em Neuroci�ncias.
Conforme Sandra, podemos encontrar abordagens a neuroci�ncias relacionadas �s �reas do marketing, comunica��o, educa��o, comportamento, entre outras.
Para ela, a especializa��o ou extens�o em neuroci�ncias no sentido "puro" do tema tem especificidades e exige conhecimentos profundos e s�lidos de temas complexos em rela��o ao funcionamento biol�gico.
"Podemos exemplificar citando o sistema nervoso, componentes celulares, sinapse, mem�ria, bases moleculares, neuropatologias e uma infinidade de intera��es e interfer�ncia com o corpo humano e seu funcionamento", argumentou.

"Vale lembrar que o tema recorrente dos trabalhos cient�ficos s� podem ser aplicados ap�s apresenta��o a uma banca que, atrav�s de crit�rios bem documentados e evidenciados, atribui a referida titula��o ao seu autor", pontuou.
Para Sandra, precisamos sempre refletir e salientar sobre as armadilhas do uso do tema, suas refer�ncias e autotitula��o como neurocientista por parte de profissionais totalmente leigos em rela��o �s �reas m�dicas e que fazem uso ou recurso do tema, suas descobertas e infer�ncias em rela��o ao comportamento humano, meios de aprendizagem, h�bitos de consumo, entre outros, porque trata-se de uma �rea muit�ssimo secreta do c�rebro, de complexos conhecimentos que n�o podem, nem devem, ser abordados de modo simplista e pouco rigoroso.
"A brevidade dos processos de aprendizagem, a busca pela diferencia��o, a vida imediata pode fazer com que alguns profissionais enveredem por atalhos no campo da neuroci�ncia, promovendo um certo descr�dito ao tema e, mais grave ainda, colocando a sa�de f�sica, mental e emocional dos que se aventuram em m�os n�o qualificadas a tratamentos ou infer�ncias sem base cient�fica", alertou.
Por fim, Sandra afirma que Neurocientista tem que ter uma titula��o na �rea da Sa�de, deve ser autor de trabalhos cient�ficos devidamente reconhecidos e aprovados em bancas acad�micas, por doutores no assunto e que gozem de uma forma��o acad�mica, investigativa e cient�fica s�ria e comprovada.