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Estado de Minas AVC

Aneurisma: entenda doen�a que matou irm� da vencedora do BBB, Juliette

Doen�a acomete entre 2% a 4% da popula��o mundial


08/06/2022 11:14 - atualizado 08/06/2022 11:29

Cérebro
(foto: Milad Fakurian/Unsplash)

A ex-BBB e vencedora do reality em 2021, Juliette Freire, lan�ou, no in�cio deste m�s, uma m�sica em homenagem � irm� que morreu aos 17 anos v�tima de um aneurisma cerebral, doen�a que, de acordo com dados populacionais de estudos cient�ficos, tem estimativa de acometer entre 2% a 4% da popula��o mundial. S� no Brasil, segundo o Centro Nacional de Informa��es do Registro Civil, em 2021, aconteceram 84.426 �bitos por acidente vascular cerebral (AVC).

Informa��es do DataSUS mostram que, entre 2011 e 2021, o n�mero de mortes por AVC em pessoas com menos de 50 anos aumentou 17,90% no Brasil, passando de 18.919 �bitos para 22.305. At� abril deste ano, 7.515 pessoas nesta faixa et�ria j� perderam suas vidas em decorr�ncia de um AVC.

Segundo o m�dico neurocirurgi�o mineiro, Felipe Mendes, a doen�a � uma dilata��o que se forma em uma por��o enfraquecida da parede das art�rias respons�veis por levar o sangue at� ao c�rebro. Essa dilata��o, por ser mais fr�gil, possui um maior risco de se romper, causando o extravasamento de sangue dentro do sistema nervoso, levando a um quadro de acidente vascular cerebral (AVC) hemorr�gico.

De acordo com ele, os sintomas dos aneurismas cerebrais normalmente s�o silenciosos. "No caso do aneurisma cerebral, como o que a irm� de Juliette teve, os sintomas normalmente se manifestam apenas durante o momento da ruptura do vaso. � comum apresentar uma dor de cabe�a muito forte e repentina, associada � sensa��o de pesco�o travado. Esses sinais tamb�m podem vir acompanhados de n�useas, v�mitos, sonol�ncia excessiva, crises convulsivas ou perda da consci�ncia.

Em at� cerca de 10% dos casos, o aneurisma cerebral possui uma influ�ncia familiar. Algumas doen�as tamb�m apresentam uma incid�ncia elevada de desenvolvimento de aneurismas, como a doen�a do rim polic�stico. Al�m disso, Felipe Mendes ressalta que a hipertens�o arterial e tabagismo tamb�m s�o conhecidos fatores de risco.

"A doen�a pode ocorrer em qualquer idade, sendo mais raro na inf�ncia e adolesc�ncia e mais comum em adultos a partir dos 40 a 60 anos de idade, e s�o mais prevalentes nas mulheres."

Para se ter certeza sobre o diagn�stico do aneurisma cerebral s�o realizados exames como a tomografia computadorizada e angiotomografia, a resson�ncia magn�tica ou angiorresson�ncia e a angiografia digital.

Tratamento

O tratamento, segundo o neurocirurgi�o, depende de alguns fatores como idade, hist�ria familiar, presen�a de condi��es de risco, localiza��o e tamanho dos aneurismas. Muitos casos podem apenas ser acompanhados sem necessidade de nenhuma interven��o.

O neurocirurgião Felipe Mendes
O tratamento, segundo o neurocirurgi�o Felipe Mendes, depende de alguns fatores como idade, hist�ria familiar, presen�a de condi��es de risco, localiza��o e tamanho dos aneurismas (foto: Ana Slika/Divulga��o)
"Para aqueles que necessitam de tratamento, h�, hoje, a possibilidade de realiza��o da emboliza��o ou microcirurgia para clipagem", ressalta.

Recentemente, foram realizadas as primeiras cirurgias para aneurisma cerebral com paciente acordado.

Felipe Mendes conta que esse tipo de cirurgia j� � bem estabelecida para o tratamento de alguns tipos de tumor cerebral, mas para aneurisma ainda � algo raro, pois as pessoas t�m receio de realizar essa cirurgia com precis�o.

"Um ponto importante � que esse tipo de interven��o tem como benef�cio saber em tempo real se algum lado do corpo ou a fala do paciente sofreu alguma altera��o. A clipagem - a implanta��o de clipes met�licos na por��o dilatada desses vasinhos - � feita tradicionalmente quando o paciente est� completamente anestesiado. Coloca-se o clipe e s� h� a confirma��o se houve alguma sequela quando o paciente desperta da anestesia, podendo acordar com dificuldade de falar ou de movimentar algum lado do corpo."

Quando a opera��o � feita com o paciente acordado, instantaneamente � poss�vel prever se houve ou n�o algum preju�zo, e dessa forma � poss�vel modificar a coloca��o do clipe, com mais garantia e seguran�a ao procedimento, e um menor risco de sequelas.


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