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Estado de Minas CORONAV�RUS

Estudo avalia efic�cia de doses menores para refor�o contra COVID-19

O estudo envolve apenas as doses de refor�o, que tem como objetivo aumentar a oferta mundial de vacinas


23/06/2022 10:03

Vacina contra a COVID-19
Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz) do Mato Grosso e o Instituto Sabin de Vacinas est�o liderando o estudo (foto: Fiocruz/Divulga��o)

A Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz) do Mato Grosso e o Instituto Sabin de Vacinas iniciaram um estudo para avaliar se doses menores da vacina contra a COVID-19 continuam eficazes na gera��o da resposta imunol�gica do organismo. Com doses fracionadas, os pesquisadores tamb�m querem reduzir as rea��es adversas � vacina. O estudo envolve apenas as doses de refor�o da vacina.

Segundo a Fiocruz, o fracionamento das doses possibilita o aumento mundial da oferta de vacinas, al�m de orientar novas estrat�gias globais de imuniza��o. De acordo com os dados do site Our World in Data, uma iniciativa internacional que re�ne informa��es sobre os grandes problemas da humanidade, at� o momento 66,3% da popula��o mundial recebeu ao menos uma dose de vacina contra a COVID-19, por�m a propor��o cai para apenas 17,8% nos pa�ses pobres.

O site indica que j� foram aplicadas globalmente 12 bilh�es de doses contra a COVID-19 e a cada dia s�o vacinadas 6,33 milh�es de pessoas. Em muitos pa�ses da �frica, o esquema b�sico de vacina��o, com duas doses ou dose �nica, n�o chegou a 10% da popula��o, ficando em 1,9% na Rep�blica Democr�tica do Congo, 4,2% em Madagascar e 4,5% em Camar�es. O pa�s no continente com a maior propor��o de imunizados � Mo�ambique, com 66,2%.

J� na Europa, as menores propor��es de esquema b�sico de vacina��o s�o da Bulg�ria (29,9%) e Mold�via (26,4%). Os pa�ses europeus que mais vacinaram a popula��o s�o Portugal (87,3%) e Espanha (86,7%).

O Brasil aparece no mapa do Our World in Data com 78,7% da popula��o vacinada com o esquema inicial. Os dados do Minist�rio da Sa�de indicam 165,1 milh�es de pessoas imunizadas com duas doses ou dose �nica, 91,6 milh�es com dose de refor�o e 7,8 milh�es com a quarta dose.

Estudo

O estudo sobre o fracionamento do refor�o � financiado pela organiza��o internacional Coaliz�o para Promo��o de Inova��es em prol da Prepara��o para Epidemias (Cepi, sigla em ingl�s), com US$ 6,3 milh�es (R$ 32,7 milh�es). A pesquisa est� sendo feita tamb�m no Paquist�o, em parceria do Instituto Sabin com a Universidade de Aga Khan.

Em cada pa�s, participar�o da pesquisa 1.440 pessoas, que receber�o as vacinas Pfizer (dose cheia, metade ou um ter�o), AstraZeneca (dose cheia ou meia) e Coronavac (dose cheia), sendo acompanhadas por seis meses.

De acordo com a vice-presidente de Epidemiologia Aplicada do Instituto Sabin de Vacinas, Denise Garrett, a dose � determinada nos est�gios iniciais do desenvolvimento das vacinas, equilibrando o m�ximo de efic�cia com o m�nimo de efeitos colaterais. Como na pandemia havia urg�ncia para a disponibiliza��o das vacinas, foi priorizada a efic�cia no processo.

"Com a pandemia, houve uma press�o muito grande por um imunizante que fosse eficaz. Est�vamos numa situa��o em que n�o poder�amos correr o risco de falhar. Mas estamos num momento agora em que temos a oportunidade de otimizar essa dose."

Ela destaca que uma dose de refor�o fracionada pode ter menos efeitos colaterais, aumentando a aceita��o. Al�m disso, o surgimento de variantes pode levar � necessidade de novas imuniza��es.

"Com as novas variantes, que trazem a necessidade de aplicar mais doses de refor�o, � muito importante que se use a menor dose poss�vel. Se a dose � menor, mais toler�ncia haver� e possivelmente mais refor�os poderemos aplicar".

O pesquisador Julio Croda, da Fiocruz Mato Grosso do Sul, explica que, em Campo Grande, o estudo vai contar com a parceria da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e da Secretaria Municipal de Sa�de. Agentes comunit�rios de sa�de far�o uma busca ativa de pessoas que ainda n�o tomaram a dose de refor�o, dando prefer�ncia para regi�es com menor cobertura vacinal.

"� um estudo cego, em que a maioria da equipe n�o saber� qual a vacina aplicada. E haver� uma unidade m�vel no bairro com m�dico, enfermeiro e farmac�utica que vai fazer a manipula��o da vacina, para estar pr�ximo do paciente se ele tiver qualquer necessidade", informou o pesquisador.

Croda destaca que o objetivo � ajudar com rapidez na tomada de decis�o sobre a vacina��o.

"Esse � um projeto curto, de um ano no m�ximo, entre recrutamento e acompanhamento, justamente para poder gerar uma resposta r�pida. E deve beneficiar mais outros pa�ses do que o Brasil, especialmente os pa�ses mais pobres, no sentido de entender se a dose fracionada � vi�vel".

O estudo inclui quatro visitas aos participantes. Na primeira, a pessoa recebe todas as informa��es, assina o termo de ades�o e toma o refor�o vacinal. Depois ser�o feitas as coletas de sangue para an�lise, com 28 dias, tr�s meses e seis meses. Se, durante esse per�odo de acompanhamento da pesquisa, o participante contrair COVID-19 ou tiver alguma rea��o, ser� atendido pela equipe m�dica.


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