
O combate ao coronav�rus � comprovadamente feito com as diversas vacinas que j� foram aprovadas no Brasil e no mundo. No entanto, a comunidade cient�fica continua a realizar estudos para desenvolver imunizantes cada vez melhores.
Uma delas, desenvolvida pela Divis�o M�dica da Universidade do Texas e da Universidade Cat�lica da Am�rica (CUA), apresenta resultados at� ent�o in�ditos e ainda n�o � aplicada por agulhas, e sim nasalmente.
Em experimentos com camundongos, a administra��o nasal de duas doses da vacina baseada em bacteri�fago T4, foi feita em um intervalo de 21 dias e induziu imunidade mucosa robusta, al�m de fortes respostas imunes humorais e celulares sist�micas. Ou seja, se provou mais abrangente na preven��o da doen�a em comparativo com os outros modelos existentes de vacina. No entanto, � preciso ressaltar que outros testes, em especial em humanos, s�o necess�rios para garantir a efic�cia da vacina.
Os resultados do estudo foram publicados na quinta-feira (28/7), na revista mBio, que faz parte do jornal cient�fico da Sociedade Americana de Microbiologia.
Outras vantagens
Entre outras vantagens espec�ficas, a vacina nasal forneceu prote��o completa e imunidade esterilizante contra a cepa SARS-CoV-2 MA10 adaptada ao camundongo, a cepa ancestral WA-1/2020 e a variante delta, a mais letal nestes animais.
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A nova vacina tamb�m provocou amplos anticorpos neutralizantes de v�rus contra variantes de SARS-CoV-2 em soros e lavado broncoalveolar (m�todo de diagn�stico do sistema respirat�rio inferior), n�o afetou a microbiota intestinal, exibiu les�es pulmonares m�nimas em camundongos vacinados e � est�vel � temperatura ambiente.
Assim, os pesquisadores estabeleceram uma plataforma de vacina de prote�na baseada em bacteri�fago T4, complementando as atuais plataformas de vacina de mRNA e DNA, mas com certas vantagens de administra��o, engenharia, amplitude de respostas imunes, imunidade da mucosa e estabilidade da vacina.
Eles ressaltam ainda que a ampla atividade de neutraliza��o do v�rus, tanto sist�mica quanto mucosa, imunidade de c�lulas T, prote��o completa e imunidade esterilizante aparente, todas induzidas pela mesma vacina, significam que a vacina T4-CoV-2 pode ser capaz de bloquear a entrada viral (no caso o v�rus do hospedeiro aquisi��o) e sa�da viral (excre��o viral do hospedeiro), minimizando a transmiss�o viral de pessoa para pessoa.
"A vacina � est�vel, livre de adjuvantes e fabricada e distribu�da de forma econ�mica, tornando-se uma vacina COVID-19 de pr�xima gera��o estrategicamente importante para acabar com essa pandemia", afirmam Ashok K. Chopra e Venigalla B. Rao, que assinam o estudo.
Eles complementam ainda que esta vacina � uma excelente solu��o no combate � doen�a, mas avaliam que pesquisas futuras s�o necess�rias em outros animais e tamb�m exigiriam testes em humanos.