Justi�a brit�nica nega recurso da fam�lia e aparelhos de garoto em coma devem ser desligados

A fam�lia de Archie Battersbee, um garoto de 12 anos que est� em coma ap�s sofrer uma les�o cerebral, perdeu seu recurso na Suprema Corte do Reino Unido para evitar que os aparelhos que mant�m o menino respirando sejam desligados pelo hospital.

A Justi�a brit�nica j� havia decidido que o hospital poderia desligar os aparelhos a partir de meio-dia (8h no hor�rio de Bras�lia) nesta ter�a, mas a fam�lia tentava evitar esse resultado com mais um recurso - que tamb�m foi negado. M�dicos do Royal London Hospital, em Londres, onde o garoto est� internado, disseram � Justi�a que Archie sofreu danos cerebrais devastadores e que � "altamente prov�vel" que ele j� tenha sofrido morte cerebral - e que o desligamento dos aparelhos � a melhor op��o para o menino.

Archie est� internado desde que foi encontrado inconsciente na casa dele, na cidade de Southend-on-Sea, em 7 de abril. Sua m�e diz que acredita que ele estava participando de um desafio na internet quando ficou inconsciente. Ele nunca acordou desde que foi internado e especialistas dizem que testes n�o mostraram atividade cerebral discern�vel.

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Hollie Dance, m�e do garoto, disse que os aparelhos que mant�m Archie vivo podem ser desligados nesta quarta (3) caso a fam�lia n�o entre com um recurso na Corte Europeia de Direitos humanos. Mais cedo ela havia dito que a fam�lia "vai lutar at� o fim".

"Queremos fazer um pedido para a Corte Europeia de Direitos Humanos, mas o prazo � 9 da manh�, o que n�o d� tempo nenhum para nossos advogados se prepararem", afirmou Hollie.

Ela disse que sentiu que o sistema para decidir as op��es de tratamento onde h� uma disputa entre as fam�lias e as administra��es de hospitais "precisa de uma reforma dram�tica".

A Barts Health NHS Trust, entidade respons�vel pela administra��o do hospital onde Archie est� internado, disse que vai continuar "trabalhando com a fam�lia para preparar" o desligamento dos aparelhos.

'Les�o devastadora'

A decis�o que autorizou o desligamento dos aparelhos havia sido dada no dia 11 de julho pelo juiz Hayden. Ele disse, com base nos relat�rios m�dicos, que continuar o tratamento seria "f�til" e que serviria "apenas para prolongar sua morte, sendo incapaz de prolongar sua vida".

Advogados que representam o Barts Health NHS Trust disseram ao juiz que Archie sofreu uma les�o cerebral "devastadora". Eles argumentaram que o suporte de Archie por aparelhos � "um fardo", "contr�rio � dignidade" e "eticamente angustiante" para os m�dicos que o tratam.

Os pais de Archie argumentam que o tratamento deve continuar enquanto seu cora��o estiver batendo.

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Hollie e o pai de Archie, Paul Battersbee, foram apoiados pela organiza��o Christian Legal Center na tentativa de conseguir na Justi�a que os aparelhos fossem mantidos em funcionamento.

Durante uma audi�ncia de tr�s dias na semana passada, especialistas disseram que testes cl�nicos n�o mostraram atividade cerebral "discern�vel". A ju�za Emma Arbuthnot disse na ocasi�o que dava "permiss�o aos profissionais m�dicos do Royal London Hospital para deixarem de ventilar mecanicamente Archie Battersbee".

M�e critica decis�o judicial

Em um comunicado divulgado ap�s a primeira decis�o da ju�za Arbuthnot, a m�e de Archie declarou estar "devastada e extremamente decepcionada com a decis�o depois de semanas travando uma batalha legal, quando o meu desejo era estar ao lado da cama do meu filho."

"Basear essa decis�o em um teste de resson�ncia magn�tica e definir que ele 'provavelmente' est� morto n�o � o suficiente. Acredita-se que esta seja a primeira vez que algu�m foi declarado 'provavelmente' morto com base em um teste de resson�ncia magn�tica."

Ela disse que se sentiu "enojada" que o hospital e a ju�za n�o levaram em conta a vontade da fam�lia e acrescentou que n�o acredita que "Archie tenha tido tempo suficiente" para se recuperar.

"Seu cora��o ainda est� batendo, ele segurou minha m�o e, como m�e, sei que ele ainda est� l�", disse ela. "At� que seja a vontade de Deus, n�o vou aceitar que ele v� embora. J� soube de milagres em que as pessoas t�m morte cerebral e voltam � vida."

Mas o juiz Hayden disse que as evid�ncias mostram que Archie sofreu uma "les�o significativa" em "m�ltiplas �reas" do c�rebro e n�o "recuperou a consci�ncia em nenhum momento".

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A ju�za Arbuthnot disse que a devo��o da fam�lia de Archie era "extraordin�ria".

"Se Archie permanecer respirando por aparelhos, o resultado prov�vel para ele � morte s�bita, e as perspectivas de recupera��o s�o nulas", disse ela. "Ele n�o tem prazer com a vida, e seu dano cerebral � irrecuper�vel", afirmou Arbuthnot. Segundo a decis�o da ju�za, baseada nos registros de resson�ncia magn�tica, a morte de Archie ocorreu no dia 31 de maio.

A situa��o, segundo Arbuthnot, impossibilitou que "sua querida e amada fam�lia dissesse adeus".

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