
Os quase 20 mil casos de var�ola dos macacos no mundo acenderam o alerta sobre a doen�a. Para tentar frear a transmiss�o da doen�a, especialistas do Departamento de Sa�de de Chicago, cidade de Illinois, nos Estados Unidos, apontaram as principais formas de cont�gio pela doen�a. Os dados foram complicados em uma tabela que circula nas redes sociais.
No Brasil, o material foi traduzido por um infectologista e uma ONG que produz conte�do de sa�de para pessoas LGBTQIA+. Os especialistas americanos dividem as atividades em quatro escalas de risco.
Chamada de ‘maior risco’, a escala mais alta re�ne duas ocasi�es: o contato direto com les�es de pele, crostas e fluidos corporais. Al�m do contato sexual ou �ntimo, ressaltando que usar a camisinha n�o protege contra a var�ola dos macacos.
Em seguida, vem o ‘risco aumentado’. Entre as atividades est�o beijar e ficar agarradinho. Tamb�m inclui dan�ar numa festa em um ambiente fechado com muitas pessoas sem camisa ou que n�o estejam completamente vestidas.
J� no ‘risco intermedi�rio’, est�o situa��es como compartilhar bebidas, talheres e utens�lios. Tamb�m dividir cama, toalhas e itens de higiene. Al�m de dan�ar em uma festa em um ambiente fechado, com pessoas completamente vestidas.
Por fim, dan�ar em ambiente externo, estar em ambiente de trabalho e experimentar roupa na loja s�o classificados como ‘baixo risco’. Bem como encostar na ma�aneta, usar banheiros e transportes p�blicos. Al�m disso, frequentar piscina, banheiras, rios e cachoeiras tamb�m s�o considerados menos perigosos. A lista tamb�m inclui supermercados, bares e academia, com baixa possibilidade de cont�gio por meio dos equipamentos.
Especialista esclarece tabela
O Estado de Minas consultou a virologista e professora da UFMG Ema Kroon a respeito das informa��es divulgadas pelos m�dicos americanos. Ela explica que al�m do contato direto com les�es, em ambientes fechados existe o risco de transmiss�o por trato respirat�rio quando houver proximidade com pessoa infectada.
“N�o � uma doen�a transmitida pelo ar, por�m dependendo da fase em que o paciente est�, o v�rus � encontrado no trato respirat�rio”, aponta. Segundo a especialista, o risco tamb�m � aumentado no manejo de objetos infectados, como roupa de cama, por exemplo.
Nesses casos, quando s�o agitados no ar podem gerar a dissemina��o no ambiente de v�rus infecciosos que poder�o ent�o infectar as pessoas, por meio do trato respirat�rio.Ou seja, para a professora da UFMG, a lista de itens de maior risco est� falha. E deveria incluir o compartilhamento de camas, toalhas e itens de higiene.
Mas como se proteger?
Kroon explica que, como as principais formas de dissemina��o da var�ola dos macacos � via contato direto com les�es, com got�culas infectadas e objetos que possam gerar a circula��o do v�rus no ar, as formas de prote��o s�o simples. Al�m de evitar tocar les�es, ela indica usar m�scaras em situa��o de risco, higienizar as m�os e os ambientes.
Ela tamb�m chama aten��o para os trabalhadores que trabalham com manejo de roupa de cama de hot�is e hospitais, por exemplo. “Temos tamb�m que ter grande preocupa��o com o autoisolamento dos pacientes e que estes pacientes n�o tenham contato com animais”, ressaltou.
A respeito da transmiss�o via sexual, a Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) chegou a orientar que homens que fazem sexo com homens evitassem ter contato �ntimo. A recomenda��o gerou uma discuss�o sobre a discrimina��o de orienta��es sexuais n�o-hetero, especialmente homens gays e bissexuais.
Kroon destaca que a recomenda��o veio pelo in�cio da situa��o epidemiol�gica, que indicou a circula��o do v�rus maior neste grupo. “Por�m, com o passar do tempo e a expans�o do n�mero de casos, j� h� relatos de outros grupos como crian�as e gestantes. Desta forma, como n�o � uma doen�a sexualmente transmiss�vel classicamente, a transmiss�o com certeza ser� ampliada para outros grupos e faixas et�rias”, afirma.
