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Estado de Minas SA�DE

Alcoolismo: cogumelos psicod�licos s�o eficazes no combate � doen�a

Descobertas sugerem fortemente que a terapia com psilocibina � meio promissor de tratar o transtorno do uso de �lcool, uma doen�a complexa


25/08/2022 11:05 - atualizado 25/08/2022 11:06
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cogumelos no mato
Duas doses de psilocibina, um composto encontrado em cogumelos psicod�licos, reduz o consumo excessivo de �lcool em 83% entre bebedores pesados quando combinados com psicoterapia (foto: Andreas/Pixabay)
Duas doses de psilocibina, um composto encontrado em cogumelos psicod�licos, reduz o consumo excessivo de �lcool em 83% entre bebedores pesados quando combinados com psicoterapia, mostra um novo estudo publicado na revista Jama Psychiatry. Liderada por cientistas da Universidade de Nova York (NYU), a pesquisa envolveu 93 homens e mulheres com depend�ncia de �lcool. Eles foram aleatoriamente designados para receber a subst�ncia ativa ou um placebo anti-histam�nico.

Dentro de um per�odo de oito meses desde o in�cio do tratamento, aqueles que receberam psilocibina reduziram o consumo pesado em 83% em rela��o � fase anterior ao estudo. Enquanto isso, os que tomaram anti-histam�nico tiveram uma diminui��o no h�bito de 51%. Entre as outras descobertas importantes, o estudo mostrou que oito meses ap�s a primeira dose, quase metade (48%) dos participantes do composto psicod�lico pararam de beber completamente, em compara��o com 24% do grupo placebo.

"Nossas descobertas sugerem fortemente que a terapia com psilocibina � um meio promissor de tratar o transtorno do uso de �lcool, uma doen�a complexa que provou ser notoriamente dif�cil de gerenciar", diz o autor e psiquiatra s�nior do estudo, Michael Bogenschutz, do Centro Langone para Medicina Psicod�lica da NYU.
De acordo com os autores, pesquisas anteriores j� haviam identificado o tratamento com psilocibina como um meio eficaz de aliviar a ansiedade e a depress�o em pessoas com as formas mais graves de c�ncer. Al�m disso, estudos pr�vios de Bogenschutz sugeriram que a subst�ncia poderia servir como uma terapia potencial para o transtorno do uso de �lcool e outros v�cios.

M�todo

O novo estudo � o primeiro controlado por placebo a explorar a psilocibina como tratamento para o consumo excessivo de �lcool, de acordo com os autores. Para a investiga��o, a equipe recrutou homens e mulheres que foram diagnosticados com depend�ncia de �lcool com base em defini��es padr�o e consumiram em m�dia sete unidades de bebida por ocasi�o. Quarenta e oito pacientes receberam pelo menos uma dose e at� tr�s doses de psilocibina, e, para 45 participantes, foi administrado o anti-histam�nico.

Todos participaram de at� 12 sess�es de psicoterapia. Essas ocorreram antes e depois dos tratamentos com a subst�ncia psicod�lica. Ent�o, os participantes tiveram de relatar a porcentagem de dias de consumo excessivo de �lcool durante as semanas cinco a 36 do estudo. Eles tamb�m forneceram amostras de cabelo e unhas para confirmar que n�o haviam bebido.

Os volunt�rios, incluindo os do grupo placebo, passaram, ainda, por uma terceira sess�o de psilocibina para garantir que aqueles que anteriormente tomaram o anti-histam�nico tivessem a chance de serem tratados com a droga psicod�lica. "� medida que a pesquisa sobre o tratamento psicod�lico cresce, encontramos mais aplica��es poss�veis para condi��es de sa�de mental", relata Bogenschutz. "Al�m do transtorno por uso de �lcool, essa abordagem pode ser �til no tratamento de outros v�cios, como tabagismo e abuso de coca�na e opi�ides".

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Bogenschutz diz que a equipe de pesquisa planeja realizar um estudo multic�ntrico maior. Ele adverte que mais trabalhos precisam ser feitos para documentar os efeitos da psilocibina e esclarecer a dosagem apropriada, antes que a droga esteja pronta para uso cl�nico generalizado. O cientista observa que os pesquisadores j� iniciaram esses testes.

Composto natural 

A psilocibina � um composto natural derivado de fungos com qualidades que alteram a mente semelhantes ao que fazem, o LSD e a mescalina. A maioria dos participantes do estudo afirmou ter experimentado altera��es profundas na percep��o, emo��es e senso de si mesmo, muitas vezes incluindo sensa��es que s�o consideradas de grande significado pessoal e espiritual por eles.

Como a droga aumenta a press�o arterial e a frequ�ncia card�aca e pode causar efeitos psicol�gicos incapacitantes e �s vezes graves, os pesquisadores alertam que ela s� deve ser usada em ambientes cuidadosamente controlados e em conjunto com avalia��o e prepara��o psicol�gica.


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