
Neste s�bado (17/9), � lembrado o Dia Mundial do Doador de Medula �ssea. Como institui��o respons�vel pelo cadastramento de candidatos � doa��o de medula �ssea em Minas Gerais, a Funda��o Hemominas j� registrou, desde 2000, quando assumiu o servi�o, cerca de 570 mil doadores potenciais em todas as suas unidades. O n�mero, apesar de bem-vindo, ainda � pouco satisfat�rio, visto que a chance de se encontrar um doador compat�vel � de um a cada 100 mil pessoas. Por isso, a necessidade, sempre constante, de aumentar esse cadastro bem como o interesse das pessoas pela causa.
Esse tipo de transplante, conforme explica o hematologista Gustavo Henrique Romani Magalh�es, pode beneficiar o tratamento de diversas doen�as, sejam elas hematol�gicas, oncol�gicas ou autoimunes, em diferentes est�gios e faixas et�rias. "Em alguns casos, ele [o transplante] � a �nica possibilidade de vida do paciente", explica o m�dico, acrescentando que se acha um doador parentado, em geral um irm�o ou um dos pais, em cerca de 25% das vezes.
Havendo um irm�o totalmente compat�vel, este ser� a primeira escolha. Do contr�rio, inicia-se a busca de alternativas nos bancos de medula �ssea. O principal deles � o Registro Nacional de Doadores de Medula �ssea (Redome). "Vinculado ao Minist�rio da Sa�de, ele conta com mais de cinco milh�es de doadores cadastrados e � o terceiro maior banco desse g�nero no mundo, atr�s apenas dos Estados Unidos e Alemanha", completa o m�dico que pertence � equipe de profissionais da Cetus Oncologia, cl�nica especializada em tratamentos oncol�gicos/hematol�gicos com unidades em Belo Horizonte, Betim e Contagem.
!['Em alguns casos, ele [o transplante] é a única possibilidade de vida do paciente', explica o médico Gustavo Magalhães (foto: Marcele Valina/Divulgação ) Gustavo Magalhães, hematologista](https://i.em.com.br/eCQjNdsGpAXntBfmhN82I2tghR8=/332x/smart/imgsapp.em.com.br/app/noticia_127983242361/2022/09/16/1394561/gustavo-magalhaes-hematologista_2_19157.jpg)
Ainda de acordo com Gustavo, entre os requisitos necess�rios para ser doador de medula �ssea, � preciso ter entre 18 e 35 anos, estar em bom estado geral de sa�de, n�o ter doen�a infecciosa ou incapacitante e n�o apresentar doen�a neopl�sica (c�ncer), hematol�gica (do sangue) ou do sistema imunol�gico. "Algumas complica��es de sa�de n�o s�o impeditivas para doa��o, sendo analisado caso a caso", destaca.
J� o procedimento para retirada da medula � feito em centro cir�rgico, com anestesia geral ou peridural. Em seguida o tecido � extra�do da regi�o da bacia por meio de pun��es. Ap�s o procedimento, o doador pode sofrer com alguns desconfortos leves a moderados, por�m resolvidos com o uso de analg�sicos. "Al�m do m�todo tradicional, existe hoje outra maneira de se retirar a medula �ssea, conhecida como
"coleta por af�rese", que combina o uso de medicamentos e o uso de m�quina", explica.
Nesse caso, o doador usa uma medica��o por cinco dias com o objetivo de aumentar o n�mero de c�lulas-tronco, (as mais importantes para o transplante de medula �ssea), circulantes no sangue. Ap�s esse per�odo, a pessoa faz a doa��o por meio de uma m�quina de af�rese, que colhe o sangue da veia do doador, separa as c�lulas-tronco e devolve os elementos do sangue que n�o s�o necess�rios para o paciente. "N�o h� necessidade de interna��o nem de anestesia, sendo todos os procedimentos feitos pela veia ou por um cateter implantado. Entretanto, a escolha do m�todo depende de cada caso", aponta Gustavo.
Por fim, o m�dico refor�a sobre a import�ncia do procedimento, j� que ele pode salvar vidas, e n�o afeta a sa�de ou a vida de quem doa. "O maior gargalo quando se fala em doa��o de medula �ssea � a divulga��o do processo, ainda pouco conhecido de forma geral. Existe ainda uma baixa conscientiza��o da necessidade dessa doa��o, al�m de n�o ser um h�bito orientado e ensinado desde o ensino b�sico", finaliza o hematologista.
O que � a medula �ssea
� um tecido l�quido-gelatinoso que ocupa o interior dos ossos, sendo conhecido popularmente por "tutano". Na medula �ssea s�o produzidos os componentes do sangue: as hem�cias (gl�bulos vermelhos), os leuc�citos (gl�bulos brancos) e as plaquetas. Todos com fun��es extremamente vitais: Pelas hem�cias, o oxig�nio � transportado dos pulm�es para as c�lulas de todo nosso organismo e o g�s carb�nico � levado destas para os pulm�es, a fim de ser expirado. Os leuc�citos, por sua vez, s�o os agentes mais importantes do sistema de defesa, pois atuam combatendo infec��es. J� as plaquetas comp�em o sistema de coagula��o do sangue.
Servi�o:
Em Minas Gerais, o cadastramento de candidatos a doadores de medula �ssea � feito pela Funda��o Hemominas.
Informa��es: (31) 3768-7450