'Nem todo polivitam�nico � absorvido', diz m�dica nutr�loga

Sabe aqueles polivitaminicos e minerais de A a Z que frequentemente vemos nas prateleiras das farm�cias e que cont�m 100% da recomenda��o de todos os micronutrientes? Ser� que elas realmente funcionam?

“Muitas pessoas acreditam que o simples fato de tomar esses polivitaminicos j� garante prote��o contra todas as doen�as. Mas, saiba que n�o � bem assim”, alerta a m�dica nutr�loga Patr�cia Santiago. 

 

Segundo a m�dica, muita gente se entope de polivitaminicos que n�o precisam, e a maioria das vezes sem resultados. Por outro lado, existem pessoas que realmente precisam de certas vitaminas, mas n�o consome da maneira correta.

Apesar de muito convenientes estes suplementos n�o t�m as melhores f�rmulas. O grande marketing � que os fazem ser famosos.

“Eles s�o elementos inorg�nicos, essenciais ao bom funcionamento do organismo, crescimento e metabolismo e, de acordo com a necessidade de ingest�o, podem ser classificados como macrominerais, quando a necessidade de ingest�o igual ou superior a 100mg/dia (ex.: c�lcio, magn�sio, pot�ssio, e f�sforo), ou microminerais, quando a necessidade de ingest�o di�ria � menor que 100mg (ex.: cromo, cobre, magn�sio, cobalto, molibd�nio, ferro, sel�nio e zinco)”, explicou a m�dica. 

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Minerais na alimenta��o

Conforme a nutr�loga, naturalmente, os minerais s�o o ingeridos na forma inorg�nica por meio da alimenta��o, por�m nessa forma qu�mica, eles est�o mais suscept�veis a intera��es entre si e com outros nutrientes, como as vitaminas, assim, dificilmente conseguimos absorver e utilizar todo o conte�do de minerais dispon�veis nos alimentos que consumimos. 

“O mesmo ocorre quando ingerimos suplementos alimentares que cont�m minerais na forma inorg�nica, normalmente ligados a outros compostos qu�micos, como cloretos, sulfatos, carbonatos e �xidos.

Nesta composi��o, os minerais t�m menor biodisponibilidade, ou seja, uma menor capacidade de absor��o e de atender as demandas fisiol�gicas dos tecidos org�nicos, por isso, busca-se a suplementa��o porm eio de minerais quelados ou org�nicos”, destaca Patr�cia Santiago. 

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Conforme  Patr�cia Santiago, s�o conhecidos como minerais quelados ou org�nicos os minerais que se ligam a agentes quelantes, tais como amino�cidos, pept�deos, polissacar�deos complexos e �cido etileno-minotetraac�tico (EDTA), dessa forma, h� um aumento na disponibilidade biol�gica, solubilidade e estabilidade do mineral, que passa a ser melhor aproveitado pelo organismo.

Diversos estudos t�m comparado os efeitos da suplementa��o de minerais inorg�nicos com os minerais quelados, tanto em humanos como em animais. Em animais, j� foi observado que na presen�a de suplementa��o de minerais quelados, estes apresentam maior digestibilidade, absor��o e reten��o no organismo.

“Em humanos, observa-se que a suplementa��o de ferro quelado, por exemplo, aumenta os n�veis s�ricos de hemoglobina e ferritina em gestantes e causa menos desconfortos gastrointestinais quando comparado a suplementa��o de sulfato ferroso. Al�m de necessitar de uma menor quantidade de suplementa��o, a biodisponibilidade de outros minerais, como c�lcio, zinco e magn�sio, tamb�m � melhor na forma quelada quando comparada �s formas inorg�nicas”, contou. 

Por fim, a m�dica revela que a oferta de suplementos alimentares compostos por minerais quelatos seja mais bem aproveitada, principalmente, por pacientes que apresentam necessidades nutricionais elevadas ou altera��o da capacidade de absor��o, como idosos, gestantes, pacientes que realizaram cirurgia bari�trica e com altera��es intestinais.

“Sabemos que as intera��es tamb�m dificulta a absor��o dos nutrientes. Por exemplo: c�lcio dificulta a absor��o do ferro, e o ferro diminui a biodisponibilidade do zinco. Sendo  que j� o zinco diminui a absor��o do cobre e por a� vai. Ent�o, quando por algum motivo, resolvemos suplementar esses nutrientes juntos o ideal � que se fa�a na forma quelada”, ensina a nutr�loga.