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Estado de Minas Cotidiano

Teratoma: o que � o tumor nos ov�rios que pode ter dentes, cabelo e unha

Especialista diz que teratomas podem se desenvolver em v�rias partes do corpo de mulheres e homens a partir das chamadas c�lulas germinativas


22/09/2022 15:20 - atualizado 22/09/2022 14:24

Ovário
Tumor � gerado em c�lulas germinativas e � benigno na maioria dos casos (foto: Freepik/Divulga��o)

A influenciadora Drielly Arruda levou um susto esta semana e deixou as redes sociais em choque ao descobrir que as fortes c�licas que sentia eram causadas por um tumor que gera tecidos como cabelos, cartilagens, dentes, m�sculos, gordura e ossos. Chamado de teratoma, ele � gerado em c�lulas germinativas e � benigno na maioria dos casos, ou seja, n�o se espalha pelo organismo.

 

Com a legenda "At� unha essa coisa tinha", Arruda conta que ia ao ginecologista com frequ�ncia, mas os m�dicos sempre diziam que a dor dela era normal. Ela chegou a pensar que tinha endometriose, uma doen�a que tamb�m causa c�licas intensas e, por isso, confunde as pacientes com o tumor nos ov�rios, mas os exames de Drielly n�o apontaram esse diagn�stico.

 

"Quase todo m�s eu ia parar no hospital para tomar rem�dio na veia", compartilhou em seu perfil. Seu teratoma era t�o grande que ela perdeu uma das trompas, removida cirurgicamente junto com o tumor.

 

O ginecologista oncol�gico Leandro Santos de Araujo Resende, diretor de comunica��o e divulga��o da SGOB (Associa��o de Ginecologia e Obstetr�cia do Distrito Federal), diz que teratomas podem se desenvolver em v�rias partes do corpo de mulheres e homens a partir das chamadas c�lulas germinativas.

 

"Nos homens pode acometer os test�culos, por�m s�o situa��es consideradas raras", destaca o m�dico.

 

Na maioria dos casos, os teratomas tamb�m s�o assintom�ticos e n�o geram queixas. "Frequentemente s�o diagnosticados em exames de rotina, como ecografia transvaginal. O tratamento � cir�rgico, com a retirada de todo tumor", diz Resende, que tamb�m � doutor em tocoginecologia, �rea de diagn�stico e tratamento de doen�as do aparelho genital feminino.

Segundo ele, se o tecido estiver saud�vel, � poss�vel preservar a fertilidade do paciente. Diferente de um cisto, que � uma les�o de conte�do l�quido, o teratoma � mesmo um tumor, formado por materiais s�lidos.

 

Em mulheres � comum na fase reprodutiva, entre 20 e 40 anos de idade e, �s vezes, tamb�m ocorre em adolescentes. Ele acontece por uma diferencia��o de parte das c�lulas dos ov�rios, chamadas de germinativas, que se proliferam de forma desordenada e, quando maligno, corresponde a um c�ncer de ov�rio e exige tratamento espec�fico.

 

"� sempre importante avaliar com mais cuidado o ov�rio n�o acometido, pois a paciente com um teratoma tem maior risco de desenvolver o mesmo problema no outro ov�rio", afirma o m�dico.

 

O tratamento depende do tamanho do tumor e, para Resende, a melhor op��o de remo��o � a laparoscopia -uma cirurgia minimamente invasiva que traz menos riscos e uma recupera��o mais r�pida, em m�dia de duas a quatro semanas.

 

"Quando est� associado ao tipo maligno, [imaturo], � sempre importante que seja acompanhado por uma equipe multidisciplinar, com cirurgi�o oncol�gico e oncologista cl�nico", destaca o profissional.

 

A m�dica Maria Ignez Braghiroli, oncologista e membro da diretoria da SBOC (Sociedade Brasileira de Oncologia Cl�nica), diz que n�o h� an�lises de rastreamento para este tipo de tumor, mas que reclama��es persistentes exigem uma investiga��o com exames de imagem.

"� c�ncer, mas 99% das vezes � benigno, n�o sai de onde est� e passa para outro �rg�o. As germinativas t�m potencial de se tornar qualquer tecido: m�sculo, cabelo e at� produzir horm�nios da tire�ide, mas malignizar � muito raro", afirma a oncologista.

 

Ela diz que tanto o ginecologista, quanto o urologista ou um cl�nico geral podem come�ar a investiga��o a partir dos sintomas e, caso encontrem um problema mais s�rio, encaminhar para o cirurgi�o ou o oncologista.

 

Braghiroli refor�a que na maioria das vezes os sintomas s�o locais e que esta n�o � uma s�ndrome gen�tica, mas pode ser confundida com outras doen�as, como a endometriose -o que torna os exames fundamentais para diferenciar os problemas.

 

"Sintomas [podem ser] muito parecidos, mas com o exame de imagem fica f�cil distinguir pois s�o achados bem diferentes", diz.

 

 


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