
Um tipo de dieta semelhante ao jejum reduziu os sinais de Alzheimer em camundongos geneticamente modificados para desenvolver a doen�a, de acordo com um estudo liderado pela University of Southern California, nos Estados Unidos. No estudo, publicado na revista Cell Reports, os pesquisadores descobriram que os animais que haviam passado por v�rios ciclos que imitavam a abstin�ncia alimentar apresentavam n�veis mais baixos de duas principais caracter�sticas da enfermidade: ac�mulo da prote�na beta-amiloide e emaranhados provocados pela prote�na tau hiperfosforilada.
A dieta que imita o jejum (FMD, sigla em ingl�s) � rica em gorduras insaturadas e baixa em calorias, prote�nas e carboidratos gerais e � projetada para imitar os efeitos de uma abstin�ncia de alimentos, enquanto ainda fornece os nutrientes necess�rios. Al�m de camundongos saud�veis, a equipe investigou modelos de animais com Alzheimer, alimentados com a FMD por quatro ou cinco dias, duas vezes por m�s.
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Os camundongos que passaram por ciclos de jejum mostraram redu��es promissoras na beta-amiloide - que formam as placas pegajosas e disruptivas no c�rebro - e na patologia da tau, em compara��o com os que comeram uma dieta padr�o. Esses animais tamb�m mostraram n�veis mais baixos de inflama��o cerebral, incluindo uma redu��o no n�mero de microglia ativa, as c�lulas imunes que procuram e destroem pat�genos e c�lulas danificadas no c�rebro.
Al�m do estudo em camundongos, o principal pesquisador, Valter Longo, incluiu dados de um pequeno ensaio cl�nico de fase 1 da dieta que imita o jejum em pacientes humanos diagnosticados com comprometimento cognitivo leve ou doen�a de Alzheimer branda. Os dados iniciais indicam que esse regime � seguro e vi�vel. Outros testes no estudo em andamento e medir�o o desempenho cognitivo e os n�veis de inflama��o, disse Longo.