
Obter o diagn�stico de qualquer doen�a pode gerar muitas ang�stias e medos. Para quem tem esclerose m�ltipla (EM), doen�a grave, autoimune, cr�nica, progressiva do sistema nervoso central, n�o � diferente. Aline de Souza Santos, recebeu o diagn�stico de esclerose m�ltipla em fevereiro de 2018, na �poca com 24 anos. Fase produtiva, cheia de energia e sonhos.
Muitas pessoas demoram a procurar um especialista para diagnosticar a doen�a, j� que em muitos casos, os sintomas se confundem com outros problemas de sa�de. A condi��o pode afetar a fala, a audi��o e os movimentos. Com Aline n�o foi diferente: “Eu tive vis�o emba�ada, formigamento, perda da sensibilidade e �s vezes tontura. Procurei um profissional e ele constatou que eu tamb�m estava com perda de for�a muscular. A� veio a not�cia: diagnosticada com esclerose m�ltipla recorrente-remitente (EMRR), a forma cl�nica mais comumente encontrada entre os portadores da doen�a”.
Embora n�o possua cura para a EM, pode ser realizado um tratamento para controle dos sintomas. O paciente pode ter uma vida totalmente ativa e produtiva, mesmo com esclerose m�ltipla. A doen�a n�o � sin�nimo de invalidez.

“Antes eu era bem sedent�ria. Eu n�o me alimentava direito, estava sempre dando prefer�ncia para o fast-food e industrializados, hoje o meu novo eu pratica exerc�cios e escolhe sempre a alimenta��o saud�vel. Claro, ainda como coisas que eu gosto, mas de forma equilibrada” afirma, Aline.
Leia tamb�m: 5 mitos sobre a esclerose m�ltipla
Para a paciente, deixar de lado o sedentarismo n�o foi uma op��o, mas sim uma necessidade de quem escolheu lutar pela vida e para mostrar para o mundo que pessoas raras existem e podem vencer.
Diante disso, � preciso aumentar a conscientiza��o e a informa��o para garantir o diagn�stico precoce e o tratamento multidisciplinar. “A maioria das pessoas n�o sabe o que � a minha doen�a, logo n�o sabem quais s�o as minhas dores. Luto por movimentos como o recente
Agosto Laranja, que � de extrema import�ncia para levar informa��o e disseminar que pacientes com esclerose m�ltipla existem”.
Aline grita para a sociedade que o diagn�stico n�o � o fim da vida. “Embora seja assustador. Eu vou continuar aqui representando v�rios pacientes raros, vou levar adiante a minha hist�ria com o prop�sito de conscientizar o mundo sobre a esclerose m�ltipla. Chega de preconceitos. Eu, mulher negra e diagnosticada com EM, sou t�o capaz quanto qualquer outra pessoa. Minha jornada est� s� come�ando, e eu vou longe!”