Viajar de avi�o p�s-cirurgia pl�stica pode causar preju�zos � sa�de?

Viralizaram nas redes sociais recentemente imagens de uma modelo brit�nica afirmando que sua cabe�a teria “explodido” durante uma viagem de avi�o que fazia. A mulher afirmou em v�deos que havia acabado de fazer um procedimento est�tico realizado na p�lpebra, que tem o objetivo de delinear o olhar, alongando a abertura e levantando o canto externo do olho.

De acordo com o m�dico cirurgi�o-pl�stico Bora Kostic, que � membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl�stica e membro ativo da Sociedade Internacional de Cirurgia Pl�stica e da Sociedade Americana de Cirurgia Est�tica, alguns cuidados p�s-cir�rgicos precisam ser realizados em todos os casos de pacientes que acabaram de realizar cirurgias.

“Pelo que ela falou foi feito um procedimento cir�rgico e somente est�tico, como por exemplo, preenchimento. Esse tipo de procedimento, cantoplastia, � uma cirurgia que de qualquer forma deixa os hematomas, principalmente na p�lpebra inferior. Pela foto n�o se observa nenhuma assimetria, portanto nenhum ponto “soltou””, disse.

“Danos p�s-cir�rgicos como uma trombose podem ser gerados em viagens mais longas, o que n�o significa que os pacientes n�o podem viajar de avi�o. No caso de uma abdominoplastia, por exemplo, pode provocar isso mesmo sem viajar, caso o paciente n�o se movimente a  cada duas horas. E isso pode acontecer mesmo dentro do avi�o”, disse.
Weronika afirma que sentiu um sangramento em sua cabe�a durante o voo e explicou que, por conta da press�o da cabine do avi�o, alguns dos pontos abriram durante o trajeto.

No entanto, no caso da modelo, o m�dico observou que seria necess�rio avaliar o caso individualmente para saber se a mulher realmente tinha condi��es de viajar.

O m�dico ressaltou que � muito importante, dependendo de alguns fatores, como o tipo da cirurgia, do estado f�sico do paciente e da avalia��o m�dica, que ele espere pelo menos 15 dias para fazer uma viagem de avi�o de longa dura��o.

“Qualquer procedimento precisa ser feito com um cirurgi�o-pl�stico conhecido, renomado e experiente. Os pacientes precisam seguir os conselhos dos seus m�dicos e caso haja algum problema, retornar ao m�dico”, disse.

Por fim, o m�dico disse que no mundo existem muitos brasileiros que preferem fazer cirurgia “em casa”, portanto, antes de definir a data do procedimento, viabilizam a vinda ao seu pa�s.

“Hoje � muito f�cil fazer uma consulta on-line e combinar a data certa de ida e de retorno, para evitar no m�ximo qualquer tipo de complica��es, que por sua vez podem ser at� graves, como trombose. Deixando bem claro, que esse tipo de complica��o pode aparecer sem cirurgia tamb�m. Nessas viagens mais longas, uma simples caminhada a cada duas horas, pode prevenir esse tipo de problema”, finalizou.