(none) || (none)
Publicidade

Estado de Minas Sa�de

Novembro Roxo: prematuridade � principal causa da�mortalidade infantil

Campanha leva um alerta �s fam�lias e � sociedade sobre o crescente n�mero de partos prematuros, suas causas e consequ�ncias


07/11/2022 11:25 - atualizado 07/11/2022 11:30

Novembro Roxo: prematuridade é principal causa da mortalidade infantil
(foto: Ag�ncia Brasil)

O parto prematuro � a principal causa global da mortalidade infantil antes dos cinco anos de idade e o Brasil � o 10º colocado no ranking mundial dos pa�ses com mais nascimentos prematuros. O beb� � considerado prematuro quando nasce antes da 37ª semana de gravidez - uma gesta��o completa varia entre 37 e 42 semanas. 


Por isso, a campanha Novembro Roxo - que tem 17 de novembro como o Dia Mundial da Prematuridade - leva um alerta �s fam�lias e � sociedade sobre o crescente n�mero de partos prematuros, suas causas e consequ�ncias. De acordo com o Minist�rio da Sa�de, todo ano s�o registrados em torno de 340 mil nascimentos prematuros no Brasil, o equivalente a seis casos a cada dez minutos. 


Levantamento feito pela ONG Prematuridade.com, �nica organiza��o sem fins lucrativos nacional dedicada � causa da prematuridade, mostrou que, para 95,4% dos brasileiros, as pol�ticas p�blicas relacionadas � prematuridade devem ter alta prioridade, sendo 74,1% afirmando que essa prioriza��o deve ser muito alta e 21,3%, alta. A Pesquisa de Opini�o sobre a Prematuridade foi realizada de forma online, entre os dias 3 de agosto e 20 de setembro, e registrou 1.433 participa��es de pessoas de todo o Brasil.


"Nosso objetivo, com esse levantamento, foi avaliar a percep��o e o grau de conhecimento das pessoas sobre o tema, j� que estamos falando de um dos problemas sociais mais graves do pa�s, que ainda � desconhecido por muitos", afirmou  a diretora executiva da ONG Prematuridade.com, Denise Suguitani.


Denise disse ainda que a pesquisa evidenciou que a grande maioria dos brasileiros acredita que a prematuridade � um problema de sa�de p�blica. "E deve ser olhado com mais aten��o pelo governo, pelas pol�ticas p�blicas e por quem toma as decis�es".

Desconhecimento

Problema de sa�de p�blica, a prematuridade ainda � cercada por desinforma��o. O levantamento da ONG Prematuridade.com mostra que 30% das m�es e pais de beb�s prematuros desconheciam totalmente o tema antes de eles mesmos passarem por essa experi�ncia; 30% conheciam muito pouco e 28% possu�am praticamente nenhum conhecimento sobre o assunto. 


"Aqueles pais de prematuros que responderam a pesquisa e que passaram pela experi�ncia, disseram que antes de ter um prematuro tinham pouqu�ssimas informa��es a respeito disso. Ent�o, quer dizer que a gente precisa falar mais durante o pr�-natal, informar as mulheres em idade f�rtil, trazer o tema � tona para toda sociedade para que, caso venha a acontecer um parto prematuro, os riscos sejam menores, tanto para m�e quanto para o beb�", destacou Denise.

Leia tamb�m: Mulher desenvolve 12 tumores ao decorrer da vida e sobrevive


Ela acrescentou que a import�ncia de incluir o tema da prematuridade na forma��o e na capacita��o cont�nua de profissionais de sa�de que atuam na fase anterior ao parto, "como os profissionais da Aten��o B�sica, para que possam informar as fam�lias, de maneira adequada e acolhedora, que muitas vezes um parto prematuro pode acontecer, mesmo sem sinais pr�vios", afirma Denise.


A pesquisa tamb�m mostrou que a maior parte dos participantes (55,6%) desconhecia o fato de que o parto prematuro � hoje a principal causa global da mortalidade infantil antes dos cinco anos de idade. J� sobre o Brasil ser o 10º colocado no ranking mundial de partos prematuros, 64,6% desconhecem essa realidade, contra 35,4% que informaram ter ci�ncia a respeito.

Impactos da prematuridade

Uma situa��o preocupante envolve os beb�s chamados "termo precoce", nascidos entre a 37ª e a 38ª semanas gestacionais, muitos deles de ces�reas eletivas, ou seja, quando n�o h� indica��o t�cnica para esse tipo de parto. Pesquisas na �rea apontam que os nascidos nesse perfil podem apresentar resultados de sa�de mais semelhantes aos nascidos prematuros do que aos nascidos no per�odo "a termo", com mais de 39 semanas de gesta��o.


Outro levantamento feito pela ONG Prematuridade.com, em 2019, com mais de 4 mil fam�lias, identificou que o tempo m�dio de perman�ncia do beb� prematuro na UTI neonatal, ap�s o nascimento, � de 51 dias.


"� uma situa��o que impacta diretamente a sa�de p�blica e afeta, muitas vezes de forma irrevers�vel, os pais e os beb�s, tanto f�sica quanto emocionalmente", destaca Denise. "Por isso, � cada vez mais evidente a necessidade de grandes campanhas de conscientiza��o sobre o assunto, al�m de pol�ticas p�blicas que visem a redu��o do n�mero de partos prematuros, fortalecendo programas de educa��o sexual na adolesc�ncia, planejamento familiar e acompanhamento pr�-natal de qualidade".

Novembro Roxo

Ao longo do m�s de novembro, a ONG Prematuridade.com far� uma s�rie de atividades, online e presenciais, em alus�o � campanha mundial.


"A campanha do Novembro Roxo deste ano tem como tema Garanta o contato pele a pele com os pais do beb� prematuro desde o momento do nascimento. Sabemos que cada caso deve ser avaliado separadamente, mas que muitas vezes � poss�vel, por mais que seja um beb� bem prematuro, � poss�vel esse contato imediato de m�e com beb�, o pele a pele, o cheiro, o toque, a voz, o batimento card�aco e o quanto isso impacta na sa�de integral, tanto f�sica quanto emocional desse beb� e isso tem impacto a longo prazo. O m�todo canguru traz muitos benef�cios", afirmou Denise. 


A campanha pretende sensibilizar a popula��o em geral, os parlamentares, os gestores p�blicos e as empresas. "Todo mundo � tocado pela prematuridade de alguma forma, mesmo que n�o tenha entre os amigos ou a fam�lia um beb� prematuro, todos n�s somos afetados porque � a principal causa de mortalidade infantil, o Brasil � o 10º pa�s no ranking de prematuridade e e tem um impacto gigante nos cofres p�blicos, por isso a gente acredita que conseguiremos unir for�as nesse novembro para mostrar que � importante, e que a gente pode e deve fazer coisas para mudar esse cen�rio aqui no pa�s", finalizou a diretora da ONG Prematuridade.com.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)