
Ser ou n�o ser m�e � uma decis�o importante. Afinal, ter filhos � um divisor de �guas. Seja qual for a escolha, � individual. H� mulheres que nasceram para isso, e t�m a op��o como inequ�voca; outras, experimentam d�vidas ou ainda n�o pretendem gerar uma crian�a, e tamb�m s�o bem resolvidas quanto a isso.
As quest�es que envolvem a gesta��o e a fertilidade encontram amplo espectro, desde cobran�as e padr�es sociais, que ainda existem, at� o melhor momento da vida para ingressar na jornada da maternidade, a idade biol�gica indicada para isso, assim como procedimentos de fertiliza��o assistida, congelamento de �vulos, hist�rico de sa�de que pode representar riscos na gravidez, al�m de aconselhamento e planejamento reprodutivo.
As quest�es que envolvem a gesta��o e a fertilidade encontram amplo espectro, desde cobran�as e padr�es sociais, que ainda existem, at� o melhor momento da vida para ingressar na jornada da maternidade, a idade biol�gica indicada para isso, assim como procedimentos de fertiliza��o assistida, congelamento de �vulos, hist�rico de sa�de que pode representar riscos na gravidez, al�m de aconselhamento e planejamento reprodutivo.
Do ponto de vista biol�gico, � ideal que a mulher engravide at� os 35 anos – depois dessa idade, a reserva ovariana come�a a diminuir e tem altera��es, al�m da quantidade de �vulos, principalmente na qualidade. � o que explica Natalia Ramos, ginecologista e obstetra especialista em fertilidade e reprodu��o humana, m�dica da Oya Care, cl�nica virtual de sa�de feminina.
"A partir dos 35, h� mais dificuldade em engravidar e chance de infertilidade, al�m do aumento do risco de s�ndromes cromoss�micas, sendo a mais comum a trissomia do 21, ou s�ndrome de Down", esclarece. Outros fatores que impactam na qualidade dos �vulos, al�m da idade, s�o, segundo a m�dica, obesidade, tabagismo e s�ndromes gen�ticas.
"Sabemos que h� v�rios caminhos para uma pessoa ser feliz, al�m de constituir uma fam�lia com filhos biol�gicos"
Natalia Ramos, ginecologista e obstetra, especialista em fertilidade e reprodu��o humana

Mas, hoje, a sociedade � outra, pontua a especialista. Natalia lembra que s�o diferentes as expectativas para a vida entre as mulheres, e n�o quer dizer que ter filhos � o �nico caminho. "Existem formas seguras de postergar a decis�o, como um plano de vida reprodutivo, avaliando preventivamente a possibilidade da maternidade, conversando com um especialista em reprodu��o assistida, sendo uma das op��es, de fato, o congelamento dos �vulos", indica.
Ainda assim, continua Nat�lia, � comum a mulher ser cobrada socialmente quanto a ser m�e, enfrentando press�es nesse aspecto, e at� cr�ticas quando n�o quer engravidar. E isso acontece, segundo a profissional, principalmente fora dos grandes centros urbanos, considerando ainda o conservadorismo que continua presente no Brasil.
"Mulheres que tomam a decis�o de n�o ser m�es ou que n�o sabem se querem ser m�es algum dia s�o questionadas. Na nossa pr�tica di�ria na Oya Care, vejo muitas mulheres se queixando dessa cobran�a. Sabemos que h� v�rios caminhos para uma pessoa ser feliz, al�m de constituir uma fam�lia com filhos biol�gicos", pondera Natalia, lembrando que "a sociedade precisa ter consci�ncia de que essa escolha � �nica e exclusiva da mulher".
Para Natalia, lidar com essa press�o social pede da mulher uma postura de autenticidade, e, para isso, a dire��o deve ser pelo autoconhecimento – "� a chave para enfrentar essas quest�es", avalia. Seja qual for a escolha, da perspectiva pessoal, � importante que a futura m�e considere se aquele � o melhor momento da vida para ingressar nessa nova fase tamb�m do ponto de vista profissional.
"A quest�o � o momento e a raz�o. A mulher deve se perguntar por que tomar essa decis�o. Se a resposta for porque algu�m espera que ela o fa�a, ou o faz por press�o, no geral n�o � uma boa decis�o. Ela deve refletir melhor sobre o assunto, se conhecer melhor e entender se de fato isso cabe em sua vida", orienta Natalia.
"A quest�o � o momento e a raz�o. A mulher deve se perguntar por que tomar essa decis�o. Se a resposta for porque algu�m espera que ela o fa�a, ou o faz por press�o, no geral n�o � uma boa decis�o. Ela deve refletir melhor sobre o assunto, se conhecer melhor e entender se de fato isso cabe em sua vida", orienta Natalia.
ACOLHIMENTO
Quanto aos aspectos fisiol�gicos mesmo, m�dicos da �rea oferecem um aconselhamento � mulher que pretende ter filhos, e para essa avalia��o global da fertilidade recorrem a dados de seu hist�rico de sa�de. � feita uma avalia��o cl�nica, no que a medicina chama de anamnese – s�rie de perguntas que v�o direcionar a abordagem m�dica.Entre os aspectos observados, Natalia cita: se a mulher tem doen�as cr�nicas, hipotireoidismo ou outra doen�a autoimune, se passou por alguma cirurgia na pelve que possa comprometer a fertilidade, quais medica��es usa diariamente, se tem h�bitos como tabagismo, uso de drogas recreativas e �lcool, por exemplo.
"Depois, passamos para a avalia��o do hist�rico familiar. � importante observar quais c�nceres ginecol�gicos essa mulher j� teve na fam�lia, se existe alguma s�ndrome gen�tica na fam�lia e qual a idade da menopausa da m�e – as filhas, geralmente, seguem essa idade." Sobre os antecedentes ginecol�gicos, s�o analisados os riscos para ter endometriose, se tem c�licas comumente, dores na rela��o sexual, se j� tem filhos, com que idade menstruou, como est�o os ciclos menstruais, regulares ou irregulares, se o fluxo � intenso ou n�o, explica.