
No in�cio do ano, o ex-atleta recebeu a not�cia de que havia met�stases no intestino, f�gado e pulm�o.
De acordo com a m�dica paliativista Michelle Andreata, da empresa especializada em home care, Sa�de no Lar, que lida diariamente com pacientes nesse tipo de situa��o, os cuidados paliativos prezam pela qualidade de vida, dignidade e bem-estar do paciente, mesmo em quadros irrevers�veis.
O objetivo � prestar cuidados tanto para a pessoa que recebeu o diagn�stico de uma doen�a incur�vel quanto para seus familiares.
“A ideia � aliviar o sofrimento, tratar a dor na sua integralidade com foco nos sintomas e perdas f�sicas, sociais, psicol�gicas e espirituais dando conforto at� o �ltimo minuto de vida do paciente. Existe muita coisa que pode ser feita pela pessoa diagnosticada e n�o pela doen�a em si. Todo esse processo faz com que a qualidade de vida seja a melhor poss�vel dentro das possibilidades existentes”.

Para realizar esses cuidados, faz-se necess�rio um trabalho com uma equipe multidisciplinar composta por m�dicos, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas, psic�logos e fonoaudi�logos, sempre de acordo com a necessidade e demanda de cada paciente. “Tudo � feito de forma muito individualizada”, ressalta Michelle.
Al�m de atender o paciente, � fundamental acolher e envolver tamb�m os familiares, afinal, h� um sofrimento geral muito grande gerado pela m� not�cia da progress�o da enfermidade e tamb�m pela possibilidade da perda.
Em n�meros
Segundo o Atlas Global de Cuidados Paliativos, uma iniciativa da Alian�a Mundial de Hospice e Cuidados Paliativos, existem 56 milh�es de pessoas que precisam de cuidados paliativos no mundo anualmente, sendo 25 milh�es no final da vida e apenas 14% das pessoas que precisam desses cuidados atualmente o recebem.
Atlas dos cuidados paliativos no Brasil 2019
Em 2018, o Brasil contava com 177 servi�os de Cuidados Paliativos, como mostra o documento An�lise Situacional e Recomenda��es da ANCP para Estrutura��o de Programas de Cuidados Paliativos no Brasil, e, em 2019, foram mais de 190. Esse aumento de quase 8% merece comemora��o, mas � insuficiente para colocar o pa�s no grupo de na��es com melhor n�vel de cobertura em Cuidados Paliativos.