Pessoa coçando o braço com alergia

Uma rea��o al�rgica pode ser entendida como uma rea��o de hipersensibilidade do sistema imunol�gico diante do contato com uma subst�ncia

Doku Medical/FR/Reprodu��o

 

S�O PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Precisar sair da praia correndo para o hospital devido a uma crise al�rgica pode ser um pesadelo de f�rias, especialmente para quem tem crian�as. Rea��es al�rgicas podem ser dif�ceis de prever e a tend�ncia � estar mais exposto a elas durante o ver�o e viagens de f�rias. O que se pode fazer, muitas vezes, � ficar atento para se antecipar e procurar o servi�o de sa�de mais pr�ximo j� nos primeiros sintomas.

 

Uma rea��o al�rgica pode ser entendida como uma rea��o de hipersensibilidade do sistema imunol�gico diante do contato com uma subst�ncia.

 

Cl�vis Galv�o, m�dico alergista e imunologista da Faculdade de Medicina da USP, explica que o organismo reconhece aquele composto como agressor e cria uma rea��o de defesa exagerada, com sintomas prejudiciais.

 

 

 

O calor do ver�o e a fuga da rotina, que leva ao contato com novos ambientes e subst�ncias, podem aumentar os riscos de uma rea��o al�rgica. "No ver�o, ficamos mais expostos a alguns fatores, como picadas de insetos, uso de cosm�ticos diferentes e alimenta��o fora da rotina", afirma Galv�o.

 

O QUE PODE CAUSAR ALERGIA?

 

Em geral, n�o � poss�vel dizer o que pode ou n�o causar alergia, pois isso depende do organismo de cada pessoa. Contudo, h� alguns compostos que s�o mais comumente alerg�nicos.

 

� o caso de frutos do mar, que muitas vezes n�o fazem parte da alimenta��o cotidiana. Leite, ovo, soja e castanhas s�o outros alimentos potencialmente alerg�nicos. Segundo Galv�o, cerca de 70% a 80% das alergias alimentares podem ser atribu�das a eles.

 

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Produtos cosm�ticos, como filtro solar, maquiagem e hidratantes tamb�m podem causar alergia na pele, chamada de dermatite de contato. No per�odo de f�rias e exposi��o ao sol, as ocorr�ncias podem se intensificar devido � tend�ncia de usar uma varia��o maior de produtos do que no dia a dia e, tamb�m, porque algumas subst�ncias s�o expostas ao sol quando n�o deveriam.

 

Picadas de insetos s�o outro causador comum de rea��es al�rgicas. No caso de insetos sugadores, muitas vezes as pessoas apresentam alergia a compostos da saliva deles, e as rea��es tendem a ficar limitadas � pele, sem gerar quadros graves.

 

J� os insetos com ferr�o, como abelhas e vespas, tendem a causar rea��es mais graves devido ao contato com o veneno. Galv�o relata que, nesses casos, pode ser feito o tratamento com vacinas ap�s a exposi��o, para evitar novas ocorr�ncias. Contudo, esse n�o � um tratamento preventivo e tamb�m n�o est� dispon�vel de maneira ampla para a popula��o.

 

COMO EVITAR REA��ES AL�RGICAS?

 

As rea��es al�rgicas s�o dif�ceis de evitar, pois n�o h� como prever o que pode levar algu�m a ter uma rea��o al�rgica antes de haver exposi��o �quele composto. Algumas pessoas podem at� desenvolver alergias a subst�ncias que antes j� consumiam sem apresentar nenhum sintoma.

 

Alex Lacerda, membro do departamento cient�fico de Anafilaxia da Associa��o Brasileira de Alergia e Imunologia, afirma que pode existir um fator heredit�rio, mas isso n�o � definitivo. "N�o recomendamos evitar aquela subst�ncia s� porque os pais s�o al�rgicos, a n�o ser que haja algum sintoma suspeito."

 

Quando j� se tem confirma��o da alergia, o importante � evitar o contato com aquele composto e manter o acompanhamento com o especialista, para ter um plano de a��o em caso de exposi��o, que vai variar para cada pessoa.

 

Por�m, quando n�o se tem conhecimento de nenhuma alergia, n�o � necess�rio evitar nenhum composto. O que se pode fazer � buscar op��es mais seguras.

 

No caso de cosm�ticos, por exemplo, � recomendado usar produtos de marcas estabelecidas, dermatologicamente testados e aprovados pela Anvisa (Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria).

 

O QUE FAZER EM CASO DE REA��O AL�RGICA?

 

O mais importante para lidar com uma poss�vel rea��o al�rgica � ficar atento aos primeiros sinais. Vermelhid�o, incha�o e coceira s�o manifesta��es bastante comuns. Lacerda destaca que � importante procurar uma unidade de sa�de o mais r�pido poss�vel ao notar esses sintomas, sobretudo quando eles t�m aparecimento e aumento r�pidos.

 

A progress�o de uma rea��o al�rgica pode levar � anafilaxia. Esse quadro � caracterizado pela presen�a de sintomas em mais de um �rg�o. Em alguns casos, h� comprometimento das vias a�reas e sintomas cardiovasculares, eventualmente resultando no choque anafil�tico -queda brusca da press�o arterial, que pode ser fatal.

 

O tratamento de uma rea��o al�rgica pode ser feito com corticoides, anti-histam�nicos e inje��o de adrenalina. Por�m, a automedica��o n�o � recomendada.

 

"Existem v�rios tipos de mecanismos de rea��o al�rgica", alerta Lacerda.

 

Cada um desses mecanismos � tratado de maneira diferente, e a medica��o incorreta pode levar � piora do quadro. Os populares comprimidos anti-histam�nicos -mais conhecidos como antial�rgicos- n�o tratam a dermatite de contato, por exemplo. Por isso, � importante que um profissional de sa�de identifique a rea��o para recomendar o tratamento correto.