cachorro deitado na almofada

C�o relaxando com musicoterapia

Comportpet/Divulga��o
“Janeiro Branco” � o m�s dedicado � constru��o de uma cultura da sa�de mental na humanidade. Momento de olhar para o equil�brio, e isso tamb�m envolve a sa�de mental dos c�es, gatos e demais pets. Musicoterapia, cromoterapia, acupuntura, florais, cannabis, dentre outras terapias, podem trazer bem enorme para a sa�de f�sica e ps�quica dos animais.

O equil�brio do sistema circulat�rio e o al�vio de doen�as como depress�o e press�o alta, al�m de ansiedade, ins�nia, febre, dist�rbios digestivos, displasia e dores cr�nicas est�o no escopo de problemas que podem ser reduzidos ou evitados por estes tratamentos complementares (“complementares” pois podem ser feitos juntamente com as medica��es ou como alternativas a elas, buscando resultados mais efetivos ou a redu��o dos efeitos colaterais proporcionados pelos alop�ticos).

O adestrador e especialista em comportamento animal Cleber Santos, que trabalha na �rea de creche e hotel canina h� mais de 10 anos � frente da Comportpet, foi o pioneiro a inserir a musicoterapia para c�es no Brasil, que � hoje o terceiro pa�s com mais pets no mundo.
Em 2013, em especializa��o no Canad�, Cleber Santos absorveu conhecimento de como essas terapias podem auxiliar o trabalho de um adestrador ou dono de creche. Mesmo sem conhecer outro modelo no Brasil, investiu na �poca no servi�o de musicoterapia, reproduzindo com os alunos caninos o que havia experenciado l� fora. “Isso ajuda muito a rotina, porque preciso que o animal esteja relaxado e concentrado para absorver comandos de treinamento – e as terapias agem com excel�ncia nessa �rea do foco. Fora isso, como lidamos com diferentes ra�as em uma estrutura de hospedagem e day care, preciso ter a t�cnica necess�ria para saber acalmar aquele c�o estressado ou arredio para que ele fa�a parte do dia a dia com os demais h�spedes".

Menos estresse ao ouvir reggae e Beethoven

Uma pesquisa da Universidade de Glasgow e a Sociedade Escocesa de Preven��o de Crueldade Animal (Scottish SPCA) com cachorros de centros de abrigo, apontou uma diminui��o do estresse dos animais ap�s ouvir o reggae, junto ao soft rock. Esse e outros estudos refor�am o impacto significativo da m�sica nos animais. Quem nunca ouviu falar das vacas que aumentam sua produ��o de leite ao som de Beethoven?

Como funciona cada terapia?

A musicoterapia para animais pode ser feita diariamente. Geralmente, eles recepcionam bem sons de piano, sax e violino, ao contr�rio de sons agudos, met�licos e de percuss�o. Por�m, quando o animal � ap�tico ou medroso, � preciso desenvolver algum outro est�mulo de som. A altura da m�sica deve ser levada em conta. Enquanto os humanos captam sons com at� 20 e 20.000 hertz, os c�es - por exemplo - s�o capazes de captar entre 26 e 40.000 hertz.
“Em nossa rotina no hotel, reunimos em torno de 20 c�es todos os dias por 40 a 60 minutos, sempre depois do almo�o, para as sess�es de musicoterapia. Nesse momento, tamb�m incorporamos a Cromoterapia”, explica Cleber Santos.

Na cromoterapia, luzes coloridas iluminam a sala, preparada para as duas finalidades. “O relaxamento � tanto, que c�es que j� frequentam a sala h� muito tempo, se dirigem sozinhos para l� quando d� o hor�rio e se deitam nas caminhas que ficam prontas no local”, conta. 

Geralmente, nos c�es, as sess�es come�am a fazer efeito na 12ª execu��o. E os resultados s�o vis�veis. “H� c�es que chegam para a conviv�ncia muito agitados, arredios, pulando, incomodando outros. Passadas duas semanas, j� est�o dormindo com os outros pets”, diz Cleber.

Cannabis tem ampla indica��o

dois cachorros

Cacau (esquerda) e o "irm�o" Stark, que faz tratamento com cannabis

Fernanda Alves e Diego Fonseca/Divulga��o

O uso de Cannabis para pets tem avan�ado muito, da mesma maneira que na medicina humana, uma vez que a cannabis pode agir como um complemento importante em tratamentos que n�o est�o atingindo resultado. Isso porque atua diretamente no sistema endocanabin�ide, por meio de diversos receptores, principalmente o CB1 e CB2 no Sistema Nervoso Central (SNC) e no Sistema Nervoso Perif�rico (SNP).

Os benef�cios do tratamento abra�am o al�vio de dores e inflama��es e o equil�brio da press�o intraocular e da energia do pet. Tamb�m � indicado para altera��o comportamental e dist�rbios psicossom�ticos, como ansiedade, agressividade, medo, depress�o e p�nico. Patologias mais s�rias tamb�m s�o tratadas com �leo de Cannabis. S�o elas: c�ncer, artrose, epilepsia, esclerose tuberosa, entre outras.

A veterin�ria Jaqueline Marcello, parceira de Santos nos acompanhamentos de c�es, prescreve tratamentos com cannabis desde 2020, e relata que a subst�ncia tem ampla indica��o, promovendo qualidade de vida e bem-estar ao paciente. A forma mais utilizada � o �leo, por via oral.

Dependendo da apresenta��o do �leo, a dosagem pode ser em gotas ou em miligramas. “Na consulta, fazemos a avalia��o do quadro, junto com uma avalia��o f�sica e a solicita��o de exames para entender se o fitoter�pico seria indicado. Caso seja, a prescri��o e a propor��o da dose s�o pensadas de acordo com o que o animalzinho apresenta, se possui mais de uma comorbidade ou se faz algum outro tratamento conjunto”, explica a veterin�ria. Al�m disso, � preciso assinar um termo de consentimento estando ciente de todas as informa��es passadas em consulta.

Uso de fitoter�picos

O c�ozinho Stark, � um dos casos de sucesso do uso de fitoter�picos, incluindo a planta cannabis, para tratamento comportamental. Fernanda Alves e Diego Fonseca, donos de Stark, procuraram Cleber Santos em 2021 para que ele acompanhasse o caso. Stark tinha um temperamento forte, e teve pouca socializa��o com pessoas e outros animais em seus primeiros anos de vida. Quando uma nova cachorrinha chegou na fam�lia, os tutores passaram cerca de 1 ano numa conviv�ncia dif�cil entre os dois c�es.

“Resolvemos entrar com fitoter�picos chineses para equilibrar as emo��es do Stark e tivemos bons resultados: conseguimos socializar os c�es, que j� conseguiam ficar no mesmo ambiente, mas ainda sem contato”, conta Fernanda.

Percebendo que n�o havia mais evolu��o, decidiram tentar o fitoter�pico � base de cannabis. “Em torno de dois meses e meio tivemos resultados. Com o acompanhamento da veterin�ria e do adestrador (que � extremamente necess�rio em casos comportamentais), ele hoje convive em harmonia com a "irm�" canina, ficando tranquilo num mesmo c�modo mesmo sem a nossa presen�a”, comemora.

Terapia floral e acupuntura

Com a prescri��o de um veterin�rio ou profissional qualificado para o tratamento, � poss�vel tornar acess�vel terapias com florais e acupuntura. Sobre os florais, mais popularmente conhecidos, muitas vezes eles s�o receitados tanto para o dono quanto para o cachorro.

Falando sobre acupuntura, todos os pets podem vivenciar a experi�ncia desse m�todo milenar. Muitos perguntam como segurar um c�o ou gato em uma sess�o de agulhadas. O especialista explica: “A chave � o condicionamento. Muitos animais n�o deixam na primeira, nem na segunda. Mas, com paci�ncia, eles v�o relaxando. E vale muito a pena. A contribui��o nos processos regenerativos � significativa, assim como na recupera��o de cirurgias ou tratamentos para paralisias, AVCs, convuls�es, tendinites, gastrites, cistites e para amenizar sintomas da quimioterapia”, explica Cleber Santos.

Cleber Santos completa que todas essas terapias n�o t�m prazo definido. Ele salienta que para muitos tratamentos, a m�dia � de seis meses e, em casos complexos, � necess�ria a continuidade.