La�os de fita que representam c�ncer
No pr�ximo s�bado (4/2), Dia Mundial de Combate ao C�ncer, Minas Gerais n�o tem muito o que comemorar. De acordo com o Instituto Nacional de C�ncer (INCA), at� o fim deste ano, devem ser detectados 78.100 novos casos da doen�a no estado, o segundo do Brasil com a maior estimativa de diagn�sticos para 2023. Minas fica atr�s apenas de S�o Paulo, que responde por 181.340 confirma��es de neoplasias. As informa��es, dispon�veis na publica��o Estimativa 2023 - Incid�ncia de C�ncer no Brasil, mostram ainda os estados do Rio de Janeiro (72.380 casos), Rio Grande do Sul (52.620) e Santa Catarina (39.600) na terceira, quarta e quinta coloca��o, respectivamente.
O levantamento do INCA aponta ainda que os c�nceres mais incidentes em 2023, no estado, excluindo o de pele n�o melanoma (26.010 casos), ser�o os de pr�stata (7.970) e mama feminina (7.670). "Os n�meros em Minas Gerais seguem uma tend�ncia nacional, j� que, em todo o Brasil, os tumores de mama feminina e pr�stata correspondem a 10,5% e 10,2% das detec��es para este ano, seguidos do tumor de pele n�o melanoma, este com 31,3% dos casos", acrescenta Charles, que faz parte da equipe m�dica da Cetus Oncologia, cl�nica especializada em tratamentos oncol�gicos com unidades em Belo Horizonte, Betim e Contagem.
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Preven��o prim�ria � fundamental
Dado o cen�rio preocupante de detec��es da doen�a para 2023, o oncologista cl�nico refor�a a import�ncia da preven��o prim�ria como medida capaz de minimizar os riscos de um poss�vel diagn�stico. "Ao menos 30% de todos os casos de c�ncer podem ser evitados com mudan�as simples no estilo de vida, segundo afirma o pr�prio INCA. Isso inclui priorizar o consumo de alimentos naturais, manter o peso de acordo com a idade e altura e realizar pelo menos 150 minutos de atividade f�sica por semana. Essas s�o algumas estrat�gias ben�ficas que podem prevenir n�o s� o c�ncer como doen�as cardiovasculares e metab�licas", pontua.

Um dos fatores que justificam os altos n�meros de Minas Gerais, segundo o oncologista cl�nico Charles P�dua, � justamente a grande dimens�o geogr�fica do estado e suas regi�es repletas de contrastes sociais
Marcele Valina/Divulga��oPara as mulheres, Charles faz quest�o de ressaltar ainda a import�ncia da mamografia de rastreamento, como preven��o secund�ria ao c�ncer de mama. O especialista explica que o m�todo est� entre os exames de rotina recomendados pelo Minist�rio da Sa�de para aquelas entre 50 e 69 anos. "A mamografia � indicada, inclusive, para quem n�o apresenta sintomas da doen�a, e deve ser feita a cada dois anos. O mais importante � se conscientizar, j� que, quanto mais precoce um n�dulo for detectado, maiores ser�o as chances de cura, podendo chegar a mais de 90%."
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