Crian�as e adolescentes s�o mais vulner�veis a golpes na internet
Crian�as e adolescentes s�o 'presas' mais visadas pelo cibercrime e conscientiza��o e monitoramento s�o fundamentais para inibir golpes na internet
O uso das redes sociais � a atividade que mais cresceu entre crian�as e adolescentes de 9 a 17 anos no Brasil em 2021, alcan�ando 78% dos usu�rios de internet nessa faixa et�ria
Cyn Yoder/Pixabay
Monitorar a atividade digital de crian�as e adolescentes � um desafio. Mesmo para quem trabalha em casa, o home office n�o � sin�nimo de disponibilidade ilimitada para os filhos. Sem uma supervis�o intensiva dos pais ou respons�veis, esse grupo fica mais exposto no ambiente virtual e se torna presa f�cil para os cibercriminosos.
Segundo o diretor de Red Team da Cipher, Alexandre Armellini, crian�as, jovens e idosos s�o mais vulner�veis a fraudes e golpes na internet, sejam eles iniciados no ambiente virtual e executados no ambiente f�sico, ou 100% on-line, envolvendo o uso indevido de dados pessoais, fraudes financeiras, divulga��o de fakenews e outras finalidades criminosas. “Os bandidos se aproveitam da ingenuidade, impulsividade ou dificuldade com o mundo digital de suas v�timas, para elaborar golpes cada vez mais ousados e sofisticados”.
A �ltima edi��o da pesquisa TIC Kids On-line Brasil, lan�ada pelo Comit� Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), em agosto de 2022, aponta que o uso das redes sociais � a atividade que mais cresceu entre crian�as e adolescentes de 9 a 17 anos no pa�s em 2021, alcan�ando 78% dos usu�rios de internet nessa faixa et�ria (eram 68% em 2019). Os jogos on-line interativos tamb�m se destacam no estudo, com 66% dos acessos desse p�blico em 2021, ante 57% mensurados em 2019.
Em todos esses meios digitais conectados � poss�vel interagir com pessoas nem sempre conhecidas e muitas vezes mal-intencionadas. E quanto maior a superf�cie de conex�es, maiores as vulnerabilidades a que ficam expostos os usu�rios.
O especialista revela que a criatividade do cibercrime n�o tem limites e todos os dias novos argumentos e tecnologias surgem para apoiar invas�es e golpes virtuais.
Sequestro de p�ginas e perfis
“A manipula��o psicol�gica envolvida nas estrat�gias de engenharia social � uma das ferramentas mais usadas nos crimes cibern�ticos contra menores de idade. Uma lista de amigos virtuais, os cumprimentos pelo anivers�rio ou as fotos de um passeio servem de muni��o para aproxima��es por meio de malware (software malicioso), phishing (p�gina falsa geralmente utilizada para extrair dados por meio de formul�rios ou instalar malwares sem aprova��o do usu�rio), links ou conversas por meio de perfis forjados”, esclarece Armellini.
Pedidos de dinheiro originadas de contas falsas criadas com dados dos verdadeiros usu�rios � um crime mais comum e conhecido pela maioria das pessoas. Mas hackers mais treinados conseguem, com um clique induzido por uma estrat�gia de engenharia social, invadir dispositivos at� mesmo das pessoas mais atentas, obtendo senhas cr�ticas, como aplicativos de mensagens e redes sociais.
“Infiltrado na conta da v�tima, o bandido se faz passar por ela para acessar listas de contatos com outras estrat�gias de engenharia social para obter benef�cios, quase sempre financeiros, inclusive cobrando resgate para a devolu��o das credenciais”, diz o especialista que orienta a utiliza��o do duplo fator de autentica��o, al�m de recursos de biometria e reconhecimento facial (em celulares que tenham essas funcionalidades) para dificultar o caminho dos hackers.
Informa��o e conscientiza��o no combate aos crimes virtuais
Para o diretor da Cipher, o uso de ferramentas de controle e monitoramento das atividades de crian�as e adolescentes na internet � uma medida preventiva importante. Mas � a informa��o que efetivamente ajuda estudantes a fazerem o melhor uso da internet durante o recesso das aulas. Ele afirma que conversar sobre riscos da exposi��o digital e poss�veis consequ�ncias de um comportamento nocivo na rede s�o a melhor forma de prote��o.
“Com a vida digital cada vez mais intensa e imersiva, os riscos se multiplicam. Por isso, da mesma forma que conhecemos e nos precavemos dos perigos da rua, a prote��o no ambiente digital deve fazer parte da rotina de adultos e crian�as como h�bito enraizado na cultura familiar”, avisa Armellini.
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