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Febre hemorr�gica: surto do v�rus de Marburg, da mesma fam�lia do Ebola, leva rapidamente � morte, letalidade por volta de 50%

Gerd Altmann/Pixabay
Na �ltima ter�a-feira (14), a Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) convocou uma reuni�o de urg�ncia para tratar do surto do v�rus de Marburg, da mesma fam�lia do Ebola. A Guin� Equatorial confirmou seu primeiro surto do v�rus e informou na segunda-feira, 13, nove mortes confirmadas e 16 casos suspeitos.

De acordo com o m�dico infectologista e presidente da Sociedade Paulista de Infectologia (SPI), Carlos Magno Fortaleza, esse v�rus determina as febres hemorr�gicas, muito semelhante � doen�a causada pelo Ebola: "� uma s�ndrome com febre, dor no corpo, sangramentos generalizados e com fal�ncia, ou seja, parada do funcionamento dos rins, f�gado e pulm�es". 
A doen�a leva rapidamente � morte, sendo a letalidade por volta de 50%. Ele se transmite, principalmente, por contato, se tocar nas secre��es de pessoas doentes e levar as m�os aos olhos, boca e nariz, por exemplo.

Em algumas situa��es ele pode ser transmitido por ar. No entanto, justamente o fato de que grande parte das pessoas morrem ou que elas ficam muito doentes, � algo que limita muito a transmissibilidade do v�rus, pois os indiv�duos ficam rapidamente muito doentes e acamados e se deslocam menos. 

Epidemia do Ebola

A forma de preven��o � identificar o caso e mant�-lo em isolamento apropriado. “Como o Ebola, Marburg n�o tem tend�ncia � dissemina��o t�o r�pida, mas, surpreendentemente, a epidemia que vimos h� cinco anos de Ebola determinou um n�mero grande de pessoas doentes e mortes, e por isso, o Marburg chama a aten��o”, comenta Fortaleza.  

Na situa��o grave que n�s vimos do Ebola, os casos ficaram praticamente restritos a alguns pa�ses da �frica. Houve pouqu�ssimos casos nos Estados Unidos, porque entrou uma pessoa doente, mas o que vimos � que n�o teve uma tend�ncia de se transmitir para fora da �frica.

"O Marburg tem muitas semelhan�as com o Ebola, por isso n�s n�o esperamos que ele se transmita com facilidade para fora da �frica. � claro que muitas a��es t�m que ser feitas para conter o surto onde ele est� ocorrendo, mas algo mais global, como fechar aeroportos, como aconteceu com a COVID-19, n�o � esperado, at� porque tivemos uma epidemia de Ebola maior e isso n�o foi necess�rio”, encerra o infectologista.