Homem segurando cigarros tradicionais e vaipe

Homem segurando cigarros tradicionais e vaipe

Propulm�o.com.br/Reprodu��o

Tipo de tumor que afeta a boca e pode se desenvolver em diferentes partes dela, como l�ngua, bochechas, l�bios e gengivas, o c�ncer bucal acomete mais de 15 mil pessoas ao ano, conforme dados do Instituto Nacional de C�ncer (Inca). Ainda segundo a entidade, cerca de 80% a 90% dos casos t�m rela��o direta com o h�bito de fumar, ou seja, uma das formas de preven��o � a cessa��o do tabagismo.

Daniella Pimenta, oncologista cl�nica da Cetus Oncologia, explica que o tabaco tem mais de 60 compostos t�xicos, que podem gerar muta��es nas c�lulas. "O tabagismo pode alterar o DNA dessas c�lulas e, assim, aumentar o risco do desenvolvimento de c�ncer", afirma. 
 
Daniella Pimenta, oncologista

Daniella Pimenta, oncologista

Arquivo pessoal


Ainda de acordo com a m�dica, al�m do tabagismo, outros fatores capazes de aumentar as chances de c�ncer bucal incluem consumo excessivo de �lcool, infec��o pelo papilomav�rus humano (HPV) e hist�rico familiar da neoplasia. "Al�m da bebida alco�lica, orientamos ainda a n�o utilizar enxaguantes bucais que contenham �lcool", explica.
 
 
Os sintomas do c�ncer bucal incluem feridas na boca que n�o cicatrizam, dor persistente na regi�o, dificuldade para engolir, rouquid�o e incha�o, tanto na boca quanto no pesco�o. Se esses sinais persistirem por mais de duas semanas, � importante procurar um dentista ou m�dico para avalia��o. A m�dica explica que esse tipo de c�ncer ainda tem um alto risco de dissemina��o para os g�nglios linf�ticos, principalmente da regi�o do pesco�o, mas tamb�m h� chance da doen�a chegar ao pulm�o, f�gado e ossos. "� um tumor que tem risco de met�stase", informa. 
 

Apesar de a enfermidade n�o ser detectada atrav�s de exames espec�ficos, o diagn�stico precoce � essencial para um tratamento bem-sucedido, que pode envolver cirurgia, radioterapia e quimioterapia, dependendo do est�gio e da localiza��o do c�ncer. Em cen�rios mais avan�ados, pode ser necess�ria imunoterapia combinada � quimioterapia. "Durante o tratamento, podem acontecer algumas intercorr�ncias que tragam algum preju�zo � qualidade de vida do paciente. Entre elas: dificuldades de fala, degluti��o, problemas auditivos, dorm�ncia nos membros e feridas na boca. Em alguns casos, pode ser necess�rio o uso de alguma via alimentar alternativa, como o uso de sondas e outros dispositivos para alimenta��o", afirma Daniella. 

Diante disso, a oncologista refor�a a import�ncia de acompanhamento do paciente por uma equipe multiprofissional durante o tratamento, j� que o c�ncer bucal pode trazer um alto n�mero de consequ�ncias � vida do indiv�duo. "Dentre os [profissionais] indicados para o acompanhamento da doen�a est�o o fonoaudi�logo, nutricionista ou nutr�logo, psic�logo, dentista e estomatologista. "Na Cetus Oncologia, inclusive, possu�mos todo esse suporte necess�rio para os nossos pacientes", destaca.

Em resumo, Daniella refor�a que o c�ncer bucal pode ter graves consequ�ncias para a sa�de, portanto deve ser levado a s�rio. "Eu sinto que hoje h� uma falta de conscientiza��o sobre esse tipo de tumor. � algo que deveria ser mais divulgado para a popula��o levando em considera��o a gravidade da doen�a e poss�veis riscos futuros", diz a profissional.